Evolução e "Progresso"

Desde seus primórdio o conceito de "evolução" sempre esteve atrelado ao conceito de "progresso". Todos os que, inicialmente (seja no âmbito da ciência, religião ou filosofia) postularam acerca de "evolução" o fizeram mediante conceitos do tipo: "progressão, marcha ou movimento para diante, adiantamento gradativo, melhoramento gradual, crescimento, aumento, desenvolvimento, bom êxito" e por aí vai... Foram isso que fizeram, por exemplo:

ALLAN KARDEC (de "O Céu e o Inferno"):

"As idéias seguem um curso incessantemente progressivo, e absurdo é querer governar os homens desviando-os desse curso; pretender contê-los, retroceder ou simplesmente parar enquanto ele avança, é condenar-se, é perder-se. Seguir ou deixar de seguir essa evolução é uma questão de vida ou de morte para as religiões como para os governos."

[...]

"Presentemente, a Terra é o magno assunto das nossas cogitações. Que movimento entre os Espíritos! Que numerosas falanges aí afluem, a fim de lhe auxiliarem o progresso e a evolução! Dir-se-ia uma nuvem de trabalhadores a destrinçarem uma floresta, sob as ordens de chefes experimentados; abatem uns os troncos seculares, arrancam-lhes as raízes profundas, desbastamoutros o terreno; amanham estes a terra, semeando; edificam aqueles a nova cidade sobre as ruínas carunchosas de um velho mundo. Neste comenos reúnem-se os chefes em conferência e transmitem suas ordens por mensageiros, em todas as direções. A Terra deve regenerar-se, em dado tempo - pois importa que os desígnios da Providência se realizem, e, assim, tem cada qual o seu papel. Não me julgueis simples expectadora desta grande empresa, o que me envergonharia, uma vez que todos nela trabalham. importante missão me é afeta, e grandemente me esforço por cumpri-la, o melhor possível."

[...]

"A expressão: "tecer cuidadosamente a toga que há de carregar" é uma figura feliz que retrata a solicitude com que o Espírito em evolução prepara a nova existência conducente a um maior progresso do que o feito. Os Espíritos atrasados são menos meticulosos, e muita vez fazem escolhas desastradas, que os forçam a recomeçar."

[...]

"Sendo o progresso condição expressa da Humanidade, as provações tendem a modificar-se, acompanhando a evolução dos séculos. Dia virá em que as provações devam ser todas morais; e quando a Terra, nova ainda, houver preenchido todas as fases da sua existência, então se transformará em morada de felicidade, como se dá com os planetas mais adiantados."

ADOLF HITLER (de "Minha Luta"):

"Para mais facilmente compreender-se essa verdade, é oportuno, mais uma vez, lançar uma vista sobre as causas primárias da evolução da cultura humana.

O primeiro passo que, visivelmente, levou o homem a distinguir-se do resto dos animais foi o que o arrastou a fazer descobertas. Essas descobertas consistiam, no primeiro momento, na astúcia, cujo emprego facilitou a luta pela vida contra os outros animais e o êxito na mesma.

Essas descobertas primitivas não se apresentam claramente no espírito das pessoas, porque o observador de hoje as vê apenas em massa. Certos artifícios e espertos expedientes que o homem pode observar nos animais aparecem simplesmente como um fato natural. Não estando, por isso, em condições de determinar ou investigar suas causas primárias, contenta-se em considerar essas qualidades como instintivas.

Em nosso caso, essa última palavra nada significa.

Quem acredita em uma evolução mais elevada da vida deve admitir que todas as manifestações dessa luta pela existência devem ter tido um começo. Em dado momento, um indivíduo praticou uma determinada ação. Por força da repetição, esse fato se foi tornando cada vez mais geral até, de certo modo, passar para o subconsciente dos indivíduos e ser visto como instintivo.

