Ateísmo Religioso: "Apostasia Coletiva"

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No en mi Nombre!”, foi realizada no ano pasado, na Argentina, um evento neo-ateísta denominado “apostasía colectiva”, com a qual os ateus “chiques e perfumados” (como diria Enézio) se dirigiram ao arcebispo da Igreja Católica de Buenos Aires apresentando suas cartas de “apostasia”. Para quem não sabe, a palavra “apostasia” é de origem grega e significa afastamento ou rebelião. Na Bíblia diz-se de uma revolta deliberada contra Deus ou abandono consciente da crença na fé. O ato seria assim uma espécie de resistência à “dominação” da igreja: “resistimos a todo discurso ou operação de dominação sobre nossos corpos, nossos pensamentos e sentimentos e nossas práticas cotidianas de liberdade, oporemos ao seu poder pastoral o poder simbólico do nosso radical: “Não em meu nome!” Em outras palavras, seria uma manifestação de repúdio a suposta manipulação ideológica e material da Igreja católica na vida cotidiana dos argentinos.


Bom, não vejo problema algum das pessoas manifestarem suas opiniões livremente. Pois como dizia o cético Voltaire: “
posso não concordar com nenhuma das vossas palavras, mas defenderei até a morte o vosso direito de enunciá-las.” Todavia, o meu direito termina quando começa o do outro. Não é porque curto as “músicas do tempo do gramofone” que vou colocar o som no último volume. Os ateus, incluindo os “chique e perfumados”, têm todo direito de criticarem a igreja ou qualquer outra instituição social, porém, não me venham com esse “bestológico” (besteira + ideologia) argumento de que são os arautos da liberdade, ou como diria no popular: “a última bolacha do pacote”. Querem gritar, gritem; querem blasfemar, blasfemem; querem apostatar, apostatem”, mas não me convidem para esse banquete ideológico cheio preconceitos e estereótipos, como se estivessem contra eles. Posso conviver pacificamente com um ateu sem sê-lo. Ser humano e saber tratar o próximo com respeito e dignidade, não significa sair pelas ruas com megafones xingando Deus e o mundo.

É isso!

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