A Trajetória de Agostinho



AS ORIGENS DE AGOSTINHO – INFÂNCIA, JUVENTUDE E DESENVOLVIMENTO INICIAL DE SUA RETÓRICA E FILOSOFIA

"A principal fonte biográfica de Agostinho são suas Confissões, em que este relata sua trajetória desde o nascimento até seu batismo e morte de sua mãe Mônica. Aurelius Augustinus nasce em 13 de novembro de 354 na cidade norte-africana de Tagasta (hoje o vilarejo de Souk Aras na Argélia), próxima a Hipona. Cidadão romano, Agostinho é filho de Patrício, um pequeno proprietário de terras pagão convertido no final da vida, e de Mônica, cristã dedicada que sofre até o fim da vida para ver seu filho convertido.

Seu pai, interessado em buscar ascensão na sociedade romana da época, investe na educação do filho para que ele se torne um grande orador. Assim, Agostinho recebe uma educação latina clássica em sua cidade natal e estuda retórica na cidade vizinha de Madaura. Aos dezesseis anos, em 371, Agostinho interrompe os estudos enquanto “se preparavam gastos para uma ausência mais distante em Cartago, mais por entusiasmo do que por recursos do meu pai, cidadão pouco abastado de Tagaste.” (Confissões II, 3, 5).

A
BUSCA DA UNIDADE

Agostinho vive no quarto século depois de Cristo, nos tempos da queda do Império Romano, quando, de acordo com Danilo Marcondes em sua Iniciação à história da filosofia, a Europa assiste a “uma fragmentação política, cultural e lingüística, sem estabilidade social e econômica.” (Marcondes, 2001: 114).

Agostinho experimenta não só um momento de crise e fragmentação na sociedade, mas também em sua alma encontra esterilidade e incerteza. Como afirma Arendt (1997), em sua tese de doutorado O Conceito de Amor em Santo Agostinho, a narrativa das Confissões testemunho do reino da interioridade, interioridade cheia de mistérios e desconhecido que se encontra a caminho da redenção. As Confissões são, portanto, a caracterização desse caminho, uma peregrinação em direção à reconciliação do homem com suas diversas realidades, especialmente com Deus. Agostinho confessa-se para que Deus “[se torne] doce para mim, doçura (...) que me congrega da dispersão em que estou retalhado em pedaços, desvanecendo-me na multiplicidade por me afastar de ti, que és a unidade.” ( Confissões II, 1, 1).

Esse dilaceramento interior encontra-se desde cedo na vida de Agostinho. William Mallard (1994), em seu Language and Love: introducing Augustine’s religious thought through the Confessions story, aponta que Agostinho vive sua infância, adolescência e juventude dividido entre mundos separados. Como criança e adolescente, encontra-se diante de dois discursos opostos: o discurso da fé de sua mãe e o discurso da ambição de seu pai. O primeiro fala de lealdade, perseverança e sacrifício não combinando com o segundo, usado na escola e no mundo, que privilegia a competição, os prazeres e a ambição. Aderindo ao maniqueísmo na juventude, ele participa de uma seita que crê em um mundo governado por forças opostas – luz e trevas – cuja divisão engloba também a alma.

O ápice de sua fragmentação ocorre em Cartago, onde Agostinho realiza seus estudos universitários. Nessa cidade cosmopolita da África do norte, cheia de atrativos, ele encontra sua alma dividida, buscando todas as paixões para tentar preencher sua alma vazia, que “atirava-se, ulcerosa, para fora de si, ávida de se roçar miseravelmente no contacto das coisas sensíveis.” (Confissões III, 1, 1). Ele vive uma existência sem significado e experimenta um paradoxo terrível interiormente: “com quanto fel, por vossa bondade, ma aspergiste aquela suavidade.” (id.).

Aos dezenove anos, depara-se com Hortênsio, obra composta em 45 a.C. por Cícero, da qual atualmente subsistem apenas fragmentos, que o faz despertar “com incrível ardor de coração [para] a imortalidade da sabedoria.” (Confissões III, 4, 7). Após um encontro frustrante com a leitura da Bíblia, adere à seita maniqueísta, onde permaneceria durante nove anos.

