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"Amando a Deus pelo avesso"


Não tenho por hábito acessar o Twitter, porém uma visita a este blog me conduziu a um determinado perfil, no qual alguém, um provável seguidor de Richard Dawkins, escreveu: “ateísmo me parece um tabu maior que homossexualismo, no Brasil. Cadê ateu em novela da Globo? Cadê nosso Dawkins?

Fiquei então a imaginar o que seria de nós, se cada grupo ideológico passasse a exigir privilégios constitucionais e sociais, com a prerrogativa de que são vítimas de preconceito? O que aconteceria se de um momento para outro anarquistas, macons, crentes, criacionistas, darwinistas, místicos, corintianos, petistas, entre outros, reclamassem para si leis específicas que os protegessem contra seus “preconceituosos opositores”? Quantas constituições ou nevelas da Globo seriam necessárias para satisfazer os caprichos “politicamente corretos” de toda a turba ideológica que afloram a sociedade? O que haveria de ser, caso os partidários de Paulo Coelho,
Henri Cristo e Elvis Presley etc., da mesma forma que os fanáticos seguidores de Richard Dawkins, os neo-ateístas, comessassem a aprogoar que são vítimas do preconceito, e que por isso necessitam de proteção legal contra os que pensarem diferente?
Esses apaixonados novos ateus deveriam tentar, se não imitar, ao menos entender o sóbrio exemplo do outro ateu Lima Duarte, nosso grande ator, que, contestando o fanatismo ateísta a la Dawkins de Jose Saramago, afirmou: "Sou ateu como o Saramago, mas eu não preciso ficar amando Deus pelo avesso como ele fica" (FOLHA).

É isso!

O neo-ateísmo no seu devido lugar

Não é de hoje que venho alertando sobre o comportamento extremado da nova modalidade ateísta, muito bem tipificada na pessoa do zoólogo inglês Richard Dawkins. Da mesma forma que determinadas seitas consideradas radicais, o neo-ateísmo tem-se empenhado numa luta ferrenha contra a religião, como numa espécie de “guerra santa”, cujo objetivo é destruir o “obscurantismo da fé". E uma das estratégias utilizadas diz respeito ao uso massivo de propagandas, com as aquais tenta passar a imagem de que são vítimas do preconceito social (o preconceito” contra os ateus é tão “perigoso” quanto o “preconceito” do corintiano pelo palmeirense, ou do brasileiro pelo argentino etc.).

Recentemente a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (ATEA) tentou introduzir no Brasil uma campanha que se fez inicialmente na Europa, por meio de anúncios publicitários em ônibus coletivos. A iniciativa não vingou por aqui, e o mais irônico, é que a justificativa usada pelas empresas para não veicular a propaganda recai exatamente sobre razões religiosas. De acordo com a Associação dos transportadores de passageiros, uma lei municipal impede a publicação nos chamados "busdoor" de peças contendo pornografia, bebida alcoolica, manifestações religiosas etc.

Bom, como o objetivo da ATEA não é o de divulgar pornografia, bebida alcoolicas e outros temas similares, restou apenas como embaraço o item “manifestações religiosos”. Eis aqui a mais coerente lição para essa nova vertente ateísta. Que beleza! ((rs))

É isso!

"Ônibus ateu" no Brasil

A Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos), seguindo o marketing neo-ateísta praticado inicialmente na Europa, tentou em vão introduzir no Brasil a campanha anti-religiosa nos ônibus coletivos de algumas cidades. Segundo Hélio Schwartsman, do jornal Folha de São Paulo, “as peças de propaganda, com frases como "Religião não define caráter" e "A fé não dá respostas; ela só impede perguntas", deveriam circular em ônibus de Salvador, São Paulo e Porto Alegre pelo período de um mês”.

No entanto, para desalento dos pregadores neo-ateístas, principalmente daqueles que ofertaram espontaneamente seu “dízimo” para a manutenção da campanha, todas as cidades citadas rejeitaram a proposta, restando ao “aos engomadinhos dawkinsianos” a velha e esfarrapada desculpa de que foram vítimas de um vergonhoso preconceito: "As seguidas recusas de prestação de serviço são uma confirmação contundente da força do preconceito contra os ateus, e da necessidade de acabar com ele. Nossas peças nada têm de ofensivas, e o teor de suas críticas empalidece frente às copiosas afirmações dos livros sagrados de que ateus são odiosos, cruéis, maus e devem ser eliminados. Existe um duplo padrão em ação aqui", diz Daniel Sottomaior, presidente da Atea.”

