Dicas de filmes e documentários antigos sobre o Holocausto nazista:

Adeus Meninos” (Au revoir les enfantes):
Direção: Louis Malle (ALE/FRA, 1987). Elenco: Gaspard Manesse, Raphael Fejto. Prêmio Leão de Ouro no Festival de Veneza. Trata da amizade entre dois meninos que, durante a ocupação nazista na França, vivem o drama de saber que um deles é de origem judaica e, por essa razão, se separam violentamente.

Sobibor, o campo do inferno” (Escape from Sobibor):
Direção: Jack GoId (ALE/ING, 1990). Elenco: Rutger Hauer, Joanna Pacula, Alan Arkin.Baseado em fatos reais recontados em livro de Richard Rashke
. A história se passa no campo de extermínio de Sobibor que, junto com os campos de Belzec e Treblinka, fazia parte do que os nazistas chamavam de ‘Operação Reinhard”, cujo único objetivo era o massacre sistemático de judeus. Sobibor foi construído em 1942, para receber o excesso da população do campo de Belzec. Durante a Segunda Guerra Mundial, prisioneiros de Sobibor planejam e executam um espetacular plano de fuga. A maioria morreu durante a fuga, fuzilada pelos nazistas.

Filhos da guerra” (Europa, Europa):
Direção: Agnieszka Holland (ALE/FRA, 1991). Elenco: Marco Hofschneider, Andre Wilms. Participação especial de Julie Delpy e Hanns Zischler. Enredo baseado em fatos reais
. Durante a Segunda Guerra Mundial, um jovem judeu consegue escapar dos horrores dos campos de extermínio escondendo sua verdadeira identidade. Levado a estudar numa escola de elite da Juventude Hitlerista, ele é consagrado herói alemão, mas vive o pesadelo diário de ter sua verdadeira condição descoberta.

A Lista de Schindler” (Schindler’s List):
Direção: Steven Spielberg (EUA, 1993). Elenco: Liam Neeson, Ben Kingsley, Ralph Fiennes (195 mm). Baseado na obra do romancista australiano Thomas Xeneally, autor de Schindler’s Ark (1982). Retrata o horror e a selvageria promovidos pelos nazistas contra os judeus, a partir da história do alemão Oskar Schindler, um ambicioso e sedutor industrIal que empregava judeus em sua fábrica de utensílios domésticos em Cracóvia (Polônia), e levava uma vida dupla. Ao mesmo tempo que era membro do Partido Nazista e se aproveitava das misérias da guerra, Schindler descobriu a bondade na ação desinteressada de salvação de vidas humanas. (Recentemente foram localizadas as listas originais contendo os nomes dos judeus salvos por Schindler).

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Shoá” (Shoah):
Direção: Claude Lanzmann. Depoimentos sobre a morte numa câmara de gás encontram-se registrados neste documentário com nove horas e meia de entrevistas e que deve ser assistido por todos aqueles que repudiam os atos praticados pelos nazistas. O clímax do filme — um dos mais terríveis depoimentos sobre Shoah — está no momento em que Filip Muelier (sobrevivente de um Sonderkommando de Auschwitz) relata como ocorria a morte numa câmara de gás.

A Trégua” (La Tregua):
Direção: Francesco Rossi (FRA/ITA/SUI, 1997). Baseado no livro autobiográfico de Primo Levi, retrata a libertação dos prisioneiros dos campos de concentração e de extermínio no final da Segunda Guerra. Após a abertura dos campos, os sobreviventes iniciaram uma eufórica caminhada de volta para casa” e de volta à vida”. O personagem Levi é interpretado pelo ator John Turturro.

Arquitetura da destruição” (The Architecture of Domm):
Direção e roteiro: Peter Cohen (SUE, 1994). Filme editado por meio de documentos fotográficos e cinematográficos, mostra que o nazismo tinha como um dos seus princípios fundamentais a missão de embelezar o mundo. A miscigenação e a degeneração o teriam transformado em ruínas e somente com o retorno dos velhos ideais a sociedade poderia florescer novamente. A estética transformou-se em uma força extremamente motivadora, que aspirava tornar o mundo belo por qualquer meio, inclusive a violência.

A Vida é Bela” (La Vita è Bela):
Direção: Roberto Benigni (ITA, 1998). Ambientado na Itália fascista às vésperas e durante a Segunda Guerra Mundial, o filme acompanha o drama de um livreiro (o próprio Benigni) e seu filho, presos juntos num campo de concentração. Por amor ao menino, ele inventa que a realidade do campo faz parte de um jogo em que, no final, aquele que fizer mil pontos ganhará como prêmio um carro blindado. O pai cria mil artifícios para fazer com que o filho acredite que aquele horror — mais tenebroso a cada dia — não é verdadeiro, e que tudo é uma grande brincadeira, uma ficção.

O Longo caminho de casa” (The Long Way Home):
Direção: Mark Harris (EUA, 1997). Documentário vencedor do Oscar de 1998. Relata a trajetória dos judeus europeus entre a libertação dos campos de extermínio nazistas (1945) e a criação do Estado de Israel (1948). A organização do roteiro é norteada pela ideologia sionista, sendo que a criação do Estado de Israel é vista como inevitável.

Bent”:
Direção: Sean Mathias (Cult Filmes, ING, 1997). Elenco: Clive Owen, Brian Webber, Lothaire Bluteau. Filme premiado no festival de Cannes, é uma adaptação líterária da peça homônima de Martin Sherman. Um dos raros filmes que tratam do extermínio dos homossexuais — um dos alvos do “projeto de desinfecção do Reich” — pelo regime hitlerista. Os atores Max (Clive Owen) e Rudi (Brian Webber) são amantes que tentam fugir de Berlim, nos anos 40. Flagrados pela polícia antes de cruzarem as fronteiras, são levados para o campo de concentração de Dachau. Rudi é espancado até a morte no percurso do trem. Max acaba sendo identificado como judeu, portando uma estrela amarela em vez do triângulo cor-de-rosa. No campo de concentração, Max envolve-se com Horst (Lothaire Bluteau), um homossexual.

A outra história americana” (American History X):
Direção: Tony Kaye (EUA, 1999). Elenco: Edward Northon, Edward Furlong, Avery Brooks. O filme explora o neonazismo nos EUA de hoje e faz uso reflexivo da violência. O skinhead Derk (Edward Norton) é o líder de um grupo neonazista de Venice Beach, em Los Angeles, que numa crise de ódio assassina barbaramente três negros que tentavam roubar seu carro. Preso, lavava roupa suja e foi estuprado pelos colegas brancos. O diálogo diário com um companheiro negro leva-o a compreender que o germe da violência são as desigualdades sociais. Seu irmão mais novo Danny (Edward Furlong) o tem como modelo, colocando o professor Sweeney (Avery Books) em desespero. Ao sair da cadeia, Derk tenta ajudá-lo a se livrar da influência da gangue. O filme retoma o passado da família, a ascensão neonazista e o assassinato do pai de Derk em um bairro negro.

É isso!

Fonte
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Holocausto: crime contra a humanidade". Maria Luiza Lucci Carneiro. Editora Ática. São Paulo, 2000, p. 83-85.

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