Em "sintonia" com Darwin ((rs))

Porque hoje é terça-feira, e ninguém é de ferro! ((rs))

Sou daqueles que simplesmente não consegue respirar sem música. Aprecio a música francesa, a música italiana, a música clássica e, principalmente, a genuína música tupiniquim. Quando digo "música" não me refiro ao que se vende por aí "em lata" com prazo de validade antecipadamente vencido.

Bem, viajando nesse imenso universo da música brasileira, fiz vir à memória algumas composições conhecidas (não por nossa juventude, é claro), e a partir delas tentei recriar um repertório que refletisse de alguma maneira o "maravilhoso mundo de Darwin". O resultado deu nisso...

1. Desconheço um vulto histórico do âmbito da ciência que tenha despertado tantas paixões quanto Charles Darwin. O naturalista inglês, muito mais do que um cientista, tornou-se para muita gente numa espécie de baluarte contra as trevas da ignorância religiosa. São para essas pessoas que vai este primeiro "melô":

Eu tenho tanto
Prá lhe falar
Mas com palavras
Não sei dizer
Como é grande
O meu amor
Por você...

("Como é grande o meu amor" - Roberto Carlos)
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2. Segundo Darwin, o processo evolucionário é lento e gradual. Da reles ameba ao gênio Shakespeare foram necessários milhões e milhões de anos. Uma canção que reflete muito bem o gradualismo rígido e estrito do darwinismo ortodoxo, é essa de Martinho da Vila:

É devagar
É devagar é devagar devagarinho
É devagar
É devagar
É devagar é devagar devagarinho...

("Devagar, devagarinho" - Martinho da Vila)
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3. Numa tentativa desesperada de enfiar o darwinismo na psiquê humana, o zoólogo inglês Richard Dawkins fantasiou um conceito que ele denominou de "memes". Por se tratar de uma entidade não definida nos planos biológico, químico e físico, os "memes" assemelham-se aos duendes, as fadas e aos gnomos. O "Vira" expressa muito bem esses "capetinhas de Dawkins":

Bailam corujas e pirilampos
entre os sacis e as fadas.
E lá no fundo azul
na noite da floresta.
A lua iluminou
a dança, a roda, a festa.

("O vira" - Secos e Molhados)
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4. Inicialmente o darwinismo fincou sua base no conceito de "sobrevivência do mais apto". Segundo Darwin, o "mais apto" é aquele que sobrevive. Substitua o "mais apto" por "aparelho para desentortar bananas" e verá como funciona esta estupenda lógica de Darwin. O "melô" escolhido para representar esta genialidade darwinista é o tradicional "Homem com H":

Nunca vi rastro de cobra, nem couro de lobisomem
se correr o bicho pega, se ficar o bicho come
porque eu sou é home, porque eu sou é home
menina eu sou é home, menina eu sou é home
e como sou!!!

("Homem com H" - Ney Matogrosso)
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5. Uma das maiores dificuldades do darwinismo diz respeito à ausência de fósseis intermediários que sustentem os grandes saltos macroevolutivos. Desde os primórdios do evolucionismo até os dias atuais, a busca pelo "elo sagrado da evolução" tem suscitado um empenho jibóico por parte dos defensores do gradualismo a la Darwin. Todavia, os resultados tem sido desanimadores. E, para externar o anseio desesperado dessa turminha pelos fósseis, este "mêlo brega" cai como uma luva:

Cadê você...
Que nunca mais apareceu aqui
Que não voltou pra me fazer sorrir..
E nem ligou...

("Cadê você" - Odair José)
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6. Os "ateus chiques e perfumados a la Dawkins", como diria Enézio de Almeida, tornaram-se verdadeiros militantes do não-deus. A agressividade desses neo-ateus assemelha-se àquela encontrada nos tipos de seitas mais radicais. E, aqui, o "melô perfeito para esses neo-ateístas:

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...

