A Invenção da Ciência




“A discussão sobre a cientificidade da comunicação remete-nos a um parêntese que, mesmo sendo um tanto longo, acredita-se ser bastante elucidaditivo. Trata-se de um mergulho na origem e evolução do pensamento científico, destacando alguns momentos que se entende terem sido decisivos. Esta regressão tem por objetivo pontuar os elementos essenciais do pensamento científico para identificar, como estes se apresentam na constituição do campo da comunicação.

Como ponto de partida vale destacar que a ciência no ocidente apresentou dois grandes saltos evolutivos, onde seus principais elementos foram definidos, organizados, construídos, reconstruídos e questionados. O primeiro momento tem como cenário os séculos VI e V na Grécia Antiga e o segundo a partir do apogeu da Renascensa no alvorecer da modernidade européia, com ênfase a partir do século XVI. Opondo-se às formas de produção de conhecimento existentes até então, a lógica científica triunfou nestes dois períodos, no confronto com outras formas de representação da realidade. É a partir da apresentação de aspectos essenciais da produção, discussão e herança teórico-metodológica destes dois momentos que se entende ser possível discutir, à luz do paradigma da complexidade de Edgar Morin, os impasses epistemológicos da comunicação.

O desenvolvimento da ciência no mundo antigo é contemporâneo a um processo de grandes mudanças da sociedade grega que, em dois séculos (entre o séc VIII e o VI a.c, passou um grupo de comunidades rurais com a predominância da atividades agrárias, para uma realidade econômico-social mais complexa, onde o comércio interno e externo se desenvolve e enceta a constituição de uma vida “urbana” em expansão. O alcance do poderio dos gregos vem, inclusive, a rivalizar com potencias vizinhas como os Persas, com os quais envolve-se em duas grandes guerras nas quais sairam vencedores. Estas transformações, em seu viés cultural, ocasionaram uma explosão intelectual que fragmentou a forma mitológica de representação do mundo, abrindo espaço para outras narrativas de cunho racional: investigação científica, reflexão filosófica, exasperação literária, etc. que se agregaram a estilhaços da tradição mitológica, formando o universo intelectual do mundo grego antigo e que perdurou até os primeiros séculos da era cristã. O pensamento científico na antigüidade, tanto a filosofia como a tragédia grega são as diversas faces de um mesmo poliedro. São desenvolvimentos paralelos de uma realidade cultural em expansão.

Os questionamentos nodais da existência humana sintetizadas nas três questões essenciais: quem somos? de onde viemos? e para onde vamos? Foram fartamente colocados e respondidos pelos gregos sob várias formas, desde à mitologia – que por muitos séculos foi a referência cultural dos concidadãos de Sócrates – até os primeiros séculos da era cristã, quando o Helenismo ainda era um referencial científico e filosófico importante no crepúsculo do mundo antigo. A ciência grega foi um dos modelos de resposta a tais questionamentos, sendo que muitas das soluções propostas por seus sábios permaneceram por séculos, algumas delas um tanto equivocadas, devido à sua força e radicalidade.

Os primeiros passos do pensamento científico no mundo antigo podem ser encontrados nos pensadores que ficaram conhecidos como pré-socráticos, denominação que os coloca como precursores da grande produção filosófica do século V. No entanto, para se compreender melhor este período do florescimento e maturação do conhecimento científico entre os gregos, é importante que o pensamento destes sábios, que buscavam trilhar os mistérios do mundo sem a muleta da mitologia, era ainda algo indefinido, nem filosofia nem ciência, ou as duas coisas ao mesmo tempo.