Entre os anos de 374 e 383, exerce o magistério em Cartago, onde conduz uma escola retórica e publica seu primeiro livro, Beleza e Proporção, em 380, obra perdida. Em 374, inicia um relacionamento com uma concubina cujo nome Agostinho não revela. Esse relacionamento dura treze anos e gera um filho, chamado Adeodato, que também se converte mas morre jovem.

A TRAJETÓRIA GEOGRÁFICA DE AGOSTINHO – DA ÁFRICA À ITÁLIA, EM BUSCA DO DESENVOLVIMENTO EM SUA CARREIRA

Em 383, Agostinho parte para Roma para dar prosseguimento a sua carreira e daí, após um ano, dirige-se para Milão,onde entrará em contato com os escritos neoplatônicos e com Ambrósio – influências decisivas em sua conversão. Novaes (2002), em seu artigo “As trajetórias de Agostinho”, afirma que os deslocamentos encontrados na vida de Agostinho são interpretados pelo próprio Agostinho como sinal da trajetória filosófica e teológica trilhada pelos homens. De fato, Novaes declara que “Agostinho refletiu sobre sua trajetória intelectual e sobre sua trajetória geográfica como expressões de uma trajetória fundamental para toda filosofia.” (2002: 23).

Agostinho, após o encontro com o mestre maniqueu Fausto, decepciona-se com a inconsistência racional do maniqueísmo e deseja cada vez mais o conhecimento de Deus e da verdade. Sendo assim, faz-se necessário buscar uma nova realidade em outras terras. Tal decisão contraria sua mãe, que deseja ter o filho por perto para que através de sua influência ele possa abandonar o maniqueísmo e converter-se ao cristianismo. No entanto, ela ignora que é a partir dessa mudança geográfica que se desencadearão todas as outras mudanças em sua vida.

Agostinho resolve partir para Roma também em busca de condições mais tranqüilas para o desenvolvimento de sua profissão como professor de retórica, pois em Cartago, a atitude grosseira e rebelde dos alunos o irrita profundamente: “em Cartago, um abuso vergonhoso e desregrado entre os estudantes: irrompem descaradamente e, em fúria, perturbam a ordem que cada um estabeleceu para proveito dos alunos.” (Confissões V, 8, 14). Além de buscar alunos que freqüentem os estudos “de uma forma mais pacata” (id.), Agostinho segue para Roma motivado a conseguir “maiores vencimentos e maior dignidade” (id.).

Já em Roma, durante sua permanência de um ano nessa cidade, ele se aproxima dos Acadêmicos, “que eram da opinião de que se deve duvidar de tudo e sustentam que a verdade não pode ser apreendida pelo homem.” (V, 10, 19). Após este tempo, parte rumo a Milão, onde se torna professor de retórica e orador público e faz os primeiros contatos com Ambrósio, pelo qual se encanta devido à sua solicitude, afabilidade, eloqüência e erudição (V, 13, 23). Assim, começam a ruir as resistências à católica, tornando-se então catecúmeno, não por convicção, mas “segundo a tradição de [seus] pais, até que alguma certeza brilhasse.” (V, 14, 25). Esse comportamento revela a influência do ceticismo em sua vida, “duvidando de tudo e flutuando no meio de tudo.” (id.).

Agostinho recebe o benefício da dúvida dos céticos da Academia, pois através dela é capaz de pôr em suspenso todas as experiências de sua vida analisando-as racionalmente. Porém, consegue o que para muitos antes dele seria uma pedra de tropeço: a dúvida compreendida como caminho para a verdade, ao invés de um fim em si mesmo. Esse salto epistemológico prepara o caminho para Descartes, que treze séculos depois empregará a dúvida como método de sua filosofia.

Permanece então na Academia até se deparar com os livros neoplatônicos, cujos ensinamentos, segundo ele, trariam a libertação dos erros passados (VII, 9, 13). Através de suas ponderações e estudos, percebe no seu interior a existência de uma “luz imutável,” superior a ele próprio, “a imutável e verdadeira eternidade da verdade, acima da minha mente mutável.” (VII, 17, 23). Essa descoberta lhe revela que a verdade imutável e eterna se encontra além das aparências (VII, 11, 17). Ademais, a existência dessa verdade infinita aponta para a incompletude e necessidade de transcendência: “não duvidava de forma alguma de que existia um ser a que me pudesse unir.” (VII, 17, 23).