Pessoalmente não vejo o menor problema com este tipo de campanha, afinal vivemos num país dito democrático, onde cada pessoa deve ter plena liberdade para externar suas crenças ou extravasar suas descrenças, é claro, desde que se respeitem algumas regras básicas do bem-viver. O problema, penso eu, reside no fato de acreditarem que estão lutando em prol da erradicação de um preconceito, quando na realidade estão apenas reproduzindo ao seu próprio modo aquilo que já há bom tempo fizeram e ainda continuam a fazer as religiões mais aguerridas, como e “Igreja Universal do Reino de Deus”. Aliás, até sugiro a esses novos ateus que dêem um nome definitivo ao seu conglomerado, algo do tipo: “Anti-igreja Universal do Reino de Dawkins” ou algo que os valham.

É isso!

A hora e a vez das ideologias

Com o lema Yo no te espero”, ateus, homossexuais, feministas, comunistas, entre outras ideologias, realizaram um espalhafatoso protesto contra a visita do papa Bento XVI a alguns países da Europa. Os ateus radicais, em especial, acusaram o pontifice de complacência com o regime nazista. O papa também foi criticado por suposto acobertamento dos padres pedófilos. E todos os manifestantes exigiam a completa separação entre a igreja e o Estado. A seguir, fotografias do protesto (“El Mundo”):

É isso!

Quando voce se tornou ateu?


Neste meu ócio de sexta-feira, passando por um desses sites populares da Internet, mais exatamente num fórum dedicado a Richard Dawkins ("Richard Dawkins Fans"), deparei-me com uma enquete, que tinha como pergunta: "Quando voce se tornou ateu ou agnóstico?

As respostas estavam distribuídas em quatro alternativas, norteadas por diferentes idades, a saber:

1. Até os 15 anos;
2. Dos 15 aos 18 anos;
3. Dos 19 aos 21 anos;
4. Mais de 22 anos.

Das 743 pessoas que participaram, 310 delas (equivalentes a 41%) afirmaram que se tornaram atéias até os 15 anos de idade, e 279 (ou seja, 37%) ficaram no patamar dos 15 aos 18 anos. Resumindo, 78% do que votaram na pesquisa declararam que a opção pelo ateísmo deu-se na idade que vai até os 18 anos.

É claro que não se deve creditar muita importância a este tipo de inquirição, que é feita no anonimato e sem lá muito critério. Todavia, ao que tudo indica, ela realmente parece refletir ao menos um pouco dessa realidade. O período que vai até os 18 anos, é aquele em que jovem sente profunda necessidade por se "rebelar contra o sistema". Com "sistema" entenda-se políticos, professores, líderes religiosos, os próprios pais e a divindade (ou deuses) que estes adoram.

É isso!

Ateus sabem mais de religião que os próprios religiosos

Uma recente notícia fez acender ainda mais os brios anti-religiosos da nova vertente neo-ateísta.

Segundo uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pelo
Pew Forum sobre Religião e Vida Pública, os ateus sabem mais sobre religião do que os próprios religiosos.

A pesquisa feita com 3.400 pessoas (ateus, agnósticos, judeus, cristõas, protestantes, católicos, mórmons etc.) pautou-se em 32 questões de múltipla escolha acerca da Bíblia, doutrinas e personagens religiosas. Do resultado final,
alguns dados mereceram destaques. Por exemplo:

- 53% dos protestantes não conseguiram identificar Martinho Lutero como o homem que começou a reforma de sua religião;
- 45% dos católicos não sabem que a Igreja ensina que o pão e o vinho consagrados na comunhão não são apenas símbolos, mas realmente o corpo e o sangue de Cristo;
- 43% dos judeus não sabiam que Maimônides, um dos maiores filósofos do judaísmo e autoridade rabínica, era judeu;
- 51% dos entrevistados sabiam que Joseph Smith era mórmom;
- 82% das pessoas questionadas sabiam que Madre Teresa era católica.

Sinceramente essa pesquisa não me causou a menor surpresa, afinal já é mais que notória a obsessão desses novos ateus por questões envolvendo a religião. Daí não ser nenhuma novidade eles saberem mais sobre religião do que os próprios religiosos. Há ateus especializados, por exemplo, em encontrar contradições na Bíblia. Alguns são capazes de perder horas debruçados sobre o livro dos cristãos, a fim de proclamarem aos quatro ventos que Deus não existe etc. e tal. São tão religiosos quantos aqueles religiosos que lêem Darwin para provar que a evolução é cousa do diabo. Entenda-se esses ateus!

É isso!

"Ateísmo religioso": faz sentido?

O que exatamente caracteriza uma pessoa como religiosa?

Bom, segundo os dicionários, “religioso” é a pessoa que fez votos e ingressou numa congregação ou numa ordem religiosa. Seria, portanto, alguém que pratica determinados preceitos e que seguem regras ou doutrinas estabelecidas por esta mesma ordem religiosa.

