A ciência geográfica no Brasil na década de 1930.
O desenvolvimento deste tópico servirá de suporte para entendermos como este período foi importante no desenvolvimento da Geografia Moderna no Brasil, e consequentemente, como foi introduzida no ensino secundário. Este período é de uma intensa luta por parte dos intelectuais brasileiros da época, em especial os geógrafos, na tentativa de institucionalizar a Geografia como ciência no Brasil.
A década de trinta é tida como um marco para a Geografia no Brasil, como explica Andrade (1994), “a evolução do pensamento geográfico no Brasil éanalisado, quase sempre, a partir da década de 30, quando o país em conseqüência de uma revolução que destruiu grande parte das estruturas da Primeira República (1889/1930), realizou mudanças sensíveis no seu sistema de ensino...” (Andrade, 1994, p.52).
Os estudos geográficos que se desenvolveram antes deste período, no Império e na Primeira República, no Brasil, se resumiram em levantamentos estatísticos, estudos descritivos e produção de alguns atlas produzidos pelos Institutos e Sociedades Geográficas.
Delgado de Carvalho, que criticava esta Geografia produzida pelos Institutos, pois não considerava esta produção como científica pela falta de rigor metodológico, dava início à implantação do pensamento geográfico científico no país, com a publicação das obras Brasil Meridional, em 1910, Geografia do Brasil, em 1913, Metodologia do Ensino da Geografia (Introdução aos estudos da Geografia Moderna), em 1925, Geografia Elementar e Physiografia do Brasil, em 1926, quando se publicam as primeiras propostas de pensar a Geografia cientificamente. Era o início do pensamento geográfico científico no Brasil, marcado pela influência da escola francesa.
Sobre este geógrafo e sua importância para Geografia do Brasil, Andrade (1994), faz a seguinte consideração:
“Delgado de Carvalho é considerado o iniciador dos estudos de geografia científica no Brasil e o nosso primeiro geógrafo. Ele se antecipou ao que ia ocorrer após a Revolução de 30 e, condicionado por ela, com o pensamento geográfico no Brasil, possibilitou a institucionalização da geografia como ciência a ser estudada em nível superior e a ser aplicada à problemática nacional” (Andrade, 1994, p.69).
Mas de nada adiantaram, neste momento, as posições de Delgado de Carvalho, pois os estudos geográficos continuaram a se desenvolver pelos velhos métodos da Geografia que ele considerava obsoleta; e em todo país perdurou o divórcio entre a velha e a moderna Geografia, que não se contenta com a descrição dos lugares, ela busca explicar as particularidades, o que segundo Emanuel De Martone lhe dá caráter científico. Predominava ainda a Geografia para atender os interesses impostos pela sociedade política.
Esta nova concepção da ciência geográfica só ganhou impulso a partir da década de 1930, que foi um marco para o desenvolvimento da Geografia no Brasil.
As transformações ocorridas na sociedade brasileira, após a Revolução de 1930, deram um estímulo ao desenvolvimento das ciências sociais, dentre elas a Geografia, contribuindo para criação de cursos de nível superior e instituições de pesquisas. Houve uma inovação no campo das ciências. As mudanças ocorridas no País, pós-30, geravam novas necessidades, que, por sua vez, exigiam um novo arranjo territorial da estrutura do poder político e econômico, centrado numa administração pública estruturada, com uma concentração de poder num espaço novo, o urbano-industrial.
Neste momento, como afirma Ferraz (1995),
“o conhecimento cada vez mais racional e objetivo do território a ser administrado, paralelamente ao uso ideológico cada vez mais explícito do conhecimento “científico”, passaram a ser etapas necessárias para a efetiva consolidação das novas relações sociais e econômicas que então estavam se concretizando (Ferraz ,1995, p.26).
Sendo assim, as ciências sociais encontraram incentivo por parte das elites dirigentes, no sentido de serem instrumentos de compreensão e análise dos problemas brasileiros, usando as ciências como ferramentas do progresso social e buscando no estudo científico as bases da integração nacional.