("Epitáfio" - Titãs)
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7. Embora não seja capaz de apresentar um único e inequívoco exemplo de formação de uma nova espécie pelo acúmulo de mutações, a galerinha de Darwin tem se utilizado delas como uma fórmula mágica ou como uma muleta para apoiar o grande dogma macroevolutivo. Este "enlatado melô" reflete um pouco este apego exagerado pelas famigeradas deletérias:

Você não vale nada,
Mas eu gosto de você!
você não vale nada,
Mas eu gosto de você!
Tudo que eu queria
era saber porquê?!?
Tudo que eu queria
era saber porquê?!?

("Você não vale nada" - Solteirões do Forró)
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8. Os radicais defensores do
"natura non facit saltum" não aceitam a menor contestação a este ultrapassado dogma. Stephen Jay Gould, um darwinista sincero, rompeu com este lema e criou o chamado Equilíbrio Pontuado, um tentativa de salvação espistêmica do darwinismo. Aos ferozes ultradarwinistas, vai aqui este "melô" do Robertão:

Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou fera ferida
No corpo, na alma
E no coração...

("Fera Ferida" - Roberto Carlos)
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9. A expressão "design inteligente" tem causado enorme dores de cabeça na galerinha de Darwin. Os conceitos de complexidade irredutível e complexidade especifica vem de encontro ao dogma gradualista, daí as costumeiras rotulações aos defensores da Teoria do Desenho Inteligente. Esta ojeriza pode ser bem expressa nesta canção lá dos anos 80, salvo engano:

Isso me dá tic tic nervoso
Tic tic nervoso
Tic Tic nervoso...

("Tic tic nervoso" - Bonde da Stronda)
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10. Toda vez que a imprensa alardeia a descoberta de uma "novidade fossilizada", a galera de Darwin enche-se de brios e grita com medo de ser feliz. Todavia, quando se descobre que uma "Ida" não é igual à "ida do homem à lua", o desânimo logo se faz sentir. Este sorumbático "melô" reflete um pouco a situação de um ultradarwinista diante de um "ainda não foi desta vez":

Encosta a sua cabecinha no meu ombro e chora...
E conta logo suas mágoas todas para mim;
Quem chora no meu ombro eu juro que não vai embora,
Que não vai embora,
Que não vai embora.

("Cabecinha no ombro" - Fábio Júnior)
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11. A crença na famigerada "sopa primordial" animou a galerinha de Darwin por cerca de 100 anos. Embora já esteja em estado de putrefação epistêmica, ela ainda é utilizada como exemplo válido de abiogênese. Uma canção que retrata esta esperança desesperada é "Felicidade", de Fábio Júnior:

Felicidade!
Brilha no ar
Como uma estrela
Que não está lá
Conto de fadas
História comum
Como se fosse
Uma gota d'água
Descobrindo
Que é o mar azul...

("Felicidade" - Fábio Júnior)
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12. A incapacidade darwinista em explicar os mecanismos complexos (tais como o flagelo, os cílios e a visão) por meio do gradualismo é simplesmente desesperadora. Esta conhecida música do grande Chico Buarque se faz bem pertinente à situação:

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando e também sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão.

"Meu caro amigo" - Chico Buarque).
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13. Um dos sintomas mais comuns do excesso de darwinismo, é a soberba intelectual. Os chamados "b
rights" sintetizam um pouco esta turminha tão carente de glória. Este forró maravilhoso do Gonzagão parece ter sido feito para esses "seres iluminados" e carentes de luz:

Sou diplomata
Freqüentei academia
Conheço geografia
Sei até multiplicar
Dei vinte mango
Prá pagar três e trezentos
Dezessete e setecentos
Você tem que me voltar...

(Dezessete e setecentos" - Luiz Gonzaga)
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14. Uma boa soma dos postulados darwinistas é fundamentada apenas em inferências, não estando, portanto, sujeita à experimentação. Dessa forma não seria exagero afirmar que se fundamentam primordialmente em crenças. Esta canção do Gil sintetiza com maestria o grande FATO da evolução:

Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá...

("Andar com fé" - Gilberto Gil)
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É isso!

Um comentário:

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