Darwinismo e tubos de ensaio

São simplesmente absurdos os erros que a imprensa comete quando se põe na defesa de Charles Darwin. Num artigo recente (“Design Inteligente ganha espaço no Brasil”) de autoria de Isis Nóbile Diniz, publicado no portal IG, na sua seção de ciência, algo chama a atenção, e que talvez possa explicar porque “os engomadinhos” da mídia colocam-se contra aqueles que se opõem à cadeia de força imposta pelo darwinismo. Lá pelas tantas, escreveu a autora: “Pesquisas feitas no mundo inteiro constatam que, quanto maior a renda e o grau de instrução das pessoas, mais elas acreditam no darwinismo.”

O primeiro erro é básico, e diz respeito às fontes das pesquisas as quais atestariam que as pessoas mais ricas e mais instruídas optam pelo darwinismo: onde estão elas? O segundo erro advém deste, ou seja, imaginar que o darwinismo, por ser aceito pelos “mais instruídos” e “mais ricos” seja a expressão da verdade. Mesmo que essas supostas pesquisas existam e reflitam a realidade, isso em nada nos diz que a Seleção Natural possa ser posta num tubo de ensaio por um estudante de Biologia num laboratório da Universidade de Harvard.

Agora uma pergunta que não quer se calar:
até que ponto muitos desses “engomadinhos”(“chiques e perfumados”, como diria Enézio de Almeida) não aderiram a Darwin pelo simples fato de acreditarem que isso implica em ser “mais instruído” e “mais erudito”?

O que vem a seguir escancara o ridículo de se defender algo pelo fato de parecer ser “mais intelectualmente correto”:
Na ciência, para uma teoria ser dada como verdadeira, ela precisa ser testada várias vezes e, a cada repetição, apresentar o mesmo resultado. E ser aplicável em tudo o que se relaciona com ela. No caso, a Teoria da Evolução, escrita por Darwin em quase 500 páginas após décadas de experimentos, explica porque os seres vivos mudam ao longo do tempo. Segundo a teoria, a partir de um ancestral em comum, os seres vivos se diferenciaram, por mutações aleatórias que permitiram que eles se adaptassem ao ambiente e deixassem descendentes. “Existem evidências indiscutíveis sobre a Teoria da Evolução, é como afirmar que a Terra gira em torno do Sol. O fato de haverem lacunas não significa que ela esteja errada", explica Paprocki.”

Vejamos por partes:
1. “Na ciência, para uma teoria ser dada como verdadeira, ela precisa ser testada várias vezes e, a cada repetição, apresentar o mesmo resultado”. Sim, é o que acontece, por exemplo, com a Medicina. Daí as vacinas, os antibióticos, as cirurgias, os transplantes etc.

2. "
No caso, a Teoria da Evolução, escrita por Darwin em quase 500 páginas após décadas de experimentos, explica porque os seres vivos mudam ao longo do tempo.” Meu Deus! Quer dizer então que a Teoria da Evolução de Darwin fora o resultado de décadas de experimentos? Será que a autora se referiu à seleção artificial feita por Darwin com pombos e plantas? Sim, afinal, como exatamente Darwin testou suas conclusões evolutivas antes de publicar seu livro de quase 500 páginas? Ou seja, na concepção da autora, foi Darwin quem inventou o conceito de “evolução”, e o fez à base de retortas, centrífugas, muflas e gobolés.

3.
Existem evidências indiscutíveis sobre a Teoria da Evolução, é como afirmar que a Terra gira em torno do Sol.” Por essa Galileu se revirou em seu túmulo. Ao que parece, para os deslumbrados zeladores de Darwin, a simples resistência bacteriana e os bicos de tentilhões são suficientes para tornar testável a velha tautologia denominada “sobrevivência do mais apto”.

Se não fora eles "mais instruídos”, confesso que ficaria atônito! ((rs))

É isso!

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