De volta a Capim Grosso

A fotografia acima é o símbolo de uma pequena cidade do interior baiano: CAPIM GROSSO, situada a 272 quilômetros de Salvador, no cruzamento das BRs 407 e 324, com uma população, segundo dados do IBGE, de 26.577 habitantes. Capim Grosso é minha cidade natal, daí a razão desse inútil protesto.

Quando a deixei, em 1988, vindo “a vagar em São Paulo”, como diria o poeta Patativa do Assaré na voz do grande Luiz Gonzaga, a cidade, embora com sérios problemas estruturais, era bonita e, de certa, até bem organizada. Passados 20 longos anos “bateu no peito uma saudade de móio” e então deliberei retornar ao “meu aconchego”, a fim de matar um pouco a saudade e tornar a ver parentes e amigos. Todavia, lá chegando notei logo de chofre que a cidade não era mais a mesma. Obviamente que não deveria ser a mesma. Mas não precisava ter chegado a tanto!

A cidade, esta foi minha impressão, ficou totalmente abandonada. As bem elaboradas pistas de asfaltos que outrora circundavam os seus quatro belos contornos estão simplesmente “em petição de miséria”. Não há rede de esgotos na cidade. As pessoas ainda bebem água da cisterna que vem da bica, pois a água distribuída na torneira é salgada. O monumento acima que simboliza a cidade, sintetiza a forma como ela é administrada atualmente. Está enferrujado e sua ferrugem denuncia que “há algo de podre no reino de Capim Grosso”. Quiçá seja o momento da população “derrubar sua Bastilha” e “guilhotinar” aqueles que fazem da cidade o seu próprio e próspero “cartão postal”.

É isso!

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