A teoria darwinista, sem dúvida, é cheia de lacunas, como por exemplo a questão do instinto levantada: Instinto e razão na natureza humana,segundo Hume e Darwin:
José Claudio Morelli Matos
Resumo:
Esta discussão pretende mostrar pontos relevantes de uma comparação entre a obra de David Hume e de Charles Darwin, no que toca às capacidades cognitivas humanas e de outros animais. Hume tem uma teoria que explica o conhecimento causal em termos de um instinto natural – o hábito. A presença de tal instinto pode ser entendida remetendo-se a uma teoria geral da natureza, onde o mundo é entendido como governado por leis e regularidades constantes, e sem a suposição da interferência de um plano ou desígnio. Isto conduz Hume à aproximação entre a capacidade cognitiva humana e a de outros animais, que também manifestam um aprendizado instintivo do tipo causal. Darwin, por sua vez, menciona uma graduação de diversas capacidades de conhecimento, diferenciando a ação instintiva da ação que resulta de deliberação e inferência; e aponta para o fato de que muitos animais apresentam um grau significativo de comportamento inteligente. Seu mecanismo de evolução por seleção natural pretende explicar essas características, tanto no homem como nos animais. Disso resulta contemporaneamente uma corrente em epistemologia que tem recebido o nome de epistemologia evolutiva, a qual, ao seguir declaradamente Darwin, carece de uma interpretação mais detalhada do pensamento de Hume, que poderia, supõe-se, oferecer elementos para o tratamento de questões epistemológicas tais como a da capacidade para o conhecimento causal. Palavras-chave ● Darwin. Hume. Conhecimento. Epistemologia. Seleção natural.
Concluão:
Daí nota-se que o instinto não se poderia derivar de uma evolução, pois se assim fosse, como poderiam os primeiros seres terem, por exemplo, a capacidade instintiva de amamentar-se nas mães? Sempre temos que analisar se o que nos passam tem realmente embasamento. A verdade é relativa e não estamos expostos à ela, ainda mais quando nos omitem, por razões governamentais, etc. Que seja, podemos galgar alguns degraus rumo à verdade, mas nunca estaremos no patamar de cima.
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ResponderExcluirA teoria darwinista, sem dúvida, é cheia de lacunas, como por exemplo a questão do instinto levantada: Instinto e razão na natureza humana,segundo Hume e Darwin:
ResponderExcluirJosé Claudio Morelli Matos
Resumo:
Esta discussão pretende mostrar pontos relevantes de uma comparação entre a obra de David Hume e de
Charles Darwin, no que toca às capacidades cognitivas humanas e de outros animais. Hume tem uma
teoria que explica o conhecimento causal em termos de um instinto natural – o hábito. A presença de tal
instinto pode ser entendida remetendo-se a uma teoria geral da natureza, onde o mundo é entendido
como governado por leis e regularidades constantes, e sem a suposição da interferência de um plano ou
desígnio. Isto conduz Hume à aproximação entre a capacidade cognitiva humana e a de outros animais,
que também manifestam um aprendizado instintivo do tipo causal. Darwin, por sua vez, menciona uma
graduação de diversas capacidades de conhecimento, diferenciando a ação instintiva da ação que resulta
de deliberação e inferência; e aponta para o fato de que muitos animais apresentam um grau significativo
de comportamento inteligente. Seu mecanismo de evolução por seleção natural pretende explicar essas
características, tanto no homem como nos animais. Disso resulta contemporaneamente uma corrente
em epistemologia que tem recebido o nome de epistemologia evolutiva, a qual, ao seguir declaradamente
Darwin, carece de uma interpretação mais detalhada do pensamento de Hume, que poderia, supõe-se,
oferecer elementos para o tratamento de questões epistemológicas tais como a da capacidade para o conhecimento causal.
Palavras-chave ● Darwin. Hume. Conhecimento. Epistemologia. Seleção natural.
Concluão:
Daí nota-se que o instinto não se poderia derivar de uma evolução, pois se assim fosse, como poderiam os primeiros seres terem, por exemplo, a capacidade instintiva de amamentar-se nas mães? Sempre temos que analisar se o que nos passam tem realmente embasamento. A verdade é relativa e não estamos expostos à ela, ainda mais quando nos omitem, por razões governamentais, etc. Que seja, podemos galgar alguns degraus rumo à verdade, mas nunca estaremos no patamar de cima.