Ciência: uma atividade humana, portanto...

Uma atividade totalmente sujeita a erros, a falhas propositais e a todo tipo de influência, inclusive as mais maléficas contra a dignidade humana. Em outras palavras: trata-se de uma instituição social como qualquer outra, tais como a política, a igreja, Estado, a família, o esporte etc., estando assim completamente integrada e influenciada pela estrutura de todas as demais instituições sociais.

Tanto Hitler quanto Stalin, por exemplo, usaram e abusaram da ciência segundo os objetivos que propuseram em suas ideologias. No que concerne ao ditador alemão em especial, em seu livro “Holocausto: crime contra a humanidade”, Maria Luiz Lucci Carneiro cita uma série de cientistas e suas atividades em prol do regime nazista, provando que a ciência nunca está imune às loucuras dos homens. Por exemplo:

Prof. Fischer: Diretor do Instituto Imperador Guilherme de Antropologia, Teoria Hereditária Humana e Eugenia. Responsável pelas aulas científicas e de doutrinação ideológica da RSHA, uma agência da SS. Declarou, em 1938: "se um povo quiser preservar sua espécie, deve rejeitar uma mistura racial estranha, e caso ela se tenha infiltrado, deve desalojá-la e exterminá-la. O judeu é estranho e, por esse motivo, se ele quiser infiltrar-se, deve ser repelido. Trata-se de autodefesa. Com isso não estou qualificando o judaísmo como inferior, como é o caso dos negros, e não subestimo o maior dos inimigos que deve ser combatido, mas eu o rechaço por todos os meios e sem reservas, para pro teger a herança genética do meu povo".

Carl Clauber:
Aplicava injeções de substâncias cáusticas no útero das mulheres.

Gustav Wagner: Dirigente-médico do Reich. Fazia experiências com gêmeos, auxiliado pelo Dr. Ritter. Em 1943 doutorou-se com a tese "Observações Biorraciais em Ciganos e Ciganos Gêmeos". Elaborou uma série de pesquisas sobre famílias com anomalias genéticas nos olhos.

Von Verschuer:
Como diretor do Instituto Imperador Guilherme, diretor do Instituto de Biogenética e Higiene Racial da Universidade de Frankfurt e reitor dessa universidade em 1937, coordenou várias experiências científicas em Auschwitz. Estudava gêmeos portadores de doenças genéticas raras antes de sua eutanásia; era assistido por Menguele. Mantinha laboratórios em Auschwitz financiados pela Sociedade Alemã de Pesquisa e pelo Conselho de Pesquisa do Reich.

Horst Schumann: Desenvolveu experiências empregando raios-X sobre os órgãos genitais de homens e mulheres. Dirigiu o programa de esterilização em Auschwitz.

6.
Imfried Eberb: Diretor do Centro Letal de Bernberg, onde foram realizados os primeiros experimentos com câmaras de gás.

Josef Menguele: Desenvolveu experiências com gêmeos idênticos de forma a induzir nascimentos múltiplos da raça pura. Realizou estudos sobre os mestiços com a finalidade de confirmar as consequências negativas da mistura das raças. Infectava univitelinos e bivitelinos ciganos e judeus com a mesma quantidade de bactérias de tifo e, por meio da retirada de amostras de sangue, acompanhava a evolução da doença. Fez experiências com famílias de anões e portadores de deficiências físicas cujos órgãos, após sua morte, eram dissecados pelo Dr. Nyiszli.

Prof. Glauberg: Diretor do Hospital de mulheres em Koeniggshütte (Alta Silésia), fez experiências de esterilização. Sob os raíos-X, aplicava em mulheres uma injeção de um líquido especial, que atravessava o útero até os ovários, provocando uma inflamação. Semanas mais tarde, aplicava outra dose, que confirmava se os ovários estavam definitivamente bloqueados. Atendia às ordens do Reichsführer SS.

Dr. Eduard: Médico do campo de Auschwitz, fez experiências com Wirths mulheres portadoras de câncer em primeira fase e as operava em um hospital de Hamburgo. Também executava as pessoas por meio de injeções de ácido prússico.

Dr. Schilling: O primeiro era de Munique e o segundo, médico do e Dr. Rascher Estado-Maior de Luftwalle. Submetiam os prisioneiros condenados à morte a pressão atmosférica para verificar como os órgãos reagiam. Imergiam as pessoas em água fria para averiguar sua reação.

Dr. Hooven e Dr. Schiedieusky: Médicos do campo de Buchenwald, injetavam bacilos Dr. Schiedieusky de tifo e de tifo exantemático nos prisioneiros.

Prof. Geshard: Atuou em Rabensbrück, campo de mulheres. Auxilia do pelo SS Hohenlychen, fazia experiências de enxerto de pele nos prisioneiros. Envenenava mulheres por meio de diferentes produtos. O Dr. Lolling era encar­regado de anotar os resultados.

Dr. Ritter: Psicólogo e psiquiatra, iniciou, em novembro de 1936, com auxílio da Sociedade Alemã de Pesquisa, o estudo sobre os ciganos no Departamento de Pesquisa sobre Higiene Racial e Política Populacional na Comissão de Saúde do Reino, em Berlim.

É isso!


Fontes:
LIFTON, Robert Jay. "La matanza bajo supervisión médica". In: BANKIER, David (org.). El Holocausto, p. 55-67; MÜLLER-HILL, Benno,Ciência Assassina, p. 45-46, 76-79; "Declaração de Rudolf Hess no Julgamento de Nuremberg". In: Holocausto: um tema em debate. Análise Shalom n. 3, 1979. p. 63. (Citados em “Holocausto: crime contra a humanidade”. Maria Luiza Lucci Carneiro. Editora Ática. São Paulo, 2000, p. 53, 54).

Um comentário:

  1. Nuremberg foi um ato de amor para os nazistas, o fusilamento proposto por churchil seria um agrado a himmler goebbels e compania...Deveriam ter entregue esses FDPs para Stalin, eu não sei como que a URSS devolveu o Paulus para a Alemanha, mas de graça não foi... Deveria ter esculachado esses vagabundos, fazer com que cada um deles morressem 1000 vezes... Amor pra quem tem amor... piedade pra quem é piedoso, já passou da hora da sociedade sair dessa utopia de bons costumes para todos...

    Aqui no Br a gente tolera a sociedade na mão da criminalidade, graças a cartas das Margaridas de 88....

    Chega de sacrificar a ovelha, pau no lobo gente!

    Vado BG

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