O polegar do panda e a contradição do Gould

No seu livro “O Polegar do Panda”, há um capítulo denominado “Grupos protetores dos genes egoístas”, no qual Gould critica duramente Richard Dawkins e seus conceitos de genes egoístas. Diz ele:
Os corpos não podem ser atomizados em partes, cada uma delas construída por um gene individual. Centenas de genes contribuem para a construção de muitas partes do corpo, e sua ação é canalizsda através de uma série caleidoscópica de influências mbientais...” (p. 78). Nesta crítica a Dawkins, parece clara a posição contrária de Gould em relação ao ponto de vista atomista de que “o todo (total) pode ser compreendido ao se separar em unidades ‘básicas’”.

No entanto, Gould contradiz-se quando afirma que os polegares do panda evoluem pelo fato de funcionarem muito bem como polegares, e não pelo fato de que funcionam muito bem porque estão contidos no panda como um todo, do qual se inclui o próprio meio ambiente onde o animal está inserido. Assim, no que tange à estética do panda, por exemplo, diz ele que o criador do panda não poderia estar pensando (como fazem os artistas) na obra completa. Ora, não foi ele quem disse que “os corpos não podem ser atomizados em partes?”

É isso!

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