As "singularidades" do povo inglês, segundo Darwin

Do livro "The Expression of the Emotions in Man and Animais" (tradução portuguesa):

"Os ingleses demonstram muito menos suas emo
ções do que os homens da maioria dos outros países da Europa, e encolhem seus ombros com frequência e energia bem menores do que os franceses e italianos. O gesto varia, com todas as gradações, do complexo movimento acima descrito até uma momentânea e qua­se imperceptível elevação dos ombros; ou, como percebi numa senhora sentada numa cadeira de braços, até o simples e discre­to virar para fora das mãos com os dedos separados. Nunca vi crianças pequenas inglesas encolherem os ombros..." (p. 226).

"Os fatos citados demonstram, no geral, que nas mulheres inglesas o rubor n
ão desce além do pescoço e da parte superior do tórax" (p. 268).

"Os ingleses raramente choram, a não ser na tristeza mais aguda. Já em outras partes da Europa os homens choram com muito mais facilidade e liberdade.
É notório que os loucos dão vazão às suas emoções com pouca ou nenhuma restrição. O dr. J. Crichton Browne observa que nada é mais característico da melancolia simples, mesmo no sexo masculino, do que uma tendência a chorar nas situa coes mais insignificantes, ou sem qualquer motivo. Eles tam­bém choram de uma maneira desproporcional quando há alguma causa verdadeira de tristeza" (p.133).

Fonte:
Charles darwin: "A expressão das emoções no homem e nos animais". Tradução: Leon de Souza Lobo Garcia. Companhia das Letras, 2009.

É isso!

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