A trajetória de Lampião

"O cangaço já existia antes do fenômeno Lampião, no entanto, este se torna o mais importante cangaceiro e passa a ser sinônimo desse movimento social. Assim, referir-se ao nome de Lampião é adentrar no assunto do cangaço. Lampião foi investido no comando do cangaço em 04 de junho de 1922, em ato simbólico perpetrado pelo maior cangaceiro de então, Sinhô Pereira. Isto aconteceu quando Sinhô Pereira deixou o cangaço, a pedido do Padre Cícero, abandonando o Nordeste e fixando residência no Centro-Oeste, em Goiás.

Já investido no comando do cangaço no Nordeste do Brasil, ataca a cidade de Água Branca em Alagoas, reduto do tenente Zé Lucena, assassino do seu pai Zé Ferreira. Com o ataque ao palacete da baronesa D. Joana Vieira Sandes Siqueira Torres, amealhou recursos (dinheiro e jóias) para iniciar seu projeto de cangaço.

Em 1924, Lampião é seriamente ferido em combate na Serra do Catolé, em Pernambuco, e com o apoio do Coronel Zé Pereira, de Princesa, na Paraíba, é operado pelo Dr. Severino Dinis, o que confirma a simpatia e a rede de proteção que tinha na região. Em 1926, recebe a patente de Capitão do Exército Brasileiro com o compromisso de perseguir a Coluna Prestes. Não cumpre o trato e se apossa de farto material bélico.

A partir do ano de 1928, Lampião passa a viver entre Alagoas e Sergipe. Em 1930, conhece Maria Bonita, que entra no bando. A partir desse fato, libera a presença de mulheres no bando para a companhia dos cangaceiros. Em 1932, acontece a batalha de Maranduba em Poço Redondo, em Sergipe, que envolveu as volantes de Piranhas, em Alagoas, de Jatobá, em Pernambuco, de Glória e Paripiranga, na Bahia, com esta última cidade enviando 120 soldados. Ainda neste ano, nasce Expedita, filha de Lampião e Maria Bonita.

Em 1933, os cangaceiros Zabelé, Azulão, Canjica e Dora (companheira de Arvoredo) são emboscados e mortos, e têm as cabeças decepadas.

Em 1934, é apresentado na Câmara Federal, por iniciativa da bancada de Pernambuco, um plano de combate e extermínio do cangaço. Em 1936, Lampião hospeda-se na Fazenda Borda da Mata, em Canhoba, Sergipe, pertencente a Antônio Caixeiro, pai de Eronildes de Carvalho, interventor em Sergipe.

A partir de 1936, Lampião tem sua trajetória fotografada e filmada por Benjamim Abrão, a seu pedido. 1938 é o ano de sua morte. Emboscado na Grota do Angico, em Poço Redondo, Sergipe, é notícia dos folhetos de cordel, nas feiras nordestinas, nos jornais do mundo. Em 1940, morre Corisco, o último dos
cangaceiros em atividade.

Inaugura-se o ciclo mítico do cangaço nordestino, envolto em manifestações pró e contra, como qualquer evento que envolve opiniões apaixonadas e odiosas. Para os sertanejos, Lampião foi uma “potência”. Os livros descrevem suas vitórias contra a polícia e o satanás. Dos ingênuos poetas populares aos expoentes da cultura e da ciência, cresce o mito da valentia, aumenta o mito do cangaço, da revolta social, do justiceiro, do bom ladrão, das maldades cometidas. Cantadores alimentam, através da literatura de cordel, o mito lampiônico na mente do povo. As façanhas, ou ações heróicas, de Lampião afetam também os intelectuais, que criam uma espécie de super-homem nordestino. Nertan Macedo (1972), por exemplo, diz que ele se movia “como uma aranha, voava como um morcego e pulava como um cabrito”. Já Ranulfo Prata, citado por Chiavenato, via-o demoníaco: “mãos ferozes, convulsivas, astuciosas, brutais e ávidas. Parecem sempre febris, frementes, animadas de estranha excitação de uma agulha elétrica. Mãos que possuem hábitos horrendos, paixões furiosas” (Chiavenato, 1990, p. 51-52).