Bom, definição posta, vejamos agora porque faz certo sentido denominar os neo-ateístas, ou seja, os "ateus a la Dawkins", de “ateus religiosos”. A idéia não é menosprezar ou caçoar nem o ateu nem a própria religião, mas apenas mostrar que o comportamento dessas pessoas ditas “racionalistas” não diferem muito daqueles vivenciados por um religioso tradicionalmente entendido como tal, ou seja, o crente. Veja-se, por exemplo, os seguintes textos:


1.OPINIÃO DA
ATEA - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ATEUS E AGNÓSTICOS:
"Ritos de passagem - Ritos de passagem são aqueles que marcam momentos importantes na vida das pessoas. Os mais comuns são os ligados a nascimentos, mortes, casamentos e formaturas. Em nossa sociedade, os ritos ligados a nascimentos, mortes e casamentos são praticamente monopolizados pelas religiões. Já as formaturas não costumam ser, em si, religiosas, mas frequentemente têm importantes momentos religiosos. Como podem se posicionar ateus, agnósticos e todos os demais não-religiosos quanto a isso? Esta seção é para ajudá-lo a responder essa pergunta.

Há muitas saídas possíveis. Os não-religiosos que não se importam em participar de cerimônias religiosas não terão problema algum. Mas há também aqueles que entendem a religião como um mal e rejeitam qualquer tipo de influência religiosa em suas vidas podem procurar alternativas puramente seculares...

Naturalmente, excluir todas cerimônias religiosas pode não ser possível no caso de formaturas, em que o cerimonial é uma decisão pactuada pelo grupo de formandos -- ou, mais comumente, fixada sem qualquer consideração pela diversidade dentro do grupo. Nesse caso, pretendemos oferecer textos que ajudem os formandos a se posicionar com clareza e modelos de cartas que eles podem enviar à comissão, expondo seu ponto de vista. E, é claro, o formando sempre tem a opção de não participar do processo de formatura, ou simplesmente se retirar nos momentos religiosos. Não resta dúvida de que os demais formandos têm todo direito de promover as cerimônias religiosas que bem entenderem, mas surgem problemas caso elas se misturem aos momentos não religiosos ou sejam financiadas pelo dinheiro que é de todos."

2. OPINIÃO DE UM
PASTOR EVANGÉLICO DA IGREJA PRESBITERIANA
Está chegando a época e um assunto polêmico vem à tona novamente: crente pode participar ou fazer Festas Juninas?

Milho verde, canjica, pé-de-moleque, quebra-queixo, pipoca, muita música… Dançar quadrilhas, pular fogueira, soltar fogos e outras manifestações se tornaram comuns nos meses de junho, marcando as conhecidas festas juninas. Com forte raiz cultural e folclórica, elas guardam cada vez menos a tradição católica de celebrar os “santos” Antônio, João e Pedro. Todos os anos, o mês de junho traz à tona uma discussão que divide opiniões.
[...]
Para o pastor José Vicente de Lima, da 1ª Igreja Presbiteriana de Vila Velha, os evangélicos deveriam ignorar este tipo de festividade e, nem por isso, sua atitude configuraria extremismo. Ele não concorda com a inclusão evangélica nem mesmo em se tratando de comemorações em outras datas e com outros nomes, como “festa na roça” ou “festa caipira”. “Com todo o respeito a quem queira participar, a configuração da festa muda, mas o mandamento do Senhor é o mesmo. Nós pregamos isto. E ao não seguirmos este mesmo Senhor, perdemos a comunhão íntima com ele. As pessoas podem até dizer que não concordam com isso porque os tempos e os costumes são outros, mas a Bíblia é a mesma”, justifica.

O pastor José argumenta que a alegria do evangélico é outra, que não é necessário afastar-se das coisas do mundo, mas que se deve buscar primeiro sabedoria e discernimento espiritual. Entretanto, para ele, de acordo com a Palavra a proibição é evidente. Alguns podem participar destas festas e não se deixar dominar, mas outros acabam incorrendo em erro. Para não errar, o melhor seria não ir. “O senhor participou de festas, de casamentos sem com isso se contaminar. Há festas e festas”, encerrou."

