“Vide os experimentos de Miller...”

- "Vide os experimentos de Miller... diz que isso é crença Iba... refute...”

Esta frase, dita por um darwinista num desses banais debates de Internet, reflete o desejo da galerinha de Darwin em "criar condições favoráveis" para o mito da abiogênese. Abiogênese?

- Não, biopoiese, diria outro mais animado!

Sim, pois, embora o experimento de Miller tenha sido um verdadeiro fiasco científico, ele ainda é comemorado por muitos, principalmente darwinistas deslumbrados com o maravilhoso mundo de Darwin, como se fosse a orgástica descoberta do “ponto G da ciência”. Mas por trás dessa veneração abiogenética, há toda uma paixão secreta, já que oficialmente tenta-se separar a geração espontânea da teoria evolucionista. Todavia, todo darwinista comprometido com o materialismo filosófico nutre, ainda que latentemente, uma atração arrebatadora pela abiogênese. Se ele não declara isso a plenos pulmões é porque tal experiência revelou-se um jibóico delírio. Do contrário, júbilos se fariam ouvir internet afora. ((rs))

Já havia discorrido acerca disso numa outra ocasião, mas penso ser relevante trazê-lo à tona mais uma vez. Vejamos, pois, porque a experiência de Miller não merece crédito, e porque a crença da galerinha de Darwin nesse experimento não difere muito daquela expressada pelos fiéis da Santa Vó Rosa.
DEIXANDO CLARO QUE...

1 - Fabricar as moléculas da vida através de processos químicos fora da célula é, na realidade, muito fácil. Qualquer químico competente pode comprar alguns elementos químicos em uma fornecedora comercial, pesá-los na proporção correta, dissolvê-los em um solvente apropriado, aquecê-los em um frasco durante um período predeterminado de tempo e purificar o produto químico desejado, separando os elementos químicos que não quer e que são produzidos por reações colaterais.

2 - O químico pode não somente fabricar aminoácidos e nucleotídeos—os blocos de armar—mas também usá-los e construir os próprios edifícios: proteínas e ácidos nucléicos. Na verdade, o processo para se conseguir isso foi automatizado e máquinas que misturam e fazem com que elementos químicos reajam para gerar proteínas e ácidos nucléicos são vendidas por várias empresas.

3 - Qualquer estudante de graduação pode ler o manual de instruções e produzir em um ou dois dias uma longa peça de ADN — talvez o gene que codifica uma proteína conhecida.

AGORA VAMOS AOS FATOS, SEGUNDO BEHE

1 - Não havia químicos há quatro bilhões de anos.

2 - Tampouco havia fornecedores de produtos químicos, retortas, nem muitos dos outros aparelhos que o químico moderno usa diariamente em seu laboratório e que são necessários para se obter bons resultados.

3 - Um cenário convincente da origem da vida requer que a direção inteligente das reações químicas seja minimizada tanto quanto possível.

4 - Ainda assim, a participação de algum tipo de inteligência é inevitável.

5 - Se as condições na Terra primitiva se parecessem de fato com as malsucedidas tentativas de Miller, então, na realidade, nenhum aminoácido poderia ter sido produzido.

6 - Além do mais, ligar muitos aminoácidos para formar uma proteína dotada de atividade biológica útil constitui um problema químico muito mais difícil do que fabricar aminoácidos.

7 - A grande dificuldade em encadear aminoácidos é que, quimicamente, isso envolve a remoção de uma molécula de água em cada aminoácido ligado à cadeia em crescimento da proteína. De modo oposto, a presença de água cria enorme dificuldade ao aminoácido para formar a proteína.

8 - Uma vez que a água é tão abundante na Terra, e tendo em vista que os aminoácidos nela se dissolvem facilmente, os pesquisadores da origem da vida foram obrigados a propor cenários incomuns para contornar esse problema.

9 - Um cientista chamado Sidney Fox, por exemplo, sugeriu que talvez alguns aminoácidos tivessem sido jogados do oceano primordial sobre uma superfície muito quente, tal como a borda de um vulcão em atividade. Nessa altura, continua a história, eles seriam aquecidos acima do ponto de ebulição da água; desaparecida a água, os aminoácidos poderiam se interligar.

10 - Infelizmente, outros pesquisadores haviam mostrado antes que aquecer aminoácidos produz um alcatrão marrom escuro, malcheiroso, e não proteínas detectáveis.

11 - A circunstância especial necessária para produzi-los — condições quentes, secas (supostamente representando locais raros como bordas de vulcão), com volumes exatos de aminoácidos já purificados, pesados de antemão — lança uma escura nuvem sobre a importância desses experimentos.

12 - Pior ainda, uma vez que proteinóides não são proteínas de fato, o grande problema de formar proteínas autênticas permanece insolúvel.

13 - Embora um químico possa produzir com facilidade nucleotídeos em laboratório, sintetizando os componentes em separado, purificando-os e, em seguida, recombinando-os, reações químicas não dirigidas geram, esmagadoramente, produtos indesejáveis e uma massa amorfa no fundo do tubo de ensaio.

14 - O cianeto de hidrogênio e a amônia não são usados na biossíntese do AMP. Mesmo que existissem na antiga Terra, e ainda que isso tivesse algo a ver com a origem da vida (o que é problemático por algumas outras razões), a síntese da adenina a partir de moléculas simples no frasco do químico não nos fornece informação nenhuma sobre como surgiu o caminho para fabricar a molécula na célula.

15 - Na verdade, se dissolvêssemos em água (usando os nomes químicos formais) ribose-5-fosfato, glutamina, ácido aspártico, glicina, n10-formil-THF, dióxido de carbono e pacotes de energia de ATP e GTP — todas as pequenas moléculas que são usadas pela célula para construir o AMP e as deixássemos em repouso por um longo tempo (digamos, mil ou um milhão de anos), não conseguiríamos qualquer AMP".

RESUMO DA ÓPERA, OU MELHOR, DO DRAMA

"Sapatos podem ser tudo de que necessitamos para ir de Milão a Roma, mas precisaremos de mais do que isso para ir de Roma à Sicília; vamos precisar de um barco". Ademais, as probabilidades da formação da vida por geração espontânea são tão pequenas que exigem um ‘milagre’ abiogenético equivalente a um argumento teológico.

Referência bibliográfica:
Michael Behe: “A Caixa Preta de Darwin”, Zahar Editor, 1997.

É isso!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Excetuando ofensas pessoais ou apologias ao racismo, use esse espaço à vontade. Aqui não há censura!!!