Para Chiavenato (1990), esses cangaceiros transformados em super-homens eram conseqüentemente invencíveis. O mito exalta a força, como induz e justifica a submissão ao cangaço. Mas, segundo as reflexões desse autor, coragem e violência não bastam para sustentar o mito: o medo é o componente mais forte nessa crença no caráter diabólico ou heróico dos bandidos. Analisando sob esse aspecto, de conformidade com o autor, Lampião é o símbolo por excelência do povo nordestino. Um símbolo, que tem na sua gênese um alto grau de alienação, pois, sendo nordestino, expressa, naquele momento, a incompreensão do povo diante de sua realidade. Herói ou bandido dependendo da ocasião, mas super-homem sempre. Por ser

um símbolo tão marcante, alimentando fartamente o mito é natural que seja verdade. Para a gente simples, ele é verdade: morto há mais de cinqüenta anos, Lampião vive como símbolo e é amado, pois já não representa perigo algum. Lampião está no Nordeste. A literatura de cordel traduz esse sentimento e divulga a imagem do justiceiro, amigo do pobre, que condena a injustiça (Chiavenato, 1990, p. 52).

Hobsbawn (1978, p. 33), postula que para se entender melhor “os mitos que se formam sobre os grandes bandidos” é indispensável a sensibilidade de que um mito não é necessariamente uma história falsa ou ilusória da imaginação humana: antes de tudo, é uma história que possui um sentido que parte de um acontecimento individual para o coletivo, dotado de formalização simbólica e partilhado pela própria comunidade. Pode, portanto, possuir vários significados, uma vez que, um mito não é “uma narrativa unívoca, mas uma matriz de significados, uma trama de oposições: depende, em última análise, de o individual ser ou não percebido como representativo do todo, ou como uma alternativa para o todo” (Portelli, 2005, p. 123).

Autores, como Barros (2000) e Queiroz (1987), vão ao encontro dessa visão histórica e antropológica de abordar o imaginário de um determinado povo, no caso aqui, do povo sertanejo, dispensando-lhe todo o respeito que lhe é devido.

De acordo com Sá (2005), isso explica por que o bandido é, com freqüência, muito mais destruidor e selvagem do que supõe seu mito, que insiste principalmente em sua justiça e na moderação com que mata. A vingança torna-se uma questão de classe, exige sangue, e os homens podem embriagar-se com a visão da iniqüidade destruída. Diabolização e idealização foram as formas construídas pelas diferentes histórias sobre o cangaço, produtos de um mesmo universo simbólico que se abre a vários desdobramentos.

No que se refere à religiosidade, como sendo um ambiente de completa efervescência, há, quando se faz referência à crença sertaneja, “um sincretismo religioso que resulta na mistura de animismo indígena + fetichismo africano + superstição portuguesa” (Souza, 2004, p. 23, grifo do autor). No final do século XIX e meados do século XX, quando o cangaceirismo se fez presente no sertão nordestino, a religião desempenhava papel fundamental no cotidiano da população rural, visto se constituir praticamente na única forma de consciência do mundo e da sociedade das populações interioranas.

Para Souza (2004), o espírito religioso do sertanejo é acentuado no temor de Deus. Para essas pessoas, todo mal é castigo do pecado. E o pior de todos os castigos é a seca. A família Ferreira que trouxe à tona Virgulino e seus irmãos não foi exceção à regra. Os seus genitores, como todos os pais sertanejos, mais especificamente,

os sertanejos caatingueiros, fizeram enveredar seus filhos e filhas pela religiosidade. A inculcação da fé se fazia ainda na tenra idade, quando havia a obrigatoriedade de rezar em família, diariamente (geralmente ao amanhecer e ao anoitecer), do terço e do ofício, etc. (Souza, 2004 p.24).

Sila, sobrevivente da chacina de Angico, diz que Lampião e os cangaceiros rezavam todas as noites. Só dormiam e se levantavam depois que rezassem o terço.

