Uma das conseqüências funestas do darwinismo, tal qual fora concebido por Charles Darwin, diz respeito ao estereótipo que se criou em torno da população indígena de um modo geral. Para os darwinistas socais, os índios eram uma "demonstração cabal" de que o homem evoluiu de um estágio inferior de cultura social indo pisar no topo da Europa. Referindo-se, por exemplo, ao progresso da civilização, Darwin coloca os botocudos brasileiros como os mais decaídos entre todos, conforme suas próprias palavras:
"Sem dúvida, muitas nações regrediram no estágio de civilização e algumas podem ter caído numa completa barbárie, embora sobre este último ponto não tenha encontrado provas. Os habitantes da Terra do Fogo foram provavelmente forçados por outras hordas de conquistadores a estabelecer-se na sua terra não hospitaleira e podem conseqüentemente ter regredido, mas seria difícil provar que tenham decaído mais do que os botocudos, que habitam a melhor parte do Brasil" (A ORIGEM DO HOMEM, p. 172. Hemus Editora).
"Sem dúvida, muitas nações regrediram no estágio de civilização e algumas podem ter caído numa completa barbárie, embora sobre este último ponto não tenha encontrado provas. Os habitantes da Terra do Fogo foram provavelmente forçados por outras hordas de conquistadores a estabelecer-se na sua terra não hospitaleira e podem conseqüentemente ter regredido, mas seria difícil provar que tenham decaído mais do que os botocudos, que habitam a melhor parte do Brasil" (A ORIGEM DO HOMEM, p. 172. Hemus Editora).
É isso!
Esse estereótipo já existia muito antes de Darwin. Não é uma consequência de seu trabalho. Muito antes de 1856 os portugueses, por exemplo, escravizavam os indígenas e usavam a religião para indicar que seu paganismo era prova de sua "inferioridade".
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