"Os capetinhas de Dawkins"

Em que reside, afinal, os famigerados “memes” imaginados pelo ideólogo ateísta Richard Dawkins? Qual seria exatamente a aparência de um “meme”?

Em relação aos genes, por exemplo, sabe-se que são encontrados em locais exatos nos cromossomos, sendo uma entidade observável bem definida nos planos biológico, químico e físico. Mas, e os “memes”