3. OPINIÃO DE UM
CATÓLICO APOSTÓLOCO ROMANO
É permitido a um católico participar de um evento protestante?

Antes de tudo, devemos ter consciência da Doutrina da Igreja Católica acerca da Salvação e da existência de uma Única Igreja:
“Existe portanto uma única Igreja de Cristo, que subsiste na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele. (Dominus Iesus,nº 16).”
[...]
Se você sabe que lá o pastor vai falar algo contra a fé, ou pelo menos suspeita que isso aconteça você não pode ir.
Nesse item entram por exemplo, pregações ou músicas que falam mal de Nossa Senhora, da Igreja, do Papa, dos sacerdotes, ou (o mais comum) músicas ou pregações cuja intenção seja principal ou unicamente o proselitismo (arrebatar fiéis)...Ora, se sabemos que existe a necessidade de que todos se convertam à Igreja Católica, seria extremamente incoerente ir num evento cujo objetivo seja exatamente o contrário."

4. OPINIÃO DE UM JUDEU PROGRESSISTA:
Um não-judeu pode usar Talit?

Esta pergunta é o tema de duas responsas reformistas. O rabino Solomon B. Freehof permite que um líder religioso não-judeu use um talit em um serviço ecumênico em uma sinagoga. Ele argumenta que uma vez que o talit, especialmente o tsitsit, é menos sagrado do que a Torá e seus pertences, e uma vez que o Talit e o tsitsit podem ser descartados quando deixam de ser usados — diferente da Torá, que deve ser guardada em uma guenizá — nós devemos lidar com eles de maneiras diferentes. Ele vai mais adiante ao considerar que nós podemos oferecer o talit ao não-judeu "em nome da paz". Porém, o rabino Walter Jacob menciona que usar o talit é uma mitsvá (mandamento) da Torá que requer uma brachá (bênção); por sua vez, esta brachá menciona especificamente Israel como o povo escolhido e assim, só pode ser recitada por um judeu. Assim sendo, um não-judeu pode usar talit durante o serviço matutino de Shabat?"

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Bom. Embora a posição da ATEA seja assim, digamos, mais "aberta", ou seja, ela não condena aqueles que queiram participar de eventos que envolvam "ritos religiosos", nota-se porém que ela se disponibiliza a oferecer alternativas aos ateus "que entendem a religião como um mal e que rejeitam qualquer tipo de influência religiosa em suas vidas". De algum modo, portanto, está ali implícito o desejo de guiar, de orientar, de "mostrar o verdadeiro caminho" àqueles que não querem se deixar influenciar por ritos religiosos, da mesma forma como os religiosos citados aconselham seus fiéis a evitar os "ritos mundanos".

É isso!

O ateísmo religioso contra-ataca mais uma vez

E os “ateus religiosos” (com “religioso” refiro-me ao modo como tentam imitar a religião na busca por novas “ovelhas”; e com “ovelhas” refiro-me aos ateus recentemente convertidos ao não-deus), já com seus brios um tanto estimulados com os recentes livros de auto-ajuda de Richard Dawkins, continuam tentando reproduzir os tradicionais passos seguidos pela religião: congressos, simpósios, concílios, conclaves, reuniões, palestras e “missões evangelizadoras” em todo o mundo.

Desta vez os “novos rebeldes” promoverão dois eventos na América. O primeiro será um Simpósio que acontecerá na cidade do México, denominado “Primeiro
Coloquio Mexicano de Ateísmo”, cujo tema, como não haveria de ser de outra forma (e aqui faço jus mais uma vez ao “ateísmo religioso”), tem sua inpiração na Bíblia: "La fe NO mueve montañas, la ciencia sí" (extraída da frase de Cristo “A fé remove montanhas”). O evento está sendo promovido pela “Atheist Alliance International”, e abordará, entre outros assuntos, a relação igreja-estado, o papel da religião na educação, a luta contra o fundamentalismo e, DESTAQUE para: a teoria da evolução e sua relação com a biologia moderna. Comparecerão por lá muitos ativistas estrangeiros, os quais também estão empenhados em “mandar Deus embora”.

O outro evento será a “Primeira Convenção Sul-americana de Ateísmo”, a primeira no mundo a ser realizada no Continente Americano. O evento tentará reunir os maiores expoentes do mundo ateu, tanto sul-americanos quanto de outros continentes. A cidade escolhida será Buenos Aires (Argentina), e terá como tema: “alcançando o ateísmo pelo caminho da ciência”. Segundo consta já estão confirmados os seguintes nomes:
James Randi, Paul Kurtz, Alejandro Borgo (de CFI Argentina), Fernando Lozada, Carmen Dragonetti, Fernando Tola, Mario Bunge e, obviamente, o "papá" Richard Dawkins. José Saramago também estava na lista (o escritor faleceu este ano).

É isso!

