A Medicina no Brasil ao longo dos tempos - I

INSTITUTO PASTEUR - SÃO PAULO
A série "A Medicina no Brasil ao longo dos tempos" inicia-se com fotografias do tradicional Instituto Pasteur, uma belíssima instituição médica de São Paulo, fundada nos primórdios dos século XX, como se pode observar no texto seguinte, extraído do site do próprio Instituto Pasteur:
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História do Instituto Pasteur
Em 1903, foi fundado em São Paulo o Instituto Pasteur, como instituição de caráter privado, com objetivos científicos e humanitários, seguindo padrões de instituições congêneres existentes no exterior.
Seu primeiro Diretor-presidente foi Ignácio Wallace da Gama Cochrane, mas foi o segundo, Antonio Carini, quem deu impulso às pesquisas tanto no campo da bacteriologia, como da patologia animal que projetou e consolidou o Instituto e trouxe recursos externos, provenientes de comerciantes e industriais da época. A própria sede, onde funciona o Instituto até os dias de hoje, foi doada por estes beneméritos. 
Tendo como base o binômio prestação de serviços X pesquisa científica, o Instituto busca a resolução de problemas ligados à saúde pública, em particular a raiva.
Em relação à prestação de serviços, três atividades principais podem ser destacadas: o diagnóstico virológico, a sorologia para avaliação de anticorpos anti-rábicos e o atendimento ambulatorial.
No diagnóstico virológico, o Instituto Pasteur é laboratório de referência para o Brasil e laboratório consorciado da Organização Panamericana de Saúde - OPAS / Organização Mundial de Saúde - OMS, para estudos de cepas do vírus da raiva. Atualmente desenvolve o diagnóstico da raiva através da prova de imunofluorescência direta e prova biológica (em camundongos recém-desmamados). O estudo de diferentes amostras isoladas em São Paulo, e outros estados, vem sendo realizado através da imunflurecência indireta com anticorpos monoclonais, cedidos pela OPAS/OMS.
A sorologia, para pesquisa de anticorpos anti-rábicos, é desenvolvida em culturas celulares e tem sido extremamente importante para a indicação ou não do tratamento humano pós-exposição, para monitorar pessoas em constante exposição ao vírus da raiva, que receberam tratamento pré-exposição, e também é serviço de referência em todo o Brasil.
O atendimento ambulatorial para a avaliação da necessidade ou não do tratamento humano é feito por médicos especializados, que também vêm realizando estudos para a verificação de reações adversas ao soro e à vacina anti-rábica.
Na pesquisa científica a maioria dos projetos vem sendo executada na área aplicada, principalmente visando solucionar problemas atuais ligados à raiva e seu controle na população animal e humana. São objetos de pesquisa a determinação de variantes do vírus da raiva, os mecanismos da resposta imune, a raiva em animais silvestres e domésticos, resposta imune humoral e celular, imunização de primatas, implantação do diagnóstico virológico em cultivo celular, padronização de teste laboratorial para verificação de reações adversas etc.
Desde janeiro de 1996 o Instituto Pasteur também sedia a coordenação do Programa de Controle da Raiva do Estado de São Paulo. Esta coordenação tem trabalhado com quatro comissões especiais:
- Tratamento anti-rábico e reações adversas aos imunobiológicos
- Controle da raiva urbana e política de implementação de centros de controle de zoonoses
- Raiva dos herbívoros e quirópteros
- Diagnóstico laboratorial e avaliação sorológica
 INSTITUTO PASTEUR - 1. O edifício onde funcionava o Instituto Pasteur, localizado à Avenida Paulista; Pessoas em tratamento no ano de 1919; Funcionários do Instituto à época
INSTITUTO PASTEUR - 1. O Dr. Eduardo Rodrigues Alves, diretor do Instituto, em seu gabinete de estudo; 2. Inoculação de "serum rabico" numa cobaia; 3. O mesmo doutor aplicando uma injeção anti-rábica numa criança que foi mordida por um cão, em 1919
INSTITUTO PASTEUR -  1. Altino Arantes, à época o Governador do Estado de São Paulo,  Oscar Rodrigues Alves, Candido Mota, em visita ao Instituto Pasteur; 2. Viveiros de animais: coelheiras e canis; 3. Visitantes em pose para a revista "A Cigarra", em 1919

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Fonte:
Revista "A Cigarra", edição de 1919, disponível digitalmente no site do Arquivo Público do Estado de São Paulo

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