É neste contexto histórico, gerado pela Revolução de 1930, que a burguesia e a classe média urbana passam a ter maior influência sobre o governo e a atenuar o poder da burguesia agrário-exportadora, que a Geografia ganha força e campo para se desenvolver cientificamente no Brasil.
Um grande passo para o desenvolvimento da Geografia foi a participação do Brasil no Congresso Internacional de Geografia, realizado em Paris, em 1931, promovido pela União Geográfica Internacional (UGI), expondo a cultura geográfica brasileira, que “incitou os geógrafos brasileiros a iniciar um movimento de renovação da Geografia no Brasil. De uma Geografia preocupada basicamente com a toponímia, passava-se para a Geografia do conhecimento do espaçobrasileiro, através dos novos conceitos de pesquisa geográfica” (Histórico, 1939. p.14).
E desta participação nasceu também o anseio pela adesão da geografia brasileira à UGI, pois isto permitiria que esta ciência usufruísse dos benefícios advindos com as pesquisas geográficas coordenadas ou sistematizadas por este órgão e o Brasil poderia ter mais informações da realidade de várias nações e do próprio território, quase desconhecido até então. Este, foi um primeiro passo, de fundamental importância, para que os novos modelos e concepções da ciência geográfica passassem a ser aceitos por um número maior de intelectuais e políticos brasileiros.
Esta participação evidenciou a necessidade urgente do governo brasileiro de criar uma comissão geográfica que representasse o Brasil junto a União Geográfica Internacional, o que levou geógrafos da época a não medir esforços no sentido de promover a adesão do Brasil à UGI. O convite oficial da adesão do Brasil à UGI foi feito em 1933, com a vinda ao Brasil do geógrafo francês Prof.
Emmanuel De Martone, que na ocasião foi recebido pelas magnas instituições culturais brasileiras: o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, a Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro e a Academia Brasileira de Ciências. Este, em seu discurso salienta a riqueza e variedade dos temas geográficos brasileiros e que as atividades geográficas no Brasil seriam ainda mais fecundas no dia em que um Comitê Nacional de Geografia pudesse coordená-las e colocá-las em contato com organizações análogas por intermédio da UGI. E nas suas palavras diz: “Os proveitos serão úteis para ciência em geral, mas também para o próprio País, cheio de possibilidades de desenvolvimento” (Histórico, 1939, p. 10).
Por conseguinte, esta Academia recorre então aos poderes públicos, na tentativa de o governo federal se encarregar da referida organização geográfica e da adesão da Geografia brasileira à União Geográfica Internacional, colocando que esta poderia efetivar vários empreendimentos em benefício da cultura nacional e dos conhecimentos geográficos do país, indo ao encontro dos objetivos da política do governo federal empreendida no enaltecimento da Pátria. Para isto foi apresentado ao Ministério da Agricultura um memorial que expunha as finalidades da organização dos serviços geográficos e estatísticos.
Este memorial declara que:
“...os estudos geográficos a serem desenvolvidos com a efetivação da referida adesão ‘são estudos novos, subordinados ao caráter quase enciclopédico da eografia Moderna e para os quais o Ministério da Agricultura mantém hoje serviços técnicos nitidamente orientados para atender idênticos objetivos, que, em última análise, são os da Geografia Humana, através da Economia’ “ (Histórico, 1939, p.11).
Paralelamente e reforçando esta tentativa de criação de um órgão institucional que cuidasse dos problemas da Geografia brasileira, são criados os cursos superiores de Geografia, como já dissemos anteriormente. Estas instituições impulsionaram a institucionalização da Geografia no Brasil, principalmente com a vinda de professores da Missão Universitária Francesa Pierre Deffontaines e Pierre Monbeig, que deram um novo impulso no desenvolvimento desta ciência, consolidando a influência da escola francesa, na Geografia brasileira e reforçando, através de contatos com o Ministério das Relações Exteriores, as solicitações de se criar um Conselho de Geografia e a necessidade de se filiar a União Geográfica Internacional.
Segundo Azevedo (1977),
“... as aulas ministradas por estes mestres eram assistidas não só pelos alunos de Geografia e História, mas também por um grupo selecionado de figuras da elite intelectual, eliminando em pouco tempo, com suas idéias a velha Geografia, levando esta ciência a dar um salto muito grande, como certamente não se registrou em nenhum outro setor da ciência humana no Brasil” (Azevedo, 1977, p. 49).