Apesar das reflexões ainda incipientes, presentes na filosofia e na ciência nascente, como formas de representação da realidade, já se formulara neste momento, noções como as de cosmos e de átomo. Foram pensadores como Tales que ao buscarem um princípio geral para o cosmo atribuíram-no à uma causa física: este acreditava ser a água tal princípio; Anaxímenes, propugnava ser o ar o elemento primordial constituinte elementar da natureza, e que era a rarefação ou condensação dessa substância que produzia as transformações do mundo. Anaximandro, por sua vez, entendia que era o ilimitado o indeterminado o princípio e que todos os processos naturais se desenvolviam em termos da combinação de coisas opostas, como por exemplo, "frio" e "quente". Pitágoras foi outro expoente do pensamento pré-socrático e sua diferença fundamental para os autores já citados é que ele partia do princípio que eram os números o fundamento de todas as coisas. No entanto, estes ponto de vista não se materializaram em teorizações científicas imediatamente. O pensamento grego seguiu o caminho da racionalização tendo no século V atingido seu apogeu com Sócrates, Platão e Aristóteles.

É também em meados do século V que vai se observar o nascimento da História, quando Heródoto escreve e apresenta em praça pública para aos cidadãos, as peripécias dos soldados gregos da defesa do território na invasão dos Persas. Com esta nova forma de narrativa eram louvadas as ações humanas, sem a presença e a interferência dos deuses e sem heróis da estirpe de Hércules e Ulisses, por exemplo.

Além das questões de cunho metafísico, investigações em áreas como a botânica, a medicina, matemática, astronomia, física – que eram disciplinas ainda nem sequer sistematizadas –, faziam parte das preocupações da época. A botânica teve grande desenvolvimento na Grécia antiga com Platão que se interessou e especulou exaustivamente sobre as espécies, e classificou os animais em diversas classes. Mas foi Aristóteles quem na antiguidade deu a maior contribuição a estes estudos. Aristóteles escreveu um tratado sobre a anatomia dos animais, onde mais de 500 espécies são referidas. Outra ciência com grande desenvolvimento na Antigüidade foi a astronomia. Esta ciência que tivera um importante progresso entre os egípcios, e os povos da Mesopotâmia, que registraram suas observações sobre o sol, a lua e os planetas até então conhecidos.

As maiores contribuições dos gregos, porém, foram as descrições de sistemas racionais para apresentar o movimento aparente dos corpos celestes e a elaboração de modelos da estruturação do universo. O modelo de universo aceito na antigüidade, e que perdurou até a Idade Média foi o sistema geocêntrico, imaginado e desenvolvido pelos pensadores gregos. Nessa concepção, a Terra era considerada o centro do universo conhecido. Mesmo que muitas destas idéias “científicas” desenvolvidas pelos gregos tenham sido superadas pelo tempo, não há dúvida que elas representaram um momento revolucionário ao submeterem toda a realidade conhecida e desconhecida a um tipo de análise calcada na razão, sem o apoio dos deuses, estes já de saída do mundo dos homens.

Também a medicina se desenvolveu na Grécia, desde o fim do período arcaico, quando o médico já atuava em proto-consultórios e nos domicílios. Ao compartilhar interesses com os filósofos da natureza, a Medicina passou a adotar critérios mais racionais e a desvincular-se da religião. Investigações com o objetivo de explicar o funcionamento do corpo humano, tanto na saúde quanto na doença, que passaram a se difundir por esta época, já adotavam princípios racionais de diagnóstico e prognóstico de tratamento. Considerado o pai da medicina, Hipócrates, foi mais famoso médico da Grécia Antiga, sendo a História da Medicina dividida em
pré-hipocrática e hipocrática. A influência dos textos de Hipócrates foi de enorme importância e continuaram com validade até o século XVIII.

A física também deu importantes passos já com os filósofos pré-socráticos mas foi entre os séculos VI a.c. e o século V a.c. que as especulações sobre a constituição da matéria e os fenômenos naturais avolumaram-se. Empédocles com a
teoria dos quatro elementos, Leucipo e Demócrito com uma proto-teoria atômica, Platão que também especulou sobre a constituição da matéria e, fundamentalmente, Aristóteles, cujo pensamento e investigações podem ser apresentadas como sendo a síntese de seu tempo.

