O darwinismo também explica os políticos

Há alguns anos, numa entrevista concedida ao jornal espanhol “El Mundo”, um dos defensores da psicologia evolucionista, David Livingstone Smith, autor de “Por que mentimos?”, ao ser perguntado se do ponto de vista evolutivo os mentirosos são melhores do que os honestos, respondeu:

Qualquer pessoa que não seja capaz de mentir está em evidente desvantagem. Tal pessoa tem todas as credenciais para se transformar num marginalizado socialmente, já que a vida social humana gira em torno da mentira.
Imagine o quão insuportável seria se todos fôssémos honestos uns para com outros: a vida social da forma como a conhecemos, sofreria um colapso. Aqui reside um interessante paradoxo: todos queremos ser livres para mentir, entretanto, ninguém deseja tornar-se vítima das mentiras. Dizemos aos outros que devem ser honestos, porém cada um de nós se acha no direito de mentir para os outros! Como consequencia, teremos uma atitude claramente hipócrita para com a honestidade.

Há uma teoria mais perfeita do que esta para explicar o comportamento dos nossos políticos? Quanto mais mentirosos, mais votados e, consequentemente, mais aclamados pela massa popular. Basta o bom exemplo do Maquiavel de Garanhuns, como diria
Arnaldo Jabor.

Do jeito como a política funciona aqui no Brasil, se aparecer algum canditado dizendo que acabará com a Lei da Gravidade, não duvido nem um pouco que haverá alguém que se preocupará com isso! Mas, é como se diz por aí: “o povo tem os políticos que merece”.

É isso!

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