O pronunciamento da Associação dos Geógrafos Brasileiros, bastante significativo por ser esta uma instituição cultural nova que vinha se destacando pelo seu alto teor científico, vem reforçar a solicitação, onde numa reunião dos seus sócios, em outubro de 1936, votou a criação de um Conselho Nacional de Geografia, formulou votos para que este aderisse à União Geográfica Internacional e depositou confiança na ação do poder público através do Ministério das Relações Exteriores.
A ciência geográfica vinha ao encontro das transformações ocorridas na sociedade brasileira, implementadas pela política do nacionalismo, que voltava a preocupação do Estado, naquele momento, para resolver os problemas nacionais. Para tal era necessário um pleno conhecimento do território brasileiro, através do desenvolvimento de estudos sobre as mais variadas regiões do país, pois o momento político urgia um conhecimento do território como um todo, levantando todos os seus aspectos, para poder assim resolver todos os problemas e com isso reduzir os insucessos que expunham os pontos fracos da política nacionalista. Mas não era ainda na Geografia que se via esta saída, e sim na Estatística que o Estado via um meio eficaz para detectar os problemas e orientar os estudos dos mesmos. Cria-se assim, em 1934, e instala-se em 1936 o Instituto Nacional de Estatística, que mais tarde se constitui em um passo fundamental para a Geografia (Penha, 1993).
Através da Convenção Nacional de Estatística, foi estabelecido um pacto fundamental da coordenação estatística brasileira por representantes dos governos da União e de todas as unidades da Federação (os Estados, o Distrito Federal e o Território do Acre), fixou-se as bases da regulamentação do Conselho Nacional de Estatística e os compromissos das partes integrantes que vieram a ser confirmadas por leis, dos quais nos interessa aqui destacar o seguinte:
“Clausula XIII – Os governos federados, pelo órgão dos serviços técnicos competentes, sejam os de engenharia em geral, sejam os especializados de geografia ou cartografia, filiados ou não ao Instituto, colaborarão nos trabalhos de cartografia geográfica necessários à Estatística e centralizados, para os fins de síntese nacional (grifo nosso) na Diretoria de Estatística de Produção, do Ministério da Agricultura, segundo processos gerais aprovados pelo Conselho Nacional de Estatística. Com esse objetivo serão tomadas medidas, que assegurem a organização, para serem divulgadas nos anos precedentes aos censos gerais ou regionais, de cartas físicas e políticas do território estadual, das quais constem a divisão municipal, e, se possível, também a distrital, bem como as demais ordens de circunscrições administrativas e judiciárias (grifo nosso). Aos municípios, os mesmos serviços formularão, ainda as sugestões convenientes e prestarão a assistência técnica necessária para que façam levantar ou rever, com a perfeição possível, os mapas dos respectivos territórios.” (Legislação, 1939, p. 129-145).
Estavam assim expostas as necessidades de se ter conhecimentos geográficos para melhor interpretar os valores estatísticos. Então, a criação deste Instituto firma uma aliança entre a Geografia e a Estatística, favorecendo ambas as partes, principalmente aperfeiçoando a Geografia em suas bases moderna.
Consolidaram-se, neste momento, duas correntes de iniciativas, buscando a criação de um órgão oficial de Geografia: uma relacionada com as atividades internacionais, que era constituída pelas iniciativas e/ou pressões relacionadas à efetiva adesão do Brasil à União Geográfica Internacional – UGI, fundamentada basicamente na corrente possibilista de La Blache; e a outra preocupada com a coordenação dos serviços geográficos no País, fundamentada no determinismo de Ratzel.
Ao então Ministro das Relações Exteriores e também presidente do Instituto Nacional de Estatística, José Carlos de Macedo Soares, chegavam as solicitações das maiores autoridades mundiais em Geografia, colocando a importância da participação da Geografia brasileira no contexto internacional. Os problemas da Geografia nacional, tão ligados aos da Estatística, precisavam ser tratados por um órgão oficial. Partindo da iniciativa deste ministro, preocupado em facilitar os estudos a serem desenvolvidos sobre o território brasileiro, e tendo tido a autorização do Presidente da República, que buscava meios de estabelecer relações internacionais, convocou-se os expoentes da Geografia brasileira para reuniões no Itamarati onde elaboraram o projeto de criação do Conselho Brasileiro de Geografia.