A sua formação filosófica deve-se sobretudo aos neoplatônicos, sendo Agostinho reconhecido por unir o pensamento platônico à teologia cristã. A essa altura, Agostinho sente que ao mesmo tempo em que busca um comprometimento total com Deus, algo o faz recuar. É o tempo de uma luta interior contra todos os obstáculos que o atrapalham: hesitação, medo e orgulho.

Finalmente, acontece o grande momento de sua conversão em um lugar simbólico, cercado de outros elementos também carregados de simbolismo. Em um jardim, sob uma figueira, Agostinho clama a Deus para que Ele venha trazer uma solução para o seu sofrimento. “De repente,” Agostinho relata, “ouço uma voz vinda de uma casa vizinha. Parecia de um menino ou uma menina repetindo continuamente uma canção: ‘Toma e lê, toma e lê.’”(Confissões VIII,12 29). Ele obedece à inspiração, toma a Bíblia e a passagem da Epístola aos Romanos, que clareia suas dúvidas e lhe concede forças para entregar-se a Deus.

A INFLUÊNCIA DOS ESTUDOS DA LINGUAGEM E DA FILOSOFIA NA CONVERSÃO DE AGOSTINHO

A trajetória religiosa de Agostinho é impulsionada também por questões ligadas ao uso da linguagem. É interessante que, primeiramente, é por causa da linguagem que Agostinho se afasta do cristianismo para aderir ao maniqueísmo, para então, após onze anos, por influência de Ambrósio e do seu uso da linguagem, encaminhar-se à fé cristã. A conversão agostiniana de uma vida pautada pelos desejos da carne para uma vida segundo as orientações do espírito encontra paralelo com a transformação de um Agostinho que faz uso da língua de uma forma sedutora e literal para um Agostinho que medita e alcança o sentido metafórico das palavras.

Após a leitura de Hortênsio, de Cícero, Agostinho começa a buscar ardentemente a sabedoria. Apesar de haver sido criado em um berço católico, recebera precária educação religiosa de sua mãe. Assim, o que restara em seu íntimo daquela catequese era o nome de Cristo, que mesmo sem compreender desejava reter em seu íntimo. Dessa forma, resolve dedicar-se ao conhecimento da Bíblia para talvez encontrar a sabedoria. Porém, sua formação retórica nos clássicos latinos torna-se um obstáculo para a compreensão das Escrituras: “[a Escritura] me pareceu indigna de ser comparada com a majestade de Cícero. A minha inchação rejeitava o seu estilo, e a minha vista não penetrava no seu interior.” (Confissões III, 5, 9).

Agostinho, influenciado pelo pensamento maniqueísta, escandaliza-se com os eventos fantásticos relatados na Bíblia, em particular no Antigo Testamento. É interessante constatar como uma interpretação errônea dos textos sagrados, fruto de uma atitude, digamos, não-literária em relação à linguagem, impede Agostinho de encontrar o significado mais profundo desses textos, afastando-o da fé.

Boehner&Gilson (2003), na História da Filosofia Cristã, verificam que o encontro de Agostinho com Ambrósio provoca uma revolução no pensamento do retor africano. Por causa do materialismo de Agostinho, ele não consegue ultrapassar o sentido imediato encontrado nas palavras da Sagrada Escritura. Ambrósio um dos primeiros exegetas ocidentais a fazer uso da interpretação alegórica – mostra em seus sermões que por trás das alegorias do Antigo Testamento encontra-se um profundo sentido espiritual. Assim, Agostinho descobre que “o contraste entre letra e espírito é apenas um exemplo da oposição muito mais compreensiva entre matéria e espírito.” (2003, 144).

