O darwinismo e suas "Penélopes"

Para quem já leu “Odisséia” de Homero ou já ouvir falar dela, deve lembrar-se da personagem Penélope, filha de Icário e mulher do herói grego Ulisses. Segundo a narrativa mitológica, por acreditar que Ulisses não estava mais no mundo dos vivos, o pai de Penélope aconselhou-lhe que contraísse novas núpcias. Inicialmente ela retrucou em seguir o conselho, no entanto, decidiu-se por acatá-lo depois de muita insistência por parte do velho. Porém impôs a condição de que isso acontecesse somente depois de terminar de tecer uma colcha de tricô. Contudo, enquanto durante o dia ela tecia a colcha à vista de todos, à noite, sozinha, ela a desmanchava.

O darwinismo é como uma grande Odisséia com suas muitas “Penélopes”. Enquanto durante o “dia” chegam algumas delas para tecer cuidadosamente a enorme “colcha da evolução”, na “calada da noite” vêm outras e a desfaz, talvez por simples ciúmes ou mesmo por birra de não terem sido as primeiras a terem iniciado o belo trabalho em honra do grande herói. É simplesmente espetacular o “sobe-e-desce” no mundo fossilizado de Darwin. No vaivém de “elos” o darwinismo formou uma “colcha” muito imprecisa e cheia de furos. A vontade exagerada de “virar manchete” ou de ser “a nova estrela de Darwin” tem conduzido um bom número de paleontólogos a manipular tendenciosamente os dados fósseis a fim de provar que o rígido e estrito gradualismo de Darwin é a expressão da mais pura verdade. E quando os fatos vêm à tona, junto com eles aparece também o velho e massacrado pretexto “de que é assim mesmo que se faz ciência”. E logo a história se repete como numa infinita Odisséia a la inglesa, na qual o herói em sua “superioridade natural” permanece sempre incólume a qualquer que seja a mácula.

Um caso recente, diz respeito ao famigerado Ardipithecus ramidus, apelidado carinhosamente de “Ardi”, que agora faz arder o inferno astral da galerinha de Darwin. Embora as pesquisas ainda não estejam conclusivas, tudo parece conduzir ao rebaixamento de mais um ancestral humano. Pelo menos é o que andam noticiando por aí, por exemplo, o jornal Folha de São Paulo:

Estudo diz que Ardi, de 4,4 milhões de anos, não é ancestral do homem
“Ironicamente, o "rebaixamento" da espécie de Ardi está sendo proposto nas páginas da prestigiosa revista especializada "Science", a mesma que alçou a suposta fêmea de hominídeo (ancestral humano) à categoria de descoberta do ano em 2009.” E mais adiante:

Paleoantropólogos ouvidos pela Folha disseram que a crítica tem fundamento.
"Embora o Dr. White e seus colegas tenham descoberto um fóssil fabuloso de grande macaco, tentaram forçar a mão e transformá-lo num hominídeo, coisa para a qual não há base nenhuma", diz o americano Lee Berger, da Universidade do Witwatersrand (África do Sul)”.

É como costumo dizer: “darwinista é como corintiano: sofre muito mas ainda assim continua vestindo a camisa”.

E viva sexta-feira, porque ninguém é de ferro! ((rs))

É isso!

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