Segundo o jornal Folha de S. Paulo, numa sabatina realizada pelo periódico no ano passado(28/11/2008), o escritor português José Saramago havia dito que “a Bíblia é inapropriada para adolescentes”. Segundo a reportagem, o mesmo escritor teria acrescentado que a Escritura Sagrada é um "desastre", cheia de "maus conselhos, como incestos, matanças".
Inicialmente achei-me surpreendido pela postura deste grande escritor, afinal, um amante do saber em nenhum instante desaconselharia à leitura de qualquer que seja o livro, ainda mais em se tratando do clássico dos clássicos, a Bíblia Sagrada. Goethe, por exemplo, o mais extraordinário dos escritores alemães, confessou certa feita que “caso estivesse a ser posto em prisão e pudesse levar um livro, somente escolheria a Bíblia.” E, Kant, por sua vez, declarou que “a existência da Bíblia, como livro para o povo, é o maior beneficio que a raça humana já experimentou, e que todo o esforço para depreciá-la é um crime contra a humanidade.”
O que então motivaria um escritor, inclusive ganhador de um prêmio Nobel de Literatura, a desaconselhar a leitura de um livro? Seria mesmo pelo simples e banal fato dela supostamente conter “desastres, maus conselhos, incestos e matanças?” Em sendo assim, não deveria também ele desaconselhar a leitura da Odisséia, da Ilíada, dos Lusíadas e até mesmo do seu “Memorial do Convento”?
Ora, então qual seria a lógica de Saramago?
Simples, segundo outra matéria do mesmo jornal, Saramago havia falado durante a referida sabatina, que era um comunista hormonal. A explicação de "hormonal", escreve o periódico, ocorreu quando ele refletia a perguntas sobre como ele ainda é um comunista na atualidade: "Eu sou o que se poderia dizer um comunista hormonal", afirmou o escritor, ao dizer que "acredita" ter uma produção de "hormônio do comunismo".
"Ser comunista é um estado de espírito", disse o escritor. Ele também afirmou que isto mostra que Karl Marx está cada vez mais atual. "Sinto, pelo menos na Europa, onde se reeditam seus livros, que as obras de Marx são bastante vendidas", afirmou Saramago.
Ou seja, a lógica do grande Saramago é simplesmente a “lógica do ateísmo absoluto", com o qual a ideologia comunista se representou muito bem em tempos passados. Durante todo o regime comunista na Rússia e em outros muitos países ditos socialistas, a Bíblia simplesmente fazia parte dos seus “Index Librorum Prohibitorum”. Nos aeroportos malas eram revistadas a fim de verificar se havia nelas alguma porção do livro dos cristãos. Milhares de pessoas foram eliminadas por professarem fé na Bíblia. Na China de Mao Tse Tung, a Bíblia era tida como a síntese de tudo que de pior havia sido escrito. Também em Cuba o livro sagrado estava entre o "Índice dos Livros Proibidos" (ou "Lista dos Livros Proibidos").
Neste aspecto, portanto, lamentavelmente a lógica de saramago não difere muito daquela seguida por Lenin, Stalin, Mao Tse Tung, Pol Pot, Fidel Castro, Kim Jong entre outros ideólogos comunistas. Ou seja: a Bíblia é uma péssima influência para os ideais que eles desejam aos seus jovens, pois contraria o princípio máximo do comunismo, que é o ateísmo absoluto. A posição do escritor português, pois, deve ser analisada sob esta ótica, do contrário torna-se muito difícil imaginar que alguém de mente tão aberta para à vida e para o mundo possa se opor à leitura de um livro, ainda mais em se tratando do livro de cabeceira do nosso maravilhoso Machado de Assis!
Este é o grande mal das ideologias, que de algum modo sempre se apóiam em posturas exclusivistas e extremadas, a fim de assim preservar a todo o custo “verdade” a qual professam. Isso se dá tanto com as ideologias religiosas quanto aquelas anti-religiosas. De um lado a oposição a Nietzsche, Freud, Diderot, Voltaire etc.; do outro, a completa rejeição aos livros considerados sagrados, em especial a Bíblia.
As ideologias precisam alimentar seus ideais apenas com aquilo que elas tomam como a “nata do saber”; necessitam adornar seus dogmas com os louros da mais “profunda sabedoria”; buscam por meio da intolerância e imposição a preservação da “única verdade a ser seguida”. Daí a Inquisição, o anarquismo, o comunismo, o nazismo, o fascismo, o darwinismo social e outros muitos "ismos". No fundo prevalece o receio de serem esquecidas!
O perigo não está, pois, nos livros, mas na cabeça de quem os lê! Da mesma forma que uma pessoa pode fazer uso de passagens isoladas da Bíblia a fim de justificar seu lema de vida e de morte, também outra pode da mesma maneira extrair de “A Origem das Espécies” material suficiente para organizar uma cruzada contra os “fracos” e os “menos aptos”, com o intuito de preservar os “mais fortes”. Em outras palavras, dependendo da “cabeça” de uma pessoa, até mesmo um simples Gibi da Mônica pode servir de pilar para a total destruição do mundo.
