Para ele:
1. A essência do darwinismo ainda é a Seleção Natural:
“Se temos de aceitar muitos casos de transição descontínua na macroevolução, será que o darwinismo é derrubado para sobreviver ape nas como uma teoria de mudança adaptativa menor dentro das espé cies? A essência do darwinismo reside numa única frase: a seleção natural é a força criativa principal da mudança evolutiva” (p. 171).
2. Os fósseis transicionais são extremamente raros e se tornou num “segredo de negócio”:
“A extrema raridade de formas transicionais no registro fóssil persiste como o negócio secreto da paleontologia. As árvores genealógicas que adornam nossos livros-texto têm dados somente nas extremidades e nódulos de seus galhos; o resto é inferência, por mais que razoável, não é a evidência dos fósseis...” (p. 163).
3. O gradualismo tradicionalmente aceito pelos darwinistas ortodoxos não dá conta das mudanças ocorridas entre os seres vivos:
“Eu não quero de nenhuma maneira impugnar a validade potencial do gradualismo. Eu somente quero destacar que isso nunca foi ‘visto’ nas rochas” (p. 163). / “Se nossas preferências a priori pelo gradualismo começarem a desvanecer por essa época, podere mos finalmente ser capazes de dar as boas-vindas à pluralidade de resultados que a complexidade da natureza apresenta” (p. 173).
4. Tornou-se público o que antes era o negócio secreto da paleontologia, ou seja o gradualismo:
"A história de muitas espécies fósseis inclui duas características particularmente incoerentes com o gradualismo:
l. Estase. Muitas espécies não exibem qualquer mudança dire-cional durante sua estada na Terra; aparecem no registro fóssil com um aspecto muito semelhante ao que tinham quando se extinguiram; a mudança morfológica é geralmente limitada e sem direção.
2. Aparecimento súbito. Em qualquer área restrita, uma espécie não surge gradualmente pela transformação contínua dos seus ante passados, mas sim de uma vez só e "completamente formada" (p. 163).
5. O Equilíbrio Pontuado é uma alternativa ao gradualismo darwinista, elaborado como conseqüência da lacuna fóssil encontrada na Teoria da Evolução:
“De fato, se não invocarmos uma mudança descontínua por peque na alteração nas taxas de desenvolvimento, não vejo como seriam pos síveis muitas das principais transições evolutivas.” (p. 173)
É isso!
Referência bibliográfica:
Stephen Jay Gould. "O Polegar do panda". Editora Martis Fontes
Para entender o Gould...
Um pouco das idéias deste grande e sincero darwinista.
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