“Na história do darwinismo, os "conceitos essenciais de Darwin" são apresentados de maneira bastante coerente, e numa sequência gradativa. Não aparecem contradições, hesitações ou falhas graves. O darwinismo parece ser uma teoria que foi "crescendo", amadurecendo lentamente, dentro de um processo que se parece muito com o seu próprio objeto de estudo: a lenta evolução dos seres vivos. A teoria, de uma certa forma, se apresenta como um tipo de produto da natureza, e não do homem.
Por outro lado, salta aos olhos o fato de a teoria pretender ser inteiramente independente da influência da sociedade da época. Ela se submeteria apenas à lógica da natureza. No entanto, uma análise um pouco mais cuidadosa da obra de Charles Darwin nos revela uma série de hesitações, contradições e falhas que podem ser consideradas graves. Além disso, traz em seu interior todos os elementos da sociedade na qual foi cónstruída. Assim, passa a ter as feições de um produto do homem, e não da natureza”.
Fonte:
Nélio Bizzo. “O que é Darwinismo”. Edirora Brasiliense, São Paulo, 1989, p. 18, 19.
É isso!
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