Aos poucos os governantes brasileiros foram se apercebendo da importância dos referenciais geográficos para melhor entender a complexidade territorial da nação e também como forma de divulgar os conhecimentos adquiridos segundo determinados objetivos.
A valorização do tema regional naquele momento estava dentro dos anseios do Estado Novo, que almejava a divisão do território como forma de controle e operacionalização dos projetos econômicos pelo poder central; assim, através do Decreto 1.527 de 24 de março de 1937 cria-se o Conselho Brasileiro de Geografia incorporado ao Instituto Nacional de Estatística e autoriza a sua adesão à União Geográfica Internacional, que decreta:
“Artigo 1º - Fica instituído o Conselho Brasileiro de Geografia, incorporado ao Instituto Nacional de Estatística e destinado a reunir e coordenar, com a colaboração do Ministério da Educação e Saúde, os estudos sobre a Geografia do Brasil e a promover a articulação dos serviços oficiais (federais, estaduais e municipais), instituições particulares e dos profissionais, que se ocupem da Geografia do Brasil no sentido de ativar uma cooperação geral para um conhecimento melhor e sistematizado do território pátrio. (grifo nosso).
parágrafo 2º - Os serviços federais ficam obrigados a fornecer ao Conselho Brasileiro de Geografia um exemplar de cada livro, mapa ou outra qualquer publicação, referentes a assuntos geográficos do Brasil, que não tenham caráter secreto, bem como a prestar a colaboração e as informações que forem solicitadas pelo Conselho, observadas as disposições regulamentares”. (Legislação, 1939, p. 138).
E em janeiro de 1938 os dois conselhos, o de Estatística e o de Geografia, se unem num único Instituto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. A partir disto o Conselho Brasileiro de Geografia passa a ser Conselho Nacional de Geografia que através de suas assembléias toma decisões de grande importância para o desenvolvimento da ciência geográfica no Brasil. Uma das medidas foi a aprovação da publicação da Revista Brasileira de Geografia e a aprovação da integração do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, da Academia Brasileira de Ciências e da Associação dos Geógrafos Brasileiros no sistema geográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Apesar da ligação com a universidade a geografia produzida, neste período, pelo IBGE se diferenciava muito daquela produzida nas universidades, principalmente na Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas de São Paulo – USP. A ibegeana era uma Geografia com influências deterministas, ou seja, Ratzelianas, comprometida com os quesitos políticos do Estado Novo, pois é importante destacar que a cúpula dirigente do IBGE era formada por engenheiros, militares e políticos ligados simultaneamente a organizações geográficas mais tradicionais, experientes nos jogos de poder, mas que necessitavam, para se manterem, recorrer ao assessoramento de um corpo técnico moderno.
Assim as grandes decisões ligadas à gestão do território e às propostas destinadas a influir sobre as estruturas territoriais do País dificilmente partiam de geógrafos, mas basicamente desta cúpula.
Monteiro (1980), coloca esta questão quando discute a evolução da Geografia no Brasil:
“A criação do IBGE em 1937 foi ato do ‘Estado Novo’, tendo o seu Conselho Nacional de Geografia ( talvez o único órgão institucional de caráter geográfico diretamente ligado ao poder central de um Estado) logo aderido à União Geográfica Internacional.
Ligada a um caráter pragmático de subsídio político, a produção ibegeana de Geografia, em contraste com aquela nascente na Universidade, revestiu-se de um caráter de comprometimento ao poder, o que fez com que se a distinguisse ( mesmo com um certo tom de malícia) como ‘Geografia do Estado Novo’, passando posteriormente o epíteto à ‘oficial’ .
O fato mais decisivo para que se lhe imputasse este caráter foi aquele assumido pela necessidade de determinar as ‘divisões territoriais’ do país” (Monteiro, 1980, p. 28).