Verdadeiro “herói” da ciência e do conhecimento no mundo antigo, Aristóteles estendeu sua curiosidade por diversos campos do saber como a lógica, a física, a biologia, a filosofia, a política e a linguagem (Retórica e a Poética). Discípulo de Platão, Aristóteles tem seus primeiros textos ainda muito influenciado pelo autor de
A República. No entanto seu pensamento produz, também, uma ruptura radical com o platonismo encetando uma dicotomia – idealismo/realismo – que, certa forma, desenhou os contornos do pensamento ocidental. No que diz respeito à Política, por exemplo, enquanto Platão sonhou com uma República governada pelos filósofos, e com a expulsão dos poetas. Aristóteles tratou de analisar as variadas formas de constituição existentes para conceber aquela que lhe parecia ser a mais adequada às pólis, e a Atenas particularmente.

Mas foi sem dúvida no campo da Física que o gênio de Aristóteles alçou seus maiores vôos, conseguindo construir um modelo de universo que perdurou até o final da idade média.

Aristóteles acreditava que a Terra era estática e que o Sol, a Lua, os planetas e as estrelas se deslocassem, em órbitas circulares, à sua volta. Acreditava nisto por supor, apoiado em razões místicas, que a Terra fosse o centro do universo e a órbita circular, e mais perfeita. Tal idéia fora formulada por Ptolomeu no século II, dentro de um modelo cosmológico completo. A terra ficaria no centro, circundada por oito esferas que seriam a Lua, o Sol, as estrelas e os cinco
planetas conhecidos à época: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno (HAWKING, 1988, p. 19).

Na obra
A Dança do universo, Marcelo Gleiser enfatiza a grandiosidade sem par do gênio grego.

Aristóteles (...) construiu um modelo mecânico de cosmos a partir de esferas reais, e não imaginárias. O movimento dos objetos celestes era causado pelo contato direto com as esferas. Para que seu modelo descrevesse os vários movimentos celestes, Aristóteles teve que usar nada menos de 56 esferas! Mesmo assim, o modelo não tentou explicar a variação aparente do brilho dos planetas e não foi considerado muito seriamente, apesar da enorme fama de Aristótele
s (GLEISER, 1997, p. 72).

Ainda que este modelo apresentasse tais limitações, o pensamento científico de Aristóteles sobre astronomia perdurou por quase dois mil anos. Ao tentar responder a razão de tal permanência, Gleiser (op. cit), acaba por dar uma noção da verdadeira abrangência do “universo” intelectual do autor.

Quais as razões para enorme persistência das idéias aristotélicas por tanto tempo? (...) Aristóteles tinha uma abrangência incomparável, cobrindo tópicos desde a teoria política e ética até física, biologia e teoria poética. Junto com seus pupilos, Aristóteles não só compilou, classificou e organizou praticamente todo o corpo de conhecimentos desenvolvido até o século V a.C. como também criou novas áreas de conhecimento, incluindo a biologia
(1997, p. 72).

Assim, na Grécia antiga, fundamentalmente por volta do século V, as ciências já se encontravam bem desenvolvidas e este pode ser considerado o momento em que esta forma de representação faz sua entrada em cena no universo do conhecimento. Tendo se organizado a partir da articulação com do pensamento filosófico, como herança dos pré-socráticos, a ciência tem no apogeu do desenvolvimento da sociedade grega seu primeiro momento de grande expansão.

Um segundo momento de explosão científica importante que aqui é considerado ocorreu a partir da renascença, caracterizando a modernidade da Europa ocidental nos séculos que se seguiram, séculos XVI e XVII. Aqui, novamente, como já ocorrera na Grécia antiga, a atividade científica e a reflexão filosófica interpenetram-se e dialogam, influenciando-se mutuamente.

A modernidade, onde uma nova ciência é engendrada, tem no pensamento de Renè Descartes um dos pilares e, nesse sentido, uma pista importante para se captar esta profunda transformação, na cultura e no pensamento.