A partir desse encontro com Ambrósio, Agostinho começa a formular sua semiótica e hermenêutica. Eco (1989), em seu ensaio “A Epístola XIII, o alegorismo medieval, o simbolismo moderno” aponta Agostinho como aquele que “elabora o que hoje chamaríamos uma semiótica textual e certamente uma metodologia hermenêutica” (1989: 214). Em De Doctrina Christiana, obra dedicada à interpretação das Escrituras, Agostinho formula sua teoria do signo, afirmando que o signo é tudo o que faz vir à nossa mente uma outra coisa juntamente com a impressão por ele causada. Esses signos podem ser dispostos pelo homem para uma intenção determinada ou podem ser coisas e eventos que são interpretadas como tal.

Eco demonstra que Agostinho também cria regras hermenêuticas e semiótico-lingüísticas através das quais somos capazes de reconhecer não apenas as figuras de linguagem, mas também “os modos de estratégia textual aos quais atribuiríamos (e em sentido moderno) valor simbólico” (1989:215). Assim, acontecimentos que dentro de uma obra poderiam ser interpretados de forma literal sem ferir o sentido geral do texto, em determinadas circunstâncias, podem ser interpretados de forma figurada.

Uma outra revolução na área da linguagem acontece em decorrência do encontro de Agostinho com Ambrósio. Schnapp (1995), em suas “Lições de leitura: Agostinho, Proba e o détournement cristão da Antiguidade”, analisa como através de uma ruptura nas formas materiais dos meios de comunicação foi possível a conversão de Agostinho e, conseqüentemente, a expansão do cristianismo. Schnapp destaca que a teoria comunicativa da retórica, na qual Agostinho foi treinado, baseava-se em três princípios, a saber: funcionalista, para a busca da persuasão; performativo, com o intuito da perfeita elaboração dos temas de interesse público; e situacional, a fim de se estabelecerem as regras de conduta oracional para cada situação. A cultura retórica da Antiguidade torna-se assim “mediada e movida pelo prazer corporal” (1995: 14) pois se enfatiza a busca da eloqüência, sedução e superficialidade. Enfim, “a carne é onipresente dentro da instituição da retórica” (id.).

Assim como através da interpretação alegórica Ambrósio conduz Agostinho à dualidade letra e espírito em consonância com a oposição matéria e espírito, Schnapp indica que também através de Ambrósio, Agostinho operará a ruptura com o sistema carnal retórico, pois “a principal precondição para a conversão de Agostinho nas Confissões será sua ‘descoberta’ da leitura silenciosa.” (1995: 14). Essa descoberta acontece quando Agostinho encontra Ambrósio lendo um texto de uma maneira que lhe chama a atenção: “Mas, quando lia, os olhos percorriam as páginas, e o seu coração penetrava o sentido, enquanto que a voz e a língua se mantinham em repouso.” (Confissões VI, 3, 3).

A partir desse fato, a instituição da retórica estava para ser desmantelada para dar vez a uma nova cultura livresca, em que o estudo individual e silencioso do texto bíblico seria determinante para a instituição e proliferação de uma civilização cristã. Em Agostinho, essa mudança é descrita nas Confissões de uma maneira simbólica. Após lutas terríveis em seu espírito para converter-se inteiramente, é através da leitura silenciosa de um texto bíblico que ele terá sua própria iluminação, que o faz abraçar de vez o cristianismo.

Agostinho, por sua formação retórica, percebe as possibilidades e ao mesmo tempo as falhas e os enganos da linguagem. Ciente dessa dicotomia, Agostinho, após sua conversão, dedicar-se-á à busca de uma linguagem que superaria o seu aspecto ilusório enganador e que serviria para a conversão a Deus. Mallard (1994) verifica que a escritura das Confissões “é uma tentativa poderosa de falar essa linguagem.” (1994: 12). Essa busca de Deus através da linguagem acontece no início das Confissões, quando Agostinho afirma que o homem busca a Deus e o busca através do louvor. Porém, para o homem poder louvar a Deus é necessário que ele conheça quem é Deus. E esse conhecimento ocorre através da linguagem: “Mas quem te invoca sem te conhecer? Porque sem saber pode invocar uma coisa por outra. Ou pelo contrário, será que és invocado para seres conhecido? (...) Que eu te procure, Senhor, invocando-te” (Confissões I, 1, 1).