Isso se compreenderá mais facilmente em relação aos homens. Seus primeiros atos de inteligência na luta contra os outros animais foram, com certeza, na sua origem, atos praticados sobretudo pelos indivíduos mais capazes. As qualidades pessoais foram, incontestavelmente, o estímulo para as decisões e realizações que, mais tarde, foram aceitas como naturais por toda a humanidade. Da mesma maneira, a confiança na sua própria força, fundamento atual de toda estratégia, foi, originariamente, devida a uma determinada cabeça e, só com o correr de muitos anos, talvez milhares, passou a ser aceita por toda gente como perfeitamente compreensível.

O homem completou essa primeira descoberta com uma segunda. Aprendeu outras coisas, outros processos, que pôs a serviço da sua luta pela subsistência. Com isso começou a atividade criadora, cujos resultados vemos por toda parte. Essas invenções materiais, que começaram pelo emprego da pedra como arma, que levaram à domesticação dos animais. e, através de criações artificiais, deram ao homem o fogo e, assim por diante, até as múltiplas e espantosas descobertas de nossos dias, são evidentemente devidas à iniciativa individual, o que se torna claro se examinarmos as descobertas de hoje, sobretudo as mais importantes, as que mais impressionam.

Todas as invenções que vemos em torno de nós foram o resultado do poder criador e da capacidade do indivíduo e todas elas, em última análise, concorreram para elevar, cada vez mais, o homem acima do nível dos outros animais, distanciando-o dos mesmos em progressão sempre crescente.

O que, de começo, era apenas simples artifício para auxiliar os caçadores da floresta na sua luta pela existência, serve agora, sob a forma das brilhantes descobertas científicas dos tempos atuais, a auxiliar a humanidade nas lutas do presente e a forjar as armas para os embates futuros.

Todo pensamento humano, todas as invenções, em seus últimos efeitos. servem, em primeiro lugar, para facilitar a luta do homem pela vida neste
concepção científica passa despercebida no momento. Enquanto tudo isso auxilia o homem a elevar-se acima do nível das criaturas que o cercam, ele ortifica cada vez mais a sua posição, tornando-se, a todos os respeitos, o rei da criação.

Todas as descobertas são, pois, a conseqüência do poder criador do indivíduo. Todos esses inventores constituem, quer se queira quer não, os maiores ou menores benfeitores da humanidade. Sua atuação proporciona a milhões de homens, meios de subsistência e recursos posteriores para a facilitação da luta pela vida.

Se, na origem da civilização material de hoje, vemos sempre personalidades que se completam umas às outras e sempre realizam novos progressos, o mesmo acontece na execução e aperfeiçoamento das coisas descobertas. Os vários processos de produção, em última análise, são sempre obras de determinados indivíduos. O trabalho puramente teórico que, em relação a cada pessoa, dificilmente se pode medir, e que representa a condição indispensável para todas as descobertas posteriores, até esse trabalho é produto individual. As massas nunca inventam, nunca organizam ou pensam por si. No início de tudo está sempre uma atividade individual.

CHARLES DARWIN: ("A Origem do Homem" - Hemus Editora)

"Galton afirma: "Sinto desgosto em ser incapaz de resolver a simples questão sobre até que ponto homens e senhoras, que são muito geniais, são estéreis. Contudo, tenho demonstrado que homens eminentes não são absolutamente assim". Grandes legisladores, fundadores de religiões benéficas, grandes filósofos e génios da descoberta científica ajudam o progresso do género humano em medida mais elevada com as suas obras do que gerando uma numerosa prole. No caso das estruturas corpóreas, o fator que contribui para um progresso de uma espécie é a sele ção de indivíduos ligeiramente mais dotados e a eliminação daqueles menos dotados, e não a conservação de anomalias fortemente acentuadas e raras. O mesmo se dará com as faculdades intelectuais, visto que os homens um pouco mais hábeis em qualquer grau da sociedade têm melhor êxito do que os menos hábeis e, conseqüentemente, progridem em número, quando não são obstaculados de um outro modo. Quando numa nação o nível de inteligência e o número de pessoas inteligentes cresceram, de acordo com a lei do desvio da média, podemos contar com o aparecimento dos génios com um pouco mais de frequência do que antes.

