Uma carta para Darwin ((rs))

Acabei de ler, pela segunda vez, "Uma carta ao pai", do maravilhoso Franz Kafka, meu estrangeiro preferido. Dessa leitura me veio a tosca idéia de imaginar uma fictícia missiva a Charles Darwin, saindo diretamente da "pena" de Richard Dawkins. Ei-la:
Caríssimo Mestre,

Não encontrei no dicionário nenhuma palavra que pudesse externar ainda que minimamente a vossa insondável magnitude e nobreza. Ainda assim, venho humildemente por meio dessas mal traçadas linhas expressar toda minha gratidão pelo que vós, sapientíssimo Mestre, fizestes para o bem desta vil humanidade que, tão indigna e torpe, não reconhece em sua totalidade a grandeza dos vossos feitos.

Que isso não vos pareça falsa jactância, mas tenho em boa conta que sou atualmente o mais fiel e dedicado de todos os vossos discípulos e, de tal forma que todo esse meu esmero por vossa nobre causa me legou o honroso título de “buldogue de Darwin”, não obstante sinto que seja apenas um meigo Poodle tentando amedrontar com meus frágeis latidos o poderoso gigante da ignorância e da estupidez, muito bem representado pelo vírus da religiosidade que ainda assola este mundo ingrato. Quanto privilégio, Mestre!

Mas tudo isso é pouco diante da importância do vosso legado. Sim, afinal, se não fora vossa assombrosa façanha, este verme que evoluiu não seria hoje um ateu plenamente realizado.

Por tudo isso, Mestre, faço votos de permanecer firme nesta árdua batalha, a fim de levar adiante vossas admiráveis descobertas.

Não vou me esmorecer à vista de alguns que se dizem também vossos discípulos, mas que resistem apoiar-me nesta difícil jornada.

Por vós, com vós e para vós,
Vosso Richard Dawkins.
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É isso! ((rs))

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