O ateísmo religioso "ataca" agora na Argentina

"Ônubus ateu" em Mar del Plata - Argentina

De maneira semelhante ao tradicional proselitismo religioso, a nova vertente ateísta também tem procurado atingir a massa mediante armas e estratégias tradicionalmente utilizadas pelas diversas religiões ao redor do mundo. Com a facilidade da disseminação de informação por meio da inclusão digital, campanhas e mais campanhas são divulgadas rotineiramente na Internet com o intuito de atingir o maior número possível de pessoas. Em janeiro de 2009, por exemplo, teve início em Londres uma polêmica campanha de divulgação ateísta nos ônibus coletivos da cidade, na qual se divulgava o slogan "Provavelmente Deus não existe. Pare de se preocupar e curta a vida". De Londres a campanha chegou em Glasgow, Manchester, Liverpool e Bristol; na Espanha, em Barcelona, Málaga, Madrid, Corunha; Canadá, em Toronto, Calgary e Montreal; nos Estados Unidos, em Washington, Nova York, Chicago, São Francisco, Idaho, Flórida, Seattle e Nova Orleans; também na Alemanha, Holanda, Suiça e Finlândia. Agora a campanha do “ônibus ateu” chega na terra de “los hermanos”, os nossos vizinhos argentinos, mais precisamente na cidade Mar del Plata. Paralelamente à campanha nos ônibus argentinos, ocorreu também o “II Congreso Nacional de ateísmo”, na mesma cidade.

Os novos ateus, portanto, muito mais do que “sair do armário”, estão claramente buscando atingir os mesmos espaços antes ocupados pelas religiões, por meio de congressos, campanhas, marchas, apostasias coletivas, propagandas e planfetagens, em uma explícita “atealização” das massas, cujo grande objetivo e a "liberdade do livre pensar", numa espécie de “contra-reforma” às avessas, com bruxas também "às avessas" . ((rs))


Enquanto isso, aconteceu recentemente em
Zaragoza, Espanha, uma “churla” (palestra, bate-papo), com o tema: “LA NECESIDAD DEL ATEISMO."

Eta mundo besta, meu Deus! ((rs))

É isso!

A nova cara do ateísmo militante

Não é de hoje que venho alertando sobre o radicalismo da nova vertente ateísta militante, a qual tem se tornando um sério problema de convívio social, assim como certos grupos religiosos extremistas. Veja-se, por exemplo, esta recente notícia do site BBC:"Justiça britânica condena ateu por satirizar religiões".

Segundo o jornal,
Harry Taylor, um ateu militante de 59 anos, que deixou imagens explícitas satirizando figuras religiosas em uma sala de orações no aeroporto John Lennon, em Liverpool, foi sentenciado a seis meses de prisão. Dentre os cartazes que ele deixou estava uma imagem de Jesus Cristo sorrindo, crucificado e, ao lado, uma propaganda de uma cola que dispensa o uso de pregos. Em outro cartaz, diz a notícia: "uma imagem mostrava militantes suicidas parados nas portas do paraíso onde outra pessoa fala: "Parem, parem, acabaram as virgens".

Em sua defesa, Taylor disse "que sofreu abuso sexual de um padre católico quando era jovem. Ele acrescentou que não guarda ressentimentos contra membros de religiões, apenas estava
tentando converter as pessoas ao ateísmo".

É... Já não se faz mais ateus como antigamente! ((rs))

É isso!

Conclave mundial do novo "ateísmo religioso"

Segundo notícia do site BBC (castelhano), ateus de todo mundo se reúnem na cidade australiana de Melbourne, para "celebrar" a sua descrença religiosa. Todos os ingressos foram vendidos já no início deste ano (2010). O objetivo dos neo-ateus, segundo a reportagem, será discutir "os efeitos negativos da religião na sociedade". Estarão por lá os mais combatentes ateus de todo o mundo, com especial destaque para o "sumo sacerdote" da nova religião, o ideólogo e autor de livros de auto-ajuda para ateus, o inglês Richard Dawkins. O evento discorrerá, também, acerca do Islamismo e o terrorismo, numa seção intitulada "O preço da ilusão", ocasião esta onde se proporá a realização de um filme acerca da quantidade de dinheiro que os contribuintes gastam em subsídios às religiões. Em seguida, ler-se-á um comunicado dirigido aos políticos do mundo, versando sobre "os feitos negativos da religião na sociedade".

Este tipo de notícia vem ao encontro daquilo que há tempo venho afirmando, ou seja, que esta nova vertente ateísta é literalmente uma religião às avessas. Este evento me lembra ainda os antigos conclaves que se faziam na Idade Média, a fim de se discutir as melhores formas de se combater os "hereges". Esses ateus religiosos são tão ou quase fanáticos quanto os antigos discípulos de Torquemada, com o diferencial do tempo e das armas. Sinceramente, como um não-ateu, não me sentiria seguro caso minha vida dependesse da decisão de um desses extremistas do "não-deus".

