THOMAS ROBERT MALTHUS
"A fome parece ser o último, o mais pavoroso recurso da natureza. O poder de crescimento da população é tão superior ao poder do solo para produzir a subsistência para o homem que a morte prematura, de uma maneira ou de outra, ataca a espécie humana. Os vícios da humanidade são ativos e hábeis agentes do despovoamento. Eles são os antecessores do grande exército da destruição e freqüentemente eles próprios executam o pavoroso trabalho. Entretanto, quando eles fracassam nessa guerra de extermínio, períodos de enfermidade, epidemias, peste e praga entram em ação com uma terrível disposição e eliminam milhares e dezenas de milhares de homens. Quando o sucesso fosse ainda incompleto: a fome gigantesca e inevitável espreita na retaguarda e com um possante sopro varre a população e o alimento do mundo.
Então isso não deve ser reconhecido por um estudioso atento da história da humanidade, que em qualquer época e em qualquer Estado em que o homem viveu ou vive hoje: o crescimento da população é limitado necessariamente pelos meios de subsistência.
A população cresce invariavelmente, quando os meios de subsistência aumentam. E o superior poder de crescimento da população é dominado e a população real se mantém equiparada aos meios de subsistência pela miséria e pelo vício" (p. 189).
Fonte:
Thomas Robert Malthus. "Ensaio sobre a População". Traduções de Regis de Castro Andrade, Dinah de Abreu Azevedo e Antonio Alves Cury. Editora Nova Cultural Ltda, 1996.
CHARLES ROBERT DARWIN
"Conforme observou Malthus, existe motivo de se suspeitar que atualmente o poder reprodutivo é menor nas raças sem cultura do que naquelas civilizadas. Nada sabemos de positivo sobre este ponto, visto que não se fez nenhum recen seamento dos selvagens; mas, com a ajuda do testemunho de missionários e de outros que têm residido durante muito tempo no meio destes povos, parece que via de regra as suas famílias são exíguas e só raramente numerosas. Isto talvez possa ser parcialmente explicado com o fato de que as mulheres aleitam os bebés durante muito tempo; mas é muito provável que os selvagens, que muitas vezes sofrem privações e não têm tantos alimentos nutritivos quanto os povos civilizados, sejam atualmente menos prolíficos" (p. 59).
Fonte:
Charles Robert Darwin. "A Origem do Homem e a Seleção Sexual". Hemus Editora, 1974.
"A luta pela existência resulta inevitavelmente da rapidez com que todos os seres organizados tendem a multiplicar-se. Todo o indivíduo que, durante o termo natural da vida, produz muitos ovos ou muitas sementes, deve ser destruído em qualquer período da sua existência, ou durante uma estação qualquer, porque, de outro modo, dando-se o princípio do aumento geométrico, o número dos seus descendentes tornar-se-ia tão considerável, que nenhum país os poderia alimentar. Também, como nascem mais indivíduos que os que podem viver, deve existir, em cada caso, luta pela existência, quer com outro indivíduo da mesma espécie, quer com indivíduos de espécies diferentes, quer com as condições físicas da vida. É a doutrina de Malthus aplicada com a mais considerável intensidade a todo o reino animal e vegetal, porque não há nem produção artificial de alimentação, nem restrição ao casamento pela prudência. Posto que algumas espécies se multiplicam hoje mais ou menos rapidamente, não pode ser o mesmo para todas, porque a terra não as poderia comportar" (p. 78).
Fonte:
Charles Roberto Darwin. "A Origem das Espécies e a Seleção Natural". Lello e Irmão Editores, 2003.
É isso!
Thomas Malthus: a grande inspiração de Darwin
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DARWINISMO SOCIAL
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