Situado na encruzilhada entre a tradição medieval e o mundo moderno, Descartes contribuiu decisivamente para delimitar as fronteiras entre a
tradição e a modernidade, ao desenvolver uma filosofia centrada na racionalidade humana como instância fundadora da verdade. “(...) a razão não nos dita que tudo quanto vemos ou imaginamos, assim, seja verdadeiro, mas nos dita realmente, que todas as nossas idéias ou noções devem ter algum fundamento de verdade” (DESCARTES, 1987, p. 51). Descartes desenvolveu um método que revolucionou o conhecimento passando a ser referência para toda a ciência moderna. Caracterizado por sua postura crítica, beirando ao ceticismo, o pensamento de Descartes ficou conhecido pela dúvida sistemática a qual submetia suas observações, até chegar a uma certeza única: cogito ergo sum, da qual ele não pode mais duvidar: penso logo sou(existo). Afirma o filósofo:

Mas logo em seguida, adverti que, enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade:
eu penso, logo eu existo, era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de abalar, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como primeiro princípio da filosofia que procurava (DESCARTES, 1987, p. 46).

A filosofia cartesiana fecundou de tal forma o pensamento ocidental, que nos séculos seguintes, o método cartesiano passou a ser sinônimo de método científico, e mesmo que este método, desde o final do século XIX e, principalmente, no século XX venha sofrendo duras críticas dos herdeiros de Nietzsche, pós-modernos de toda ordem, ele não pode ser reduzido a um grande equívoco, como fazem querer crer algumas teorias críticas da modernidade.

A ciência moderna rompeu drasticamente com princípios, teorias e paradigmas já há muito enraizados na cultura ocidental. Esta verdadeira revolução teve em Copérnico, Galileu, e Newton, além do já citado Descartes, seus principais pensadores na ciência e na filosofia. A emancipação da reflexão humana para além do rigor do pensamento teológico acua de forma drástica a influência de Deus no mundo, mesmo que esta não fosse a intenção destes pensadores. Ao contrário do que apregoam alguns esquemas simplistas da história das ciências, as novas descobertas proporcionadas pelo racionalismo moderno, como mostra esta opinião de Sagan sobre Kepler, não tinham como objetivo desacreditar o conhecimento religioso.

Mas Deus, para ele [Kepler], não era apenas o que punia. Era também, o poder criador do universo. E a curiosidade do jovem Kepler era ainda maior que seu temor. Ele queria conhecer os planos de Deus pára o mundo. Queria ler a mente de Deus. (...) A geometria já existia antes da criação. (...) A geometria forneceu à Deus, um modelo de criação. A geometria é o próprio Deus.

O antropocentrismo, condição necessária do individualismo moderno, e o geocentrismo, que destronou a humanidade e seu planeta para a condição coadjuvante de um sistema planetário – prisioneiro de uma estrela menor, insignificante, na periferia da galáxia –, foram sem dúvida duas marcas definitivas na cultura ocidental.

Até Copérnico desenvolver suas idéias sobre astronomia no final do século XV e início do XVI, a terra repousava tranqüila no centro do universo tendo, entre outros astros, o Sol orbitando em seu redor. Era um universo finito desenhado por Aristóteles e redesenhado por Ptolomeu e que por quase dois mil anos era aceito, mesmo havendo a teoria rival de Aristarco, que desde o final da Antigüidade, afirmava ser o “astro rei” o ator principal de nosso sistema planetário.

Um modelo mais simples, entretanto, foi proposto em 1514 por um padre Polonês, Nicolau Copérnico (no início, talvez por medo de ser considerado herege por sua igreja, Copérnico divulga seu modelo anonimamente). Sua idéia era de que o Sol fosse o centro estático em torno do qual a Terra e os planetas se deslocavam em órbitas circulares. Quase um século se passou antes que sua hipótese fosse considerada com seriedade. Então dois astrônomos – o alemão Johannes Kepler e o italiano Galileu Galilei – começaram a defender publicamente a teoria de Copérnico, a despeito do fato de que os movimentos previstos não se adequassem àqueles observados
(HAWKING, 1988, p. 21).

