Darwin e a causa neo-ateísta


Qual, dos grandes vultos históricos, teria melhor credencial ideológica para representar a causa neo-ateísta?

Talvez Karl Marx, que se referiu à religião como o “ópio do povo”; ou, quiçá, Stalin, Mão Tse Tung e Fidel Castro, que perseguiram os religiosos e mandaram fechar as igrejas. Indo mais longe, pode-se aventar o nome de Epicuro, o qual, embora não fosse propriamente ateu, desdenhou dos deuses, afirmando não haver motivos para temê-los, quer na vida ou quer após a morte. Temos ainda o escritor português José Saramago, que via a Bíblia como um “manual de maus costumes” e que desaconselhava sua leitura entre os jovens; também podemos fazer menção de Friedrich Wilhelm Nietzsche, o qual proclamou “a morte de Deus” e atacou frontalmente a fé cristã. Outros nomes poderiam ainda ser lembrados, tais como: Charlie Chaplin, que professou seu ateísmo, segundo ele, pelo “simples senso comum”; Sigmund Freud, que via a religião como uma neurose obsessiva; o músico inglês John Lennon, que dizia acreditar apenas em si próprio; Isaac Asimov, que via a Bíblia como a maior arma a favor do ateísmo. E, por fim, pode-se pensar no ícone atual do novo ateísmo, o ideólogo Richard Dawkins, que afirmou ser a fé um dos maiores males do mundo, comparável ao vírus da varíola, porém mais difícil de erradicar.

Razões não faltam para se eleger um desses nomes como o “melhor representante” do não-Deus ou do anti-religião; porém, é o nome de Charles Darwin que se desponta no horizonte alvoroçado desses novos ateus; Darwin é o nome mais lembrado e o que mais se liga à causa neo-ateísta, atualmente. Prova disso é a data que se escolheu para assinalar aquilo que eles denominaram de “O Dia do Orgulho Ateu”, ou seja, o dia 12 de fevereiro, o mesmo do nascimento do naturalista inglês e autor do “A Origem das Espécies”.

Não é à toa que a Evolução, para esses novos ateus, transformou-se num evento essencialmente ateísta e o que mais contrasta com a ideia de um Deus criador. Sem dúvida um enorme obstáculo aos darwinistas de tendências religiosas. Ademais, a luta inglória dos devotos de Darwin em elevar à Teoria da Evolução ao status de lídima ciência, só perde com isso, afinal, faz com que ela (A Teoria da Evolução) seja cada vez mais vista pelos crentes como uma opositora de suas crenças e, consequentemente, como um estorvo para a fé em Deus. E assim caminha a mediocridade...

É isso!

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Se disseres a (praticamente) uma qualquer pessoa que por ela andar mais depressa o seu relógio andou mais devagar, rir-se-á na tua cara. Se lhe explicares a teoria da relatividade generalizada olhará para ti como se fosses louco.
    Por teres aberto os meus olhos, beatifico-te Darwin ;)

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