Agostinho é reconhecido como o primeiro homem do pensamento que se voltou para a religião motivado pelos seus questionamentos filosóficos. A trajetória de Agostinho para a religião pelo caminho do pensamento filosófico é descrita em suas Confissões. Mallard refere-se às Confissões como a história de uma conversão, iniciada com a leitura de Cícero aos dezoito anos até o seu batismo aos trinta e dois anos (1994: 231). Em sua obra, Mallard propõe estudar o pensamento filosófico e teológico agostiniano através da investigação da narrativa das Confissões, crendo que os principais temas de seu pensamento estão aí apresentados.(id.: vii).

Dentre os vários “saltos” que Agostinho realiza, um dos mais relevantes para sua conversão é, conforme Boehner&Gilson (2003), através do contato com os escritos neoplatônicos, a renúncia ao materialismo maniqueísta para ser capaz de contemplar a luz incorpórea, invisível e puramente espiritual que habita em seu ser: “Entrei e vi com o olhar da minha alma, seja ele qual for, acima do mesmo olhar da minha alma, acima da minha mente, uma luz imutável, não esta vulgar e visível a toda carne.” (Confissões VII, 10, 16). Esse entendimento abre as portas para que Agostinho viesse a conceber essa luz imutável como o próprio Deus, que está acima do espírito e que pode ser atingido se transcendermos a realidade dos sentidos.

Outro ponto de contato que Agostinho encontra entre o neoplatonismo e o cristianismo é a doutrina do Logos, a que ele se refere no livro VII, 9, 13. A partir da compreensão do Logos como a sabedoria que existe desde sempre, Agostinho é capaz de vislumbrar o Cristo como a Sabedoria de Deus encarnada, luz para todos os homens.

A VIDA APÓS A CONVERSÃO

Após sua experiência mística no jardim, Agostinho faz-se batizar no Sábado Santo de 387 por Ambrósio. Abandona sua profissão em Milão e em Óstia falece-lhe a mãe. Após um ano em Roma, retorna a Tagasta no outono de 388. Funda em sua casa paterna um mosteiro dedicado à contemplação. Porém, o bispo Valério de Hipona ordena-o sacerdote e em 396 é sagrado bispo de Hipona, posição que exerceria até a morte em 28 de agosto de 430, aos setenta e cinco anos, durante o assédio da cidade pelos vândalos.

Agostinho desempenha papel fundamental na condução da Igreja, oferecendo uma doutrina sólida a respeito de questões heréticas de seu tempo além de apresentar uma intensa produção de tratados filosóficos e teológicos, com centenas de obras. Em 386, após sua conversão, escreve Contra Acadêmicos, refutação exaustiva do ceticismo, De Beata Vita, sobre a fonte da felicidade na verdade divina e na união com Deus e De Ordine, sobre a origem do mal. Em 389, escreve a importante obra De Libero Arbítrio, sobre a origem do mal e a liberdade. Em 399, já como bispo redige as Confessiones, sua obra autobiográfica. De 399 a 419, escreve De Trinitate, obra mestra em matéria dogmática, base da doutrina católica da Trindade divina. Finalmente, escreve entre os anos de 413 e 426 De Civitate Dei, um dos monumentos da literatura ocidental, onde refuta a acusação dos pagãos contra o cristianismo desenvolvendo um amplo tratado de teologia da história."

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Fonte:
André Luiz Lacerda Deschamps: “FRAGMENTADOS E CONVERTIDOS – UMA LEITURA DE T. S. ELIOT À LUZ DAS CONFISSÕES DE SANTO AGOSTINHO”. (Dissertação submetida à Pós-graduação stricto sensu do Instituto de Letras da UERJ, área de concentração Mestrado em Literaturas de Língua Inglesa, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Letras. Orientador: Profa. Dra. Fernanda Teixeira de Medeiros. Instituto de Letras Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Rio de Janeiro, 2005.

Nota
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As notas e referências bibliográficas de que faz menção o autor estão devidamente catalogadas na citada obra.
O texto postado é apenas um dos muitos tópicos abordados no referido trabalho.
Para uma compreensão mais ampla do tema, recomendamos a leitura da tese em sua totalidade.

Disponível digitalmente no site: Domínio Público

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