É isso!

"Ateofobia" e falta do que fazer

As minorias dentro de uma ampla coletividade geralmente são motivos de manifestações de ódio e preconceitos. Um exemplo emblemático na história da humanidade refere-se ao caso dos judeus, os quais permanentemente sofreram em conseqüência da peculiaridade de sua cultura. Outros exemplos poderiam ser citados, tais como: os índios (nas cidades), os latinos (nos Estados Unidos), os nordestinos (no Sul), os negros (na Europa, especialmente) etc. Em todos esses casos (e em outros não mencionados) a “fobia”, ou seja, a aversão a tais grupos, mais que patente, é real. Lamentavelmente.

Todavia, o fato em si de uma pessoa pertencer a determinada minoria não lhe confere qualquer respaldo lógico para que se sinta perseguida ou sujeita a teorias conspiratórias. O exemplo dos ateus encaixa-se perfeitamente nessa falsa “fobia”.

O “preconceito” contra os ateus é tão “perigoso” quanto o “preconceito” do corintiano pelo palmeirense, ou do brasileiro pelo argentino etc. Portanto, esta exigência ideológica de grupos neo-ateístas em levantar a bandeira da criminalização da “ateofobia”, além de totalmente infundada, é completamente desnecessária. Em outras palavras: falta do que fazer!

Entre as justificativas para institucionalizar esta tal “ateofobia”, citou-se, por exemplo, esta pesquisa da Fundação Perseu Abramo:

Besteira!
O fato de um religioso ter aversão a um ateu, ou de um ateu ter antipatia a um religioso, isso em si não culminará numa guerra de vida e morte ente ambos os grupos.

Na verdade esta luta besta pela “criminalização da ateofobia” entra no mesmo bojo ideológico dos ateus chiques e perfumados (como diria Enézio de Almeida), tal como o pretendido “Dia do Orgulho Ateu”. Trata-se, portanto, de mais um lobby com a mesma e velha camuflagem do “politicamente correto”.

Haja!

É isso!

Ateísmo Religioso: campanha de excomunhão

Enquanto isso, "a Asociación Peruana de Ateos – APERAT" está organizando para este ano de 2010 um movimento denominado "Campaña de Excomunión en Perú 2010", com o qual propõe um abandono completo à influência da Igreja católica em suas vidas.

O catolicismo, como todos sabem, tem um poder de influência enorme entre as diversas populações da América latina. A idéia desses ateus "chiques e perfumados" é transformar a pena da excomunhão dessa religião em benefícios pessoais: "Utilizada historicamente pela Igreja como uma terrível ameaça... a pena da excomunhão constitui, ainda hoje, no castigo máximo aplicado pela Seita. Desvirtuamos desta maneira suas fantasias e neutralizamos assim o poder mítico e imaginário de seus anátemas".
Foi com esse objetivo que a dita associação atéia lançou o "Manifesto por la Excomunión", onde se lê, por exemplo:

"
Nós, membros da Associação Peruana de Ateus - APERAT, fazendo uso de nossa plena liberdade e com absoluta consciência do significado e alcance de nossa petição, desejamos manifestar ao Sr. Juan Luis Cipriani, Cardeal do Peru, assim como aos representantes máximos da Igreja Católica, o seguinte:
Reconhecemos na Igreja Católica a corporação mais intolerante, homicida e destrutiva de todas quanto existiram historicamente. Reconhecemos em sua doutrina uma ideologia de ódio e de guerra..." E por ái vai...

Uma cousa que me chama a atenção nesses novos ateus, é o sentimento de "rebeldia" de que tanto se orgulham. Todavia, não é uma rebeldia voltada para ideais sociais elevados. Eles não estão lutando a favor de uma minoria oprimida, mas contra aquilo que não condiz com seus objetivos ideológicos. Os males que a religião causou ao longo da história, servem apenas como pretexto para se mostrarem "vítimas de um sistema opressor".

Segundo esses ateus militantes, nada há de bom na religião. Talvez nem comentem o fato de que uma religiosa que morrera entre tantos outros no terremoto no Haiti, estava ali com o intuito de prestar caridade às pessoas pobres. Esses "rebeldes sem causa" são tão hipócritas quanto alguns que se escondem sob à máscara do sagrado. A mim eles não enganam com esse falso discurso de racionalidade. Que saiam às ruas, que protestem e amaldiçoem os deuses, porém, isso em nada vai atenuar o fato de que estão andando pelas mesmas fileiras dos falsos padres, pelos mesmos caminhos dos pastores canastrões e pelos mesmos atalhos dos bispos e apóstolos cheios de vaidade pessoal.

É isso!

