Como se originou a "microevolução"

Embora muitos não saibam, quem primeiro cunhou o termo “microevolução” foi um darwinista, e não os criacionistas como erroneamente se supõe. Seu uso partiu do etimologista russo, Yuri Filipchenko, em 1927. Com isso Filipchenko buscava conciliar a Teoria da Evolução com a genética mendeliana. Logo em seguida, seu dedicado aluno, Theodosius Dobzhansky, afirmou em "Origin of Species": “nós fomos compelidos ao presente nível de relutante conhecimento a conceber um significado entre a eqüidade dos mecanismos macro e microevolutivos” (1937, p. 12). Foi este cientista quem introduziu tais termos aos biólogos ingleses.

Stephen Jay Gould foi outro que também se utilizou deste conceito. Segundo ele, não é possível conceber à macroevolução como sendo uma extensão da microevolução: "Muitos evolucionistas encaram a continuidade estrita entre a mi­cro e a macroevolução como um ingrediente essencial do darwinismo e um corolário necessário da seleção natural. No entanto, como rela­to no ensaio 17, Thomas Henry Huxley separou os dois tópicos da seleção natural e do gradualismo e advertiu Darwin de que sua ade­são estrita e injustificável ao gradualismo poderia minar todo o seu sistema. O registro fóssil, com suas transições abruptas, não ofere­ceu nenhum suporte à mudança gradual, nem o princípio da seleção natural a requer — a seleção pode atuar rapidamente. No entanto, a ligação desnecessária forjada por Darwin tornou-se um dogma cen­tral da teoria sintética" (Editora Martins Fontes, p. 167).

Em termos simplificados, a microevolução diz respeito às pequenas variações no interior de uma mesma espécie, e que podem ser empiricamente comprovadas; já a macroevolução refere-se às mudanças maiores, como quando uma nova espécie ou filo é originado, voltando-se a eventos passados, os quais não podem ser postos à prova a partir da microevolução.

É isso!

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