Ao entrar no mundo do cangaço, segundo Sila, Lampião leva consigo a prática religiosa que do berço trouxera. No bando, a regra era rígida, o testemunho é dado por ex-cangaceiros, alguns ainda vivos, o rezar do dia-a-dia acontecia, principalmente, antes do amanhecer. Sila, ex-cangaceira, ao se referir a Lampião, enfatiza que o que a história oficial apresenta não é o mesmo que ela conheceu: “vi um homem preocupado com a moral dentro do seu bando, exigindo sempre o cultivo e o respeito aos valores do sertanejo; o religioso que, duas vezes ao dia, se a ocasião o permitisse, rezava o ofício de Nossa Senhora” (Souza, 1997, p. 13).

Segundo essa guerreira do cangaço, a história pinta os fatos com a cor que convém aos detentores do poder. Isso acontece não só agora, como em todos os tempos.

Suas palavras são confirmadas pelas de Fontes (2001) ao afirmar que Lampião, ao meio dia em ponto, como era de seu costume, convocava a cabroeira para rezar o terço de Nossa Senhora. Todos se ajoelhavam e, Lampião puxava a reza que ia sendo respondida em coro pelos cabras. Ao término dessa oração, todos se sentiam fortalecidos por uma grande fé.

Eu sinto hoje o meu coração leve, que é feito uma pena. Para mim, o mundo é meu. A coisa estando viva em cima da terra, se a minha palavra não alcançar, a bala do meu fuzil alcança. Acima de mim, só os poderes de meu Padrinho, de Nossa Senhora e dos santos. E Meu Padrinho é meu amigo, e os poderes do céu nunca vão me fazer mal (Queiroz, 2003, p. 51).

Billy Chandler (l980), no que concerne à forma e ao sentimento de religiosidade de Lampião, revela que sua crença era primitiva, mas era um espelho quase perfeito do catolicismo dos sertões. Sua premissa principal era o apaziguamento ou a manipulação de forças sobrenaturais para sua própria proteção e melhoria. Procurava rezar sempre ao meio dia, e é bem provável que o elemento central da religião de Lampião fosse a fé “no corpo fechado”. Era esta entre todas as suas crenças a que oferecia a maior medida de proteção. Como atesta Queiroz: “com a proteção de Meu Padrinho, tenho o corpo fechado para moléstia, para o chumbo e para o ferro, para praga e mal-olhado. É como se tivesse uma capa de aço me protegendo” (Queiroz, 2005, p. 50).

Dentro do contexto de uma sociedade em que crenças, como a do “corpo fechado”, conforme Prata (1934), eram comuns, Lampião se tornou quase um “beato”, uma espécie de homem santo no nordeste brasileiro. Seus poderes eram fortes ou não teriam resistido tanto tempo contra tantas dificuldades. É interessante notar, como atesta o autor, que o mesmo também se fazia passar por protegido, afirmando ter o corpo fechado. Ele tentava criar, em torno de si mesmo, uma atmosfera de mistério e sobrenatural. Trazia, sempre consigo, saquinhos encardidos contendo rezas salvadoras, bentinhos milagrosos, medalhas protetoras e um grande Cristo em ouro maciço roubado de uma senhora no estado de Pernambuco. Ele nunca esquecia da oração do meio dia, hora má, como à da meia noite, horas em
que o diabo estava à solta (Prata, 1934)

À medida que os anos passavam e, conseqüentemente, suas façanhas aumentavam, o povo começou a considerá-lo invencível, pelo menos, quando comparado com a polícia que era pouco respeitada. O jornalista Chandler (1980) mostra também a relutância e o medo que os soldados sentiam na hora de enfrentálo em combate, visto que vinham da mesma camada social e partilhavam das mesmas crenças. O povo acreditava que a influência de Lampião junto aos Poderes que governavam a vida era superior a dos soldados.

Ele levava sempre consigo seus livrinhos de orações, guardava santinhos em sua carteira de dinheiro e pregava retratos do padre Cícero em sua roupa. Usava também escapulários pendurados no pescoço, como marcos de sua religião. Procurava santificar-se às sextas-feiras, jejuando e se afastando dos outros. [...] não é de admirar que tivesse se tornado assim tão devoto, pois, em vista da vida perigosa que levava, necessitava de toda a proteção possível (Chandler, 1980, p.233).