Ateísmo Religioso: "Apostasia Coletiva"

Intitulada “

¡

No en mi Nombre!”, foi realizada no ano pasado, na Argentina, um evento neo-ateísta denominado “apostasía colectiva”, com a qual os ateus “chiques e perfumados” (como diria Enézio) se dirigiram ao arcebispo da Igreja Católica de Buenos Aires apresentando suas cartas de “apostasia”. Para quem não sabe, a palavra “apostasia” é de origem grega e significa afastamento ou rebelião. Na Bíblia diz-se de uma revolta deliberada contra Deus ou abandono consciente da crença na fé. O ato seria assim uma espécie de resistência à “dominação” da igreja: “resistimos a todo discurso ou operação de dominação sobre nossos corpos, nossos pensamentos e sentimentos e nossas práticas cotidianas de liberdade, oporemos ao seu poder pastoral o poder simbólico do nosso radical: “Não em meu nome!” Em outras palavras, seria uma manifestação de repúdio a suposta manipulação ideológica e material da Igreja católica na vida cotidiana dos argentinos.


Bom, não vejo problema algum das pessoas manifestarem suas opiniões livremente. Pois como dizia o cético Voltaire: “
posso não concordar com nenhuma das vossas palavras, mas defenderei até a morte o vosso direito de enunciá-las.” Todavia, o meu direito termina quando começa o do outro. Não é porque curto as “músicas do tempo do gramofone” que vou colocar o som no último volume. Os ateus, incluindo os “chique e perfumados”, têm todo direito de criticarem a igreja ou qualquer outra instituição social, porém, não me venham com esse “bestológico” (besteira + ideologia) argumento de que são os arautos da liberdade, ou como diria no popular: “a última bolacha do pacote”. Querem gritar, gritem; querem blasfemar, blasfemem; querem apostatar, apostatem”, mas não me convidem para esse banquete ideológico cheio preconceitos e estereótipos, como se estivessem contra eles. Posso conviver pacificamente com um ateu sem sê-lo. Ser humano e saber tratar o próximo com respeito e dignidade, não significa sair pelas ruas com megafones xingando Deus e o mundo.

É isso!

"Ateus, uni-vos!" ((rs))

A "Asociación Civil de Ateos en Argentina - ArgAtea" está divulgando em sua página principal, um link para um tal “Llamado a los ateos del mundo”, uma espécie de convocação aos ateus para que se apropriem de sua “liberdade” em um mundo onde a "intolerância religiosa" os oprime. Fiz questão de traduzir (livremente) do espanhol o texto deste referido “chamado”, para termos uma noção de como está agindo esta nova vertente militante do ateísmo. Ei-lo:

Convocação aos ateus do mundo

Ateus do mundo, nossos direitos essenciais e os de toda a humanidade estão sendo violados, e nossa liberdade está sendo amputada pelas mesmas instituições religiosas que há séculos nos tem perseguido:

Cada vez que uma pessoa morre pela falta de um coração para transplantá-la e cada vez que um doente padece porque os religiosos conservadores rejeitam as pesquisas com células-tronco ou células-mãe.

Cada vez que uma mulher morre em conseqüência de um aborto clandestino e cada vez que uma criança é abandonada à sua própria sorte porque os religiosos conservadores se opõem à d
escriminalização do aborto e ao uso de métodos contraceptivos.

Cada vez que um homossexual é discriminado e cada vez que uma mulher é menosprezada pela intolerância religiosa.

Cada vez que uma pessoa morre de AIDS e cada vez que uma criança nasce com HIV, uma vez que as instituições religiosas condenam o uso de preservativos e a educação sexual.

Cada vez que pagamos, com nossos impostos, os advogados dos padres pedófilos e concedemos salários de juízes aos bispos.

Chegou o momento de darmos um basta, o momento de nos organizarmos para tomar o que é nosso, nossos direitos e nossa liberdade.

Em espanhol:

Llamado a los ateos del mundo”

Ateos del mundo, nuestros más esenciales derechos, y los de toda la humanidad, están siendo violados y nuestra libertad está siendo coartada por las mismas instituciones religiosas que nos han perseguido durante siglos:

Cada vez que alguien muere innecesariamente porque no hay un corazón para transplantarle y cada vez que un enfermo sufre innecesariamente porque los conservadores religiosos se oponen a la investigación con células madre o troncales.

Cada vez que una mujer muere por un aborto realizado en la clandestinidad y con cada niño abandonado a su propia suerte porque los conservadores religiosos se oponen a la despenalización del aborto y a los métodos anticonceptivos.

Cada vez que un homosexual es discriminado y cada vez que una mujer es menospreciada por la intolerancia religiosa.

