"Os dados científicos permitem, portanto, afirmar que não somente as noções de raça branca, amarela ou negra não têm um grande sentido biológico, como também boa parte da diversidade genética é observada entre os indivíduos no interior das raças. O que toma perfeitamente inverossímil que a raça branca ou amarela tenham podido adquirir aptidões mentais distintas como conseqüência da seleção natural de variantes genéticas no quadro de diferentes condições ambientais. Porque, se este fosse o caso, os indivíduos no interior das raças apresentariam com mais freqüência os mesmos alelos e, de uma raça para outra, estes alelos seriam mais frequentemente diferentes. Em outras palavras, a diversidade genética seria muito frágil dentro das raças e, entre elas, seria máxima. Mas é o inverso que observamos!
Portanto, o argumento dos autores de extrema direita que explica a desigualdade das aptidões mentais das raças através da teoria da evolução não é científica, mas certamente ideológica. Na verdade, não é necessário ser um grande psicólogo ou espistemólogo para perceber que seu discurso apenas expressa em termos mais elegantes (aparentemente científicos) os tradicionais preconceitos racistas (preguiça e irracionalidade dos negros, etc.). Logo, trata-se realmente de racismo científico".
Marcel Blanc. "Os Herdeiros de Darwin". Scritta Editora. São Paulo, 1994, p. 138.
Marcel Blanc. "Os Herdeiros de Darwin". Scritta Editora. São Paulo, 1994, p. 138.
É isso!
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