Segundo bula do fabricante: “EMULSÃO SCOTT é preparado emulsionado com óleo de fígado de bacalhau, que proporciona rápida e completa assimilação de vitaminas para a prevenção e tratamento das doenças resultantes de deficiências das vitaminas A e D.”
Historicamente, o óleo de pescado e, especialmente, o óleo de fígado de bacalhau já era de uso comum na medicina popular do século XVIII. Alguns prestigiados médicos fizeram uso dele em casos específicos. O médico Pierre Fidèle Bretonneau, por exemplo, que fora contemporâneo de Laennec, havia proposto o óleo do fígado de bacalhau para o tratamento do raquitismo, uma doença muito comum entre os recém-nascidos da época. Outro, Armand Trousseau, em 1861 aventou a possibilidade da falta de exposição ao sol associado à dieta deficitária ser a causa do raquitismo, sugerindo o óleo de fígado de bacalhau como mecanismo para sua cura.
No que diz respeito propriamente ao remédio Emuslao de Scott, sua história remonta ao ano de 1876, quando os químicos Alfred B. Scott e Samuel W. Bowne passaram a comercializar em Nova Iorque o famoso produto. A fórmula original incluía óleo de fígado de bacalhau oriundo da Noruega e hipofosfitos de lima e soda.
O extraordinário sucesso da fórmula Emulsão de Scott pode ser atribuído, entre outras razões, pelas massivas propagandas que se faziam do produto, as quais, conforme se pode perceber nos anúncios seguintes, exagervam em demasia em seus efeitos e benefícios. Aqui no Brasil, o Emulsão de Scott passou a ser comercializado já nos primórdios do século XX, atingindo sua máxima popularidade nos anos 20, sendo usados. ainda hoje, por uma parcela da população.
Os anúncios a seguir, extraídos de diferentes periódicos e em deferentes épocas, refletem um pouco a história desse preparado, que também faz parte da nossa história.
Os anúncios a seguir, extraídos de diferentes periódicos e em deferentes épocas, refletem um pouco a história desse preparado, que também faz parte da nossa história.
Emulsão de Scott - Anúncio de 1917
Emulsão de Scott - Anúncio de 1904
Emulsao de Scott - Anúncio de 1954
Emulsão de Scott - Anúncio de 1923
Emulsão de Scott - Anúncio de 1921
Emulsão de Scott - Anúncio de 1923
Emulsão de Scott - Anúncio de 1927
Emulsão de Scott - Anúncio de 1927
Emulsao de Scott - Anúncio de 1923
Emulsao de Scott - Anúncio de 1954
Emulsao de Scott - Anúncio de 1920
Emulsão de Scott - Anúncio de 1914
Emulsão de Scott - Anúncio de 1920
Emulsão de Scott - Anúncio de 1921
Emulsão de Scott - Anúncio de 1921
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Fonte:
1. Correio da Semana, edição de 1914,
2. Revista "A Cigarra", edições de 1914, 1917, 1920, 1921, 1923, 1927 e 1954, ambas disponíveis digitalmente no site do Arquivo Público do Estado de São Paulo
Muito bom este artigo sobre a emulsão de scott,e estes anúncios são saudosos,nos remetem a ema era em que a educação,a moral e a ética eram predominantes...,parabéns ao Mendes.
ResponderExcluirExcelente reportagem sobre este antigo complemento preventivo, lembro-me que minha mãe nos dava quanfi eramos crianças, era um liwuido leitoso e de gosto ruim, não tinha aromatizante, engoliamos na marra mesmo, gostei das fotos das propagandas e das formas que eram citados o produto. Parabéns!
ResponderExcluirExcelente reportagem sobre este antigo complemento preventivo, lembro-me que minha mãe nos dava quando eramos crianças, era um liquido leitoso e de gosto ruim, não tinha aromatizante, engoliamos na marra mesmo, gostei das fotos das propagandas e engraçado as formas como eram citados o produto. Parabéns!
ResponderExcluirMe lembro muito desse óleo tive que tomar muito , não dá para esquecer , só de olhar logo lembrei.
ResponderExcluirEstou com 46 anos e aqui em casa, não falta emulsão scott,e nunca faltará, ossos quebrados nunca existiram aqui,e internação hospitalar jamais teve aqui também
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