No que diz respeito às qualidades morais, a eliminação das piores disposições está sempre aumentando também nas nações mais civilizadas. Os malfeitores são justiçados ou lan çados na prisão durante longos períodos, a fim de não pode rem transmitir livremente as suas más qualidades. Os hipo condríacos e os loucos são confinados ou suicidam-se. Os vio lentos e os briguentos encontram muitas vezes um triste fim. Os vadios que não têm nenhuma ocupação estável — e este resto de barbárie representa um grande obstáculo para a ci vilização — emigram para países há pouco colonizados, onde se transformam em úteis pioneiros. A intemperança é tão altamente destrutiva que a perspectiva de vida de um in-temperante, por exemplo na idade de trinta anos, é de ape nas 13,8 anos; ao passo que para os camponeses ingleses na mesma idade é de 40, 59 anos. As mulheres corrompidas geram poucos filhos e os homens corruptos raramente se ca sam; tanto elas como eles são vítimas de doenças. Na criação de animais domésticos, a eliminação dos indivíduos, embora escassos em número, que de algum modo evidente são inferiores, constitui um elemento em nada absolutamente negligenciável para o êxito. Isto é particularmente válido para aqueles caracteres negativos que têm a propensão ao reapa recimento através da reversão, como a cor negra das ovelhas; e no género humano, algumas das piores disposições que apa recem nas famílias, sem uma causa determinada, podem cons tituir talvez um retorno ao estado selvagem, do qual nos temos afastado em não muitíssimas gerações.
Esta ideia, na ver dade parece ser reconhecida pela expressão popular de que tais homens são as ovelhas negras da família.

Nas na
ções civilizadas, enquanto não for atingido um adiantado nível de moralidade e um notável número de ho mens sinceramente bons, a seleção natural tem efeitos apa rentemente escassos, embora os instintos sociais fundamen tais sejam originariamente adquiridos por seu intermédio. Quando tratei das raças inferiores, falei suficientemente das causas que levam a um progresso da moralidade, isto é, a aprovação dos nossos semelhantes — o fortalecimento da nos sa simpatia pelo hábito — o exemplo e a imitação — a razão — a experiência — e também o interesse pessoal — a edu cação na juventude e os sentimentos religiosos.

Greg e Galton muito t
êm insistido sobre o obstáculo mais importante, existente nos países civilizados, contra o au mento do número dos homens de classe superior, isto é, sobre o fato de que os mais pobres e os negligentes, que frequen temente são degradados pelo vício, quase invariavelmente se casam antes, enquanto que os prudentes e os frugais, que em geral são virtuosos também em outras maneiras, contraem matrimónio em idade avançada, com a finalidade de poderem ser capazes de permanecer, eles mesmos e os seus filhos, na comodidade. Os que se casam antes produzem em dado mo mento não só um maior número de gerações, mas põem no mundo muito mais filhos, conforme tem demonstrado o Dr. Duncan. Ademais, os filhos que são gerados da mãe du rante os primeiros anos de vida são mais gordos e, provavel mente, mais robustos do que aqueles que nascem em outros períodos. Ë o que se dá com os membros negligentes da sociedade, degradados e muitas vezes viciados, os quais têm a tendência de aumentar a uma porcentagem mais veloz do que os membros previdentes e em geral virtuosos. Ou, nas pala vras de Greg: "O irlandês imprevidente, esquálido, sem ambi ções, multiplica-se como os coelhos; o escocês frugal, previ dente, cheio de auto-respeito, ambicioso, austero na sua mo ralidade, espiritualista nas suas opiniões, sagaz e disciplina do na sua inteligência, passa os seus melhores anos na luta e no celibato, casa-se tarde, gera poucos filhos. Supondo um país originariamente povoado por cem saxões e com celtas — e vereis que numa dúzia de gerações os 5/6 da população serão célticos, mas os 5/6 da riqueza, do poder, do intelecto pertencerão à sexta parte de saxões que ficam. Na eterna "luta pela existência", é a raça inferior e menos favorecida que tem prevalecido e não por causa das suas boas qualidades, mas por causa dos seus defeitos."

É isso!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Excetuando ofensas pessoais ou apologias ao racismo, use esse espaço à vontade. Aqui não há censura!!!