Darwinistas no país das maravilhas

Até que ponto o darwinismo, pelo menos em algumas de suas teses e autores, não deveria ser estudado apenas como literatura de ficção? Exagero?

Talvez até seja, no entanto, a capacidade imaginativa de alguns autores darwinistas em construir histórias maravilhosas para corroborar o "fato" da evolução é, no mínimo, digna de uma boa tese de pós-graduação. Em alguns momentos tenho a impressão de está lendo o próprio
Lewis Carroll e seu fabuloso "Alice no país das Maravilhas", tamanha é o poder de especulação dos defensores de Charles Darwin. É o caso, por exemplo, do cenário a seguir, construído como se fosse o fiel resultado "de uma câmara na mão e uma idéia na cabeça". O trecho fora extraído de "A perspectiva evolutiva: uma introdução", in: "Charles Darwin em um futuro tão distante", por Mário Pinna, e publicado pelo Instituto Sangari, em comemoração ao bicentenário de Charles Darwin, em 2009:
"O ancestral dos vertebrados, conforme visto acima, era um pequeno animal filtrador e transparente, semelhante ao anfioxo atual. Este animal alimentava-se por meio de uma "cesta" filtradora de água em sua parte anterior. Na verdade, sua parte anterior inteira era praticamente uma "cesta" filtradora. As partículas alimentares eram retidas numa parte especializada da "cesta", depois reunidas, direcionadas ao tubo digestivo e engolidas. A água que devia ser filtrada era con­tinuamente bombeada para o interior da cesta por contrações musculares ou mo­vimentos ciliares. Este animal, por ser muito pequeno, não necessitava de órgãos respiratórios especiais. As trocas gasosas ocorriam por simples difusão do meio exterior para os tecidos. Muitos animais pequenos são assim. Até mesmo alguns vertebrados, como certos tipos de salamandra (família Plethodontidae) que nem sequer têm pulmões. À medida que este animal cresceu, sua massa de tecido corporal tornou-se mais espessa, e a simples difusão de gases tornou-se gradu­almente menos eficiente. A "cesta" filtradora do animal era uma parte por onde passavam vastas quantidades de água, como parte do processo de filtragem ali­mentar. Ë natural que uma grande parte das trocas gasosas já ocorressem naquele local, simplesmente como consequência física do fluxo de água ali concentrado. A "cesta" filtradora gradualmente desenvolveu expansões que tornavam a super­fície para troca gasosa maior e, portanto, mais eficiente. O próximo passo foi a concentração de circulação sanguínea naquelas expansões, com a passagem de vasos cujo objetivo principal era permitir que o sangue, naquele ponto favorável, liberasse gás carbónico e absorvesse oxigénio, que depois circularia pelo resto do corpo. Assim se formaram as brânquias dos vertebrados. Assim se formou tam­bém a associação duradoura, difícil (às vezes trágica) entre alimentação e respira­ção neste grupo de que somos representantes"(p. 86).

É isso!

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