Da galerinha de Darwin e dos seus NOVOS êxtases darwinisíacos...

O texto a seguir vai como resposta a um visitante deste blog, o qual teceu suas ponderações acerca do meu texto "Da galerinha de Darwin e dos seus êxtases darwinisíacos". O texto em destaque (letras verdes) reflete, ipsis litteris, o conteúdo postado em "Comentários" pelo pseudônimo "Ateu Próximo".Vejamos...


"A teoria da evolução é científica, pode ser e foi provada por inúmeros cientistas usando métodos completamente independentes, e acrescenta imenso à ciência".
Tenho aqui em mãos o livro "A Miséria do Historicismo", do filósofo da ciência Karl Popper. Este respeitado epistemólogo austríaco, toda vez que fez menção (em suas obras) da Teoria da Evolução, sempre lhe atribuiu apenas o status de um "enunciado histórico", a que bondosamente apelidou de "Programa Metafísico de Pesquisa". E se justificou da seguinte forma: “É metafísico por não ser suscetível de prova” ("Autobiografia Intelectual", p. 180). Para Popper, portanto, a Teoria da Evolução tem o mesmo valor do tipo de enunciado: "Charles Darwin e Francis Galton possuíam um mesmo ancestral - ambos eram netos de uma dada pessoa" ("A Miséria do Historicismo". Editora Cultrix, p. 83).
Em relação à "contribuição" do darwinismo para a ciência, embora teve lá ele sua relevância (deu impulso à Biologia, por exemplo), em termos "práticos", isto é, no aspecto de "utilidade, serventia ou proveito", não apresentou nenhum benefício que tornasse melhor a vida das pessoas em geral (com exceção dos experts, que "vivem" do darwinismo). Muito pelo contrário, trouxe grandes calamidades. Haja vista, por exemplo, a aplicação das leis biológicas à sociedade, como àquelas defendidas por Galton, Spencer, Haeckel, Darwin e outros eugenistas. Lembrando que estas mesmas "leis" foram postas em práticas por Hitler, Stalin, Mao Tse Tung, os políticos americanos e defendidas inclusive por alguns conhecidos nomes tupiniquins, como Monteiro Lobato e Euclides da Cunha.

"E não apenas para o estudo evolutivo de espécies ancestrais. O estudo da imunologia e do fabrico de vacinas e antibióticos está inteiramente ligado à evolução. Se não acredita, não devia tome antibióticos - entra num conflito de interesses".
Como assim "estudo evolutivo de espécies ancestrais"? Ora, quantos destas "espécies" foram devidamente catalogados? Aliás, qual foi o método utilizado para "provar" a existência de cada uma dessas "espécies"? Em relação ao homem, por exemplo, como foi possível provar a existência de cada um de seus ancestrais extintos? E mais: qual teria sido o "elo" direto entre o primeiro "oceânico serzinho" e aquele que pela primeira vez ousou colocar suas "patinhas de fora"? ((rs))
Quanto a vacinas e antibióticos, vide "Darwin, a gripe suína e o aparelho para desentortar bananas". Mas, para não dizer que não falei de flores, em relação à vacina, por exemplo, sabe-se que a primeira delas foi criada pelo britânico Edward Jenner, em 1798, quando Darwin sequer havia nascido. Ademais, nem mesmo nos banais Almanaques consta que Jenner se utilizou da "evolução" a fim de formular sua maravilhosa descoberta. O mesmo não fizeram Alexander Fleming (penicilina), Louis Pasteur (vacina anti-rábica), Albert Sabin (poliomielite) e tantos outros cientistas de verdade. Esses sim contribuíram em muito para melhorar o mundo. A única aplicação verdadeiramente "prática" do darwinismo deu-se na esfera social, como no caso do nazismo, que aplicou ao seu modo "o melhoramento das raças" seguindo critérios anteriormente expostos por Darwin em seu livro "A Origem do Homem".

