Porque os macacos não contam ópera...

Há não muito tempo, estando, ou melhor, tentando ouvir a belíssima apresentação do tenor italiano Andrea Bocelli, aqui em São Paulo, veio à mente um questão deveras intrigante, que certamente dá margem a muitas perguntas. Por exemplo:

• Como se originou a música?


• Qual a explicação darwinista, se é quem haja uma, para este
fenômeno literalmente espetacular?

• Enfiando aí a velha muleta do adaptacionismo, qual teria sido a função da melodia no processo que teria culminado na transformação do “macaco” (ou ancestral humano) num Pavarotti, num Mozart ou num Beethoven?


• Como diria Penna: qual é a probabilidade matemática, em 10 ou 20 milhões de anos, de um chimpanzé ou um gorila genial (ou talvez um golfinho, que é um animal ainda mais inteligente) comporem uma cantata de Bach?


• Seria possível medir por meio de uma escala de utilidade adaptativa a existência de gênios como Maria Callas, Plácido Domingo e o próprio Andrea Bocelli?


• Levando em conta um simples cá
lculo aritmético de probabilidades na seleção natural, quantas gerações foram selecionadas do “gorila genial” a Sarah Brightman?

• Como processos cegos e não guiados, como a seleção natural, construíram cérebros capazes de compor e cantar “La Traviata”, “Por Ti Volare” e “La Vie En Rose?”


• Após 3 longos bilhões de anos, numa linhagem genética que se reproduziu bilhões ou trilhões de vezes, como foi possível surgir gênios musicais como Charles Aznavour, Jacques Brel e Mireille Mathieu?

• Pode um chimpanzé produzir o “Ne Me Quite Pas?” Pode um gorila tocar o “"Tico-Tico no fubá?” Pode um orangotango compor a Nona Sinfonia? Pode um babuíno conceber “As Quatro Estações?” Enfim, pode um macaco cantar
ópera?

É isso!

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