O caráter científico do conhecimento geográfico ia-se adequando ao discurso nacionalista proposto pelo Estado, e, nesta relação institucional, assumida pelos intelectuais, principalmente os liberais e progressistas da época, é que se via a solução para os problemas da existência deste ramo do saber, assim como a viabilização racional para a construção da nação brasileira.
Mas apesar da Geografia ter sido incorporada pelos interesses e necessidades do Estado brasileiro, não se pode também deixar de reconhecer a importância do momento histórico no qual esta adquiriu seu caráter científico no Brasil, e de considerar o avanço metodológico e a conquista política feita através desta nova concepção de Geografia, a “Geografia Moderna”. Concepção que tinha uma preocupação com a vacuidade das idéias e a falta de rigor científico que a Geografia até então apresentava, ou seja, a preocupação com a questão do método era uma constante para esta proposta de renovação da ciência geográfica.
Segundo Ferraz (1995), buscava-se um método que descreveria a realidade estudada de forma objetiva, empiricamente comprovada, racionalmente exata, de maneira a inviabilizar dúvidas e contradições. Para tal, a indução, análise e síntese eram elementos cruciais pois, ao se estudar a realidade como um todo, dividir-se-ía este todo em partes, descrevendo suas características principais após criteriosa observação, estabelecer-se-iam estas várias partes para ser ter a noção do todo sistematizado. Foi no método positivista-funcionalista que a Geografia moderna delineou seus rumos, o único visto como solução tanto dos problemas da ciência geográfica, quanto da sociedade brasileira.
Bray (1976), explica que na década de 1930 predominou a corrente de tendência positivista-funcionalista na Geografia, influenciada pela escola geográfica francesa (positivista-funcionalista), que se introduziu no Brasil neste período e encontrou no seio filosófico brasileiro concepções semelhantes, o empirismo e o pragmatismo, que iam ao encontro dos anseios dos homens da ciência, dos políticos e dos governantes.
Assim, os problemas relacionados com a grande extensão territorial, com a relação do homem com a terra, sócio-econômicos e a crescente urbanização, que eram objetivos imediatos do Estado a serem solucionados, objetivou os estudos de geógrafos na década de 1930. E foi através dos trabalhos de campo, da fidelidade com o visível e do estudo geográfico das mais diferentes áreas do país que os geógrafos positivistas-funcionalistas desenvolveram seus estudos, constituindo trabalhos de rico material empírico que alicerçaram a Geografia brasileira. Portanto, é na década de 1930, no contexto da política do nacionalismo, e de um novo tipo de desenvolvimento capitalista no Brasil, agora com suas atividades assentadas na indústria e no comércio interno, que a Geografia tem seu reconhecimento enquanto ciência , atingindo seu momento de maior peso e influência junto ao Estado e à sociedade brasileira.
o ensino, tomou uma importância como até então não tinha tido, sendo uma das peças fundamentais do currículo na formação de um espírito patriótico e no papel ideológico para com os reais interesses do Estado nacionalista. Esta ênfase concedida à disciplina de Geografia já aparece na Reforma educacional de 1931, quando é dada à esta disciplina uma importância como até então não havia aparecido em reforma educacional alguma."
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É isso!
Fonte:
MARIA CRISTINA LANZA DE BARROS: “A HISTÓRIA DA DISCIPLINA GEOGRAFIA NAS DÉCADAS DE 1930 E 1940: EXPRESSÃO DA FISIONOMIA DO ESTADO”. (Dissertação apresentada como exigência final para obtenção do grau de Mestre em Educação à Comissão Julgadora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul sob a orientação do Profº Dr. Sandino Hoff). Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Campo Grande, 2000.
Nota:
O título e a imagem inseridos no texto não se incluem na referida tese.
As referências bibliográficas de que faz menção o autor estão devidamente catalogadas na citada obra.
Um pouco da história da Geografia no Brasil
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Gostei do texto, mas poderia explicar melhor sobre a importância de Deffontaines para a geografia no Brasil? Ingressei no ensino superior de geografia recentemente e escuto que ele "trouxe a geo para o Brasil, porém pelo que entendi, esta já havia sido inserida em nosso país..
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