Cada vez que alguien muere de SIDA y cada vez que un niño nace con HIV porque las instituciones religiosas condenan la utilización de preservativos y la educación sexual.

Cada vez que pagamos, con nuestros impuestos, los abogados de curas pederastas y les damos sueldos de jueces a los obispos.

Ha llegado el momento de decir basta, el momento de organizarnos y tomar lo que es nuestro, nuestros derechos y nuestra libertad.

P.S.:
Ás vezes fico imaginando até que ponto me sentiria realmente seguro caso minha vida dependesse da decisão de um desses ateus extremistas. Note-se o absurdo das generalizações. Há inúmeros setores religiosos, inclusive alguns da vertente conservadora, que não vê o menor impedimento no uso das células-tronco e alguns até chegam a realizar casamentos entre homossexuais.

Eta mundo besta, meu Deus!

É isso!

"Proibida a entrada de Deus"

Cada vez mais me convenço de que o neo-ateísmo (ou ateísmo militante) nada mais é do que uma nova seita a disputar o já cobiçado coração humano. Ele seria assim uma espécie de religião às avessas, na qual a espiritualidade recebe um correlato materialista denominado "racionalismo científico". Este rótulo de "racionalismo" é apenas uma tentativa de se afastar dos dogmas religiosos, quando na verdade, os fins são exatamente os mesmos. Mudam-se os valores e os jargões: mas a mente humana continua sendo cativada.

Motivos eu tenho de sobra para chegar a tal conclusão. No ano passado, por exemplo, foi organizada, na Inglaterra, uma colônia de férias de verão para jovens de 7 a 17 anos, onde o objetivo era promover uma "alternativa sem Deus". Segundo seus organizadores, a idéia era contribuir para o desenvolvimento do senso crítico entre os jovens. O evento, batizado de "
Camp Quest", foi o primeiro acampamento para "filhos de ateus, agnósticos, humanistas, pensadores e todos aqueles que partilham de uma visão naturalista e que não acreditam no sobrenatural".

Entre outras atividades promovidas no acampamento, a principal consistia na busca por dois supostos unicórnios invisíveis. Foi oferecido um prêmio no valor de 10 libras àquele que conseguisse provar que tais animais não existiam. Obviamente a intenção era fazer um paralelo entre o tal unicórnio e a divindade (a doutrinação ateísta aqui é simplesmente jibóica). Além dessa atividade, uma outra dizia respeito à entonação de cânticos, "sem conotação religiosa", é claro. ((rs))

Por tudo isso, não restam dúvidas de que essa nova militância ateísta seja realmente um fenômeno sectário. Uma prova disso é a forma como se tem utilizado das mesmas armas e estratégias encontradas entre grupos religiosos, como é o caso específico dos acampamentos.

Bom, mas não há mal nenhum nisso, afinal, essa liberdade é garantida por lei. Contudo, apenas espero que não tentem imitar o terrível Torquemada; do contrário, muita gente pode ser queimada. ((rs))

A seguir, vão algumas das fotografias tiradas neste referido acampamento. E, aqui, a fonte das imagens:


É isso!

Ateísmo Religioso IV - "1º Concílio Ateu"

Embora este evento tenha ocorrido em 2007, faço menção dele para destacar a forma como o neo-ateísmo, a que denomino de “ateísmo religioso”, tem se comportado no mundo nos últimos anos. O "1º Concílio Ateu", realizado em Toledo, sob a organização da Federação Internacional de Ateus (FIdA), é uma demonstração de que essa ideologia vem militando com as mesmas armas que se utilizou a religião no passado. Dentre os muitos temas abordados neste “Concílio”, destacaram-se:

- “Desmistificando o Cristianismo”,
- “A Ciência é atéia?”
- “O fundamento dos fundamentalistas”,
- “Democracia, laicismo e educação científica, remédio contra o fundamentalismo”.

Novidade: "A bíblia do ateu"

Foi lançada em língua espanhola “A Bíblia do Ateu”, edição de Joan Konner, publicada pela Editorial Seix Barral. Trata-se de um livro com pensamentos extraídos de obras de autores considerados ateus, como: Mark Twain, Bertrand Russell, George Santillana, Thomas Paine, Robert G. Ingersoll, Woody Allen, Elbert Hubbard, Friedrich Nietzsche, Ambase Bierce, entre outros.

Um exemplo (de G.W. Foote):
Geralmente os ateus são acusados de cometerem blasfêmias, porém esse é um delito que um ateu não pode cometer. Quando um ateu analisa, denuncia e satiriza os deuses, não está se referindo a pessoas, sim a idéias. Um ateu é incapaz de insultar a Deus, porque ele não admite a existência de semelhante ser” (tradução pessoal livre).

É isso!