Neste novo arranjo celeste, com o sol ocupando o lugar de honra não é só nosso mundo planetário que vira de ponta cabeça, pois esta disposição dos astros refletia também crenças para além da ciência. Afirma Gleiser que:

Com este arranjo, Copérnico literalmente destruiu o universo aristotélico, baseado na divisão do cosmos nos domínios sublunar e celeste. Se a Terra não ocupa mais o centro do Universo, a divisão do cosmos nos domínios do ser (a Lua e tudo acima) e do devir (abaixo da Lua) deixa de fazer sentido, assim como a hierarquia moral adotada pela teologia medieval cristã, que parte do Inferno, no centro da Terra, ponto de maior decadência e corrupção, e vai até a esfera empírea, ponto da mais alta virtude. O centro do cosmo não é mais o diabo, mas sim a fonte de toda a luz e energia, o responsável pela geração de vida na Terra, “o deus visível”
(1997, p. 103).

Com Galileu é a própria atividade científica em reconstrução que segue um novo rumo a partir da adoção da experimentação. Eventos naturais passam a ser reproduzidos em condições controladas, com variáveis isoladas, simulando fenômenos da natureza e, a partir destes, construindo suas hipóteses e teorias. A observação sistemática da natureza através de instrumentos recém criados, como o telescópio em 1609, também impulsionou o estudo de Galileu, sobre as manchas solares, sobre as fases de Vênus e da Lua que, de certa forma, iam de encontro à concepção geocêntrica defendida pela Igreja e corroborando com a concepção copernicana do heliocentrismo.

O sopro da morte atingiu a teoria aristotélico-ptolomaico em 1609. Neste ano Galileu começou a observar o céu à noite, através de um telescópio que acabara de ser inventado. Ao focalizar o planeta Júpiter, Galileu descobriu que ele se fazia acompanhar de vários pequenos satélites, ou luas, que giravam à sua volta. Isto implicava em que nada precisava
necessariamente girar em torno da Terra como Aristóteles e Ptolomeu haviam pensado (HAWKING, 1988, p. 21).

Se a revolução copernicana recolocou o Sol no seu devido lugar, Galileu, observado às órbitas dos planetas e Kepler ter descoberto que tais órbitas não eram circulares mas elípticas, faltava ainda ter entender como tudo isto se movia. Contrapondo diametralmente a noção de
lugar natural de Aristóteles, Isaac Newton enuncia em 1687 em sua obra Principia Matemática, a Lei da Gravitação que propõe a explicação do processo de atração e repulsão dos diferentes corpos celestes e que se aplica a todos os corpos físicos. As leis de Newton foram o coroamento de dois séculos de reordenamento do pensamento racional moderno. É a ele, ou melhor, a seu pensamento, que Imanuel Kant dedica sua monumental obra Crítica da Razão Pura.

O século XIX levou ao limite a crença nas possibilidades da ciência, tornando-a, de certa forma, a religião da modernidade. Esta tendência que ficou conhecida como cientificismo constituiu, em certa medida, o ambiente intelectual onde se forjaram as ciências sociais. Duas vertentes da pesquisa social se abriram naquele momento, por um lado as idéias de Durkheim, herdeiro da tradição de Comte, que partia da premissa que os fatos sociais eram coisas e como tais tinham que ser estudados, privilegiando o objetivismo e, por outro lado, a vertente aberta pelo pensamento do sociólogo alemão Georg Simmel. À perspectiva objetivista de Durkheim, este sociólogo alemão contrapõe a idéia de um social procedente das trocas, das relações e ações recíprocas entre indivíduos, um movimento intersubjetivo, uma ‘rede de filiações’ (MATTELART; MATTELART, 2003, p. 25)."

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Fonte:
CELSO OSÓRIO DA SILVA DIAS: "COMUNICAÇÃO, EPISTEMOLOGIA E TECNOLOGIA EM EDGAR MORIN". (Tese apresentada como requisito parcial à obtenção do grau de Doutor em Comunicação ao Programa de Pós-graduação da Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Orientador: Prof. Dr. Juremir Machado da Silva Porto). Alegre, 2007.

Nota
:
A imagem inserida no texto não se inclui na referida tese.
As notas e referências bibliográficas de que faz menção o autor estão devidamente catalogadas na citada obra.
O texto postado é apenas um dos muitos tópicos abordados no referido trabalho.
Para uma compreensão mais ampla do tema, recomendamos a leitura da tese em sua totalidade.

Disponível digitalmente no site: Domínio Público

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