O darwinismo e sua “cortina de ferro”

Metaforicamente o darwinismo, em seus moldes atuais, assemelha-se tanto ao radicalismo religioso da Idade Média, quanto ao autoritarismo político do século XX, como aquele vivenciado na União Soviética, onde sempre deveria prevalecer um pensamento só. Durante a Inquisição, contradizer os dogmas da religião oficializada era como assinar a própria sentença de morte numa praça pública sob os exaltados gritos de “morra herege!”

O darwinismo, por translação de sentido, mesclou a intolerância do Santo Ofício com o despotismo do regime de Stalin, Mao Tse Tung, Francisco Franco, António Salazar, Costa e Silva e Augusto Pinochet. Hoje, especialmente para aqueles que vivem da ciência, duvidar da Teoria da Evolução (não da “evolução” em si), é como optar a contragosto pelo ostracismo acadêmico quase absoluto. Basta lembrar, por exemplo, o conhecido caso de
Mortimer J. Adler, um ilustre pensador, o qual após ter definido a evolução como um “mito popular”, fora incluído por Martin Gardner em seu livro sobre charlatanismos e fraudes (“Fads and Fallacies in the Name os Science”).

Nas grandes universidades, especialmente no âmbito das ciências biológicas, expressar dúvidas sobre Darwin é correr o risco, por exemplo, de perder a tão almejada Bolsa de Iniciação Científica ou, se professor, ser demitido até mesmo por justa causa. Tal qual aos antigos defensores da Teoria do Flogístico, os atuais discípulos de Darwin chega a impor, até sob às raias do psicoterror, a reverência absoluta ao ilustre naturalista inglês. Daí ser comum a rejeição de teses de estudantes as quais confrontem o dogma científico estabelecido. O darwinismo, tal qual o velho e carcomido regime comunista russo, criou em torno de si uma espécie de cortina de ferro, com a qual busca blindar a Teoria da Evolução contra os "ferozes" ataques daqueles a quem rotulam pejorativamente de “fundamentalistas”, ou seja, qualquer um que ousa levantar a voz contra o “grande imperador das ciências”. Todavia, os gritos sufocantes dos “oprimidos”, tais quais àqueles das antigas “bruxas” e “hereges”, se não produzem nenhum resultado imediato, com o tempo às vezes costumam produzir algum sentimento de humanidade na humanidade.

É isso!

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