E assim caminha a humanidade...
É isso!
Inicialmente achei-me surpreendido pela postura deste grande escritor, afinal, um amante do saber em nenhum instante desaconselharia à leitura de qualquer que seja o livro, ainda mais em se tratando do clássico dos clássicos, a Bíblia Sagrada. Goethe, por exemplo, o mais extraordinário dos escritores alemães, confessou certa feita que “caso estivesse a ser posto em prisão e pudesse levar um livro, somente escolheria a Bíblia.” E, Kant, por sua vez, declarou que “a existência da Bíblia, como livro para o povo, é o maior beneficio que a raça humana já experimentou, e que todo o esforço para depreciá-la é um crime contra a humanidade.”
O que então motivaria um escritor, inclusive ganhador de um prêmio Nobel de Literatura, a desaconselhar a leitura de um livro? Seria mesmo pelo simples e banal fato dela supostamente conter “desastres, maus conselhos, incestos e matanças?” Em sendo assim, não deveria também ele desaconselhar a leitura da Odisséia, da Ilíada, dos Lusíadas e até mesmo do seu “Memorial do Convento”?
Ora, então qual seria a lógica de Saramago?
Simples, segundo outra matéria do mesmo jornal, Saramago havia falado durante a referida sabatina, que era um comunista hormonal. A explicação de "hormonal", escreve o periódico, ocorreu quando ele refletia a perguntas sobre como ele ainda é um comunista na atualidade: "Eu sou o que se poderia dizer um comunista hormonal", afirmou o escritor, ao dizer que "acredita" ter uma produção de "hormônio do comunismo".
"Ser comunista é um estado de espírito", disse o escritor. Ele também afirmou que isto mostra que Karl Marx está cada vez mais atual. "Sinto, pelo menos na Europa, onde se reeditam seus livros, que as obras de Marx são bastante vendidas", afirmou Saramago.
Ou seja, a lógica do grande Saramago é simplesmente a “lógica do ateísmo absoluto", com o qual a ideologia comunista se representou muito bem em tempos passados. Durante todo o regime comunista na Rússia e em outros muitos países ditos socialistas, a Bíblia simplesmente fazia parte dos seus “Index Librorum Prohibitorum”. Nos aeroportos malas eram revistadas a fim de verificar se havia nelas alguma porção do livro dos cristãos. Milhares de pessoas foram eliminadas por professarem fé na Bíblia. Na China de Mao Tse Tung, a Bíblia era tida como a síntese de tudo que de pior havia sido escrito. Também em Cuba o livro sagrado estava entre o "Índice dos Livros Proibidos" (ou "Lista dos Livros Proibidos").
Neste aspecto, portanto, lamentavelmente a lógica de saramago não difere muito daquela seguida por Lenin, Stalin, Mao Tse Tung, Pol Pot, Fidel Castro, Kim Jong entre outros ideólogos comunistas. Ou seja: a Bíblia é uma péssima influência para os ideais que eles desejam aos seus jovens, pois contraria o princípio máximo do comunismo, que é o ateísmo absoluto. A posição do escritor português, pois, deve ser analisada sob esta ótica, do contrário torna-se muito difícil imaginar que alguém de mente tão aberta para à vida e para o mundo possa se opor à leitura de um livro, ainda mais em se tratando do livro de cabeceira do nosso maravilhoso Machado de Assis!
Este é o grande mal das ideologias, que de algum modo sempre se apóiam em posturas exclusivistas e extremadas, a fim de assim preservar a todo o custo “verdade” a qual professam. Isso se dá tanto com as ideologias religiosas quanto aquelas anti-religiosas. De um lado a oposição a Nietzsche, Freud, Diderot, Voltaire etc.; do outro, a completa rejeição aos livros considerados sagrados, em especial a Bíblia.
As ideologias precisam alimentar seus ideais apenas com aquilo que elas tomam como a “nata do saber”; necessitam adornar seus dogmas com os louros da mais “profunda sabedoria”; buscam por meio da intolerância e imposição a preservação da “única verdade a ser seguida”. Daí a Inquisição, o anarquismo, o comunismo, o nazismo, o fascismo, o darwinismo social e outros muitos "ismos". No fundo prevalece o receio de serem esquecidas!
O perigo não está, pois, nos livros, mas na cabeça de quem os lê! Da mesma forma que uma pessoa pode fazer uso de passagens isoladas da Bíblia a fim de justificar seu lema de vida e de morte, também outra pode da mesma maneira extrair de “A Origem das Espécies” material suficiente para organizar uma cruzada contra os “fracos” e os “menos aptos”, com o intuito de preservar os “mais fortes”. Em outras palavras, dependendo da “cabeça” de uma pessoa, até mesmo um simples Gibi da Mônica pode servir de pilar para a total destruição do mundo.
E assim caminha a humanidade...
É isso!
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