"Pelo contrário, explica detalhadamente de que forma surgem novas espécies. E podem ser postas em tubo de ensaio. E provadas. Nenhum biólogo (sério) da actualidade duvida que a evolução exista".
Ora, como, afinal, surge uma espécie? Como se deu exatamente a transição dos invertebrados para vertebrados? De que maneira um cientista darwinista pode botar no tubo de ensaio a imensa galeria de ancestrais extintos, começando por aquele que primeiro "deu o pontapé inicial"? Como provar a ancestralidade comum num tubo de ensaio ou de que modo é possível testar a seleção natural por meio de retortas ou outros aparelhos utilizados nos modernos laboratórios?
Não apenas um biólogo sério, mas, também, qualquer pessoa séria duvida da "evolução". A questão é: que "evolução"? Verdadeiramente "evolução", isto é, mudanças nos seres vivos ao longo do tempo, nunca foi sinônimo de Teoria da Evolução. O buraco, como se diz na gíria, é muito mais embaixo.

"Essa entidade chamada Selecção Natural explica, da forma mais simples possível, como é possível formarem-se espécies diferentes".
Sim, mas, de que maneira? Porventura essa "simplificada explicação" tem que ver com a "sobrevivência dos mais aptos"? Em caso afirmativo, em que isso se diferencia de um "aparelho para desentortar bananas"?

"É a melhor e mais simples teoria que tempos hoje em dia. E até agora provou estar correcta".
Ela até pode ser boa, muito boa, todavia, como ciência é semelhante ao esdrúxulo programa do Faustão: só serve para encher lingüiça. Em outras palavras: não explica nada, a não ser que os "sobreviventes são aqueles que sobrevivem". Sem dúvida uma estupenda lógica!

"A uniformidade entre espécies permite traçar árvores genealógicas precisas".
O velho conceito de "árvore genealógica" já foi superado inclusive por muitos darwinistas (vide, por exemplo: "Darwin estava errado").

"A hipótese "Deus" é a hipótese mais elaborada e rebuscada que pode haver, e infinitamente mais complexa. E que ninguém conseguiu provar".
Nem muito menos eu tenciono fazer isto. A questão aqui não é Darwin vs Deus, mas especulações vs fatos.

"Ao contrário do espiritualismo, o evolucionismo utiliza o método científico. Assenta em provas para testar as teorias, e as provas são mais que muitas".
Como de praxe, o darwinismo sempre necessitando do "espiritualismo" para manter-se. Essa dualidade apenas mantém Darwin numa posição privilegiada na Academia. De resto, pouca ciência e muita conversa fiada.

"Além do extenso registo fóssil encontrado, das características comuns entre espécies, do aparecimento de espécies locais adaptadas, há ainda casos de evolução a surgir mesmo à frente dos nossos olhos. Tanto em laboratório, com drosófilas (moscas da fruta), como as célebres borboletas que mudaram de cor quando surgiu a revolução industrial em Inglaterra, até aos cães, às vacas domésticas, aos porcos domésticos, às galinhas, etc, etc. Está APENAS fundamentada em métodos científicos - não estamos a falar de Teologia".
REGISTRO FÓSSIL - por ser tão
contínuo como a lista dos presidentes norte-americanos é que levou Stephen Jay Gould a criar a Teoria do Equilíbrio Puntuado. ((rs))
HOMOLOGIA - o fato dos membros serem homólogos não implica que sua origem seja a mesma. Simples!
ADAPTAÇÃO - existe alguma espécie que não esteja devidamente adaptada ao seu ambiente? O que seria o caso das mariposas além de mera adaptação?

"Nesse caso não leia Dawkins, leia qualquer livro de biologia, de química, de física, de genética, de engenharia, de astronomia... de ciência vá. Leia o wikipedia:"
Entre Dawkins e a Wikipédia, ainda opto pelos maravilhosos contos dos irmãos Grimm. ((rs))

"Na minha opinião penso que você se encontra num estado de negação, em que não quer ver as provas, ou simplesmente faz por ignorá-las, pois estas entram em conflito com as suas crenças".
Na verdade, não teria problema algum em ser darwinista, desde, é claro, que "ser darwinista" significasse "ser sincero e verdadeiro". Não, definitivamente não preciso dessa ideologia pra viver!

"Tudo na teoria da evolução e nas provas apresentadas faz perfeito sentido. Tudo no criacionismo é impingido como dogma e é impossível de provar.
"
Não sei até que ponto o darwinismo existiria sem o criacionismo! Na verdade, um dos grandes tentáculos do darwinismo reside exatamente nessa "guerrinha tom-jerryana", que o mantém privilegiado, como se fosse uma árdua batalha entre ciência e razão contra trevas e ignorância.

Haja!

É isso!

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