Para Anildomá Souza (2004), ao longo das rezas de terços, muitos pedidos eram feitos. No entanto, havia um pedido que era comum a cada um deles: o fechamento de corpo e a pontaria certeira. Além dessa prática coletiva, havia todo um misticismo particularizado, por exemplo, o uso de rosários no pescoço, ou melhor, trazia consigo patuás contendo rezas consideradas fortes que, na concepção do seu possuidor, dar-lhe-ia o poder de permanecer vivo. Para os sertanejos, o corpo de uma pessoa pode ser protegido contra qualquer mal através de orações.

As orações, quase sempre copiadas à mão, passavam de pessoa para pessoa, mas poderiam ser também compradas em folhetos, como os da literatura de cordel. Lampião tinha diversas destas orações, quando morreu em Angicos, uma delas era a “Oração da Pedra Christalina”:

minha pedra christalina que no mar foste achada entre o calix i a hostia consagrada. Treme a terra mais não treme Nosso Senhor Jesus Christo no altar assim treme os coração de meus inimigos quando olharem para mim... Com o manto da Virgem Maria sou cuberto e com o sangue de meu senhor Jesus Christo sou valido, tens vontade de atirar porem não atira si mi atirar água pello cano da espingarda correra. Si estiver vontade de mi furá a faca da mão cahirá... e se mi trancar as portas abrirão (Chandler, 1980, p.223).

Além das orações escritas à mão, havia certas regras a serem seguidas para que o feitiço agisse. Entre elas, estava a abstinência do sexo. Muita gente acredita que o fato de Lampião não ter observado esse requisito, foi-lhe fatal em Angico.

No entanto, a população que tinha sofrido na prática suas ações divulga que o grupo realmente, segundo Prata (1934), tinha parte com o diabo, pois andava com breves livradores de bomba no pescoço e com caborges contra facadas, conforme atesta o autor ao dizer que

parte do povo não acreditava que Lampião, por si só, usando suas manhas e artes, pudesse se livrar das perseguições, das emboscadas e dos sangrentos combates corpo a corpo. Por isso, usava o sobrenatural para explicar os seus sucessos” (Prata, 1934, 42).

Os horários mais identificados com o perigo da tentação, de acordo com Macedo (1972), eram à meia noite e ao meio dia. Acreditavam que nessas horas, em alguma parte da redondeza, o demônio sempre estaria tentando alguém. Diz-se que o demônio sempre necessita de mais almas para seu império instalado no inferno. Para esse autor, todas as pessoas que conseguem impressionar pelas suas ações extraordinárias que ferem os padrões tradicionais do povo passam a pertencer ao domínio do “demônio”. Dessa forma, era natural considerar um forasteiro como tendo parte com o “diabo” (Macedo, 1972, p. 29).

Para Antônio Vilela de Souza (2007), é quase impossível conciliar religião e cangaço. Este é sinônimo de guerra, enquanto que aquela é de paz. Lampião podia ser muito religioso, mas jamais um cristão porque para o Novo Testamento Deus é um Deus de paz, de amor. Ao contrário do mundo do cangaço, onde as aberrações, as atrocidades aconteciam. Efetivamente, é difícil conciliar vida de bandido com vida cristã.

Alguns se referiam a Lampião como duende das estradas e homem de corpo fechado. Para outros, ele era uma assombração das matas e caatingas, uma víspora a atacar no negrume da noite ou inesperadamente ao amanhecer do dia. Seu punhal e seu rifle eram considerados benzidos pelo demônio. Para Santos (1958), a crença na existência de feras que ameaçavam a população indefesa sempre fez parte do imaginário do povo do interior que, com seu modo particular de contar suas estórias, acabava reforçando essas crendices e, também, associava a imagem dos bandidos à de feras, ou melhor, de pessoas possuídas pelo demônio.

Tal imaginário pode ser mostrado nos dois textos a seguir, retirados das obras desses especialistas. Esses textos exploram a complexidade da figura de Lampião, quando realçam as qualidades de “brabo”, malvado, e, ao mesmo tempo, as de um homem bem devoto, inteligente, “o Santo Lampião”. Nossa tarefa, no capítulo 6 desta tese, será precisamente a de buscar analisar esta complexidade construída discursivamente por meio da mobilização de expressões referenciais por parte dos sujeitos entrevistados ao longo de seus depoimentos.

Era brabo, era malvado,
Virgulino, o Lampião,
Mas era, pra que negar,
Nas fibras do coração
O mais perfeito retrato
Das caatingas do sertão.
(Wanderley Filho apud Sá, 2005, p.210)

No texto acima, vê-se que as predicações “era brabo”, “era malvado” e a expressão referencial “o mais perfeito retrato das caatingas do sertão” mostram o quanto a figura de Lampião era complexa, se compararmos com a visão expressa no texto abaixo:

O Santo Lampião,
Era um homem bem devoto
Só andava pelo voto
Do Padre Cirço Romão
- O Santo Lampião
Era um homem bem querido
Ele era protegido
Do Padre Cirço Romão.
- Quando o pai dele foi morto
Depois é que não sabia;
O Santo desse dia
Precisamos nos vingá.
- Lampião é inteligente
Que o povo bem já se vê
O Santo adivinhou
Até o dia de morrê
(Maciel, 1992, p. 203-204).

Essas informações são referências contraditórias (“malvado” & “santo”), mas facilmente aplicadas ao lendário cangaceiro nordestino. Sua vida foi repleta de contradições: um indivíduo perseguido pela polícia que despertava a curiosidade e o interesse da população sertaneja. Nas palavras de Wanderley Filho, citado por Sá (2005), apesar de seus crimes, Lampião serviu para dizer ao Brasil que o sertão existe e que ali vivem pessoas que constroem a história do país através do enfrentamento de seus conflitos sociais básicos – terra, poder, religião, classes sociais. Segundo o ponto de vista do autor, em Lampião se depositavam as esperanças do povo sofrido “das caatingas do sertão”. Por isso ele é, para muitos, “o mais perfeito retrato das caatingas do sertão” (Wanderley Filho apud Sá, 2005, p.210).

No segundo texto, ao fazer-se referência ao fato de que Lampião “era um homem bem querido” pode ter relação com a postulação de Maciel (1992), de que Lampião compadecia-se da pobreza. Segundo testemunhos, conforme o autor, durante o tempo em que foi almocreve, Virgulino Ferreira da Silva, que iria posteriormente a ser cangaceiro, fazia questão de não deixar um pobre sem sua ajuda quando necessário. Já como Lampião, quando saqueava lojas, distribuía roupa para toda aquela gente pobre que encontrava pela frente. Por toda parte, por onde passava, favorecia os pobres, quer com produtos dos saques, quer dando dinheiro do próprio bolso.

É por isso que os cantadores populares reconhecem e cantam tanto a maldade, a “brabeza” de Lampião (o saqueador), como a sua “generosidade”, (o benfeitor, o “homem bem querido”). Compreender, do ponto de vista de uma análise textualdiscursiva, a complexa construção dos esquemas discursivos que estão na base da complexa construção dessa personagem é um de nossos objetivos nos capítulos que se seguem.”

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É isso!

Fonte:
Geralda de Oliveira Santos Lima: “O REI DO CANGAÇO, O GOVERNADOR DO SERTÃO; O BANDIDO OUSADO DO SERTÃO, O CANGACEIRO MALVADO: PROCESSOS REFERENCIAIS NA CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA DISCURSIVA SOBRE LAMPIÃO”.(Tese apresentada ao Doutorado em Lingüística do Departamento de Lingüística do Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas como requisito parcial para a obtenção do título de Doutora em Lingüística, área de Lingüística Textual, sob a orientação da Profa. Dra. Anna Christina Bentes da Silva). Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP - Campinas, São Paulo, 2008.

Nota:
A imagem inserida no texto não se inclui na referida tese.
As referências bibliográficas de que faz menção o autor estão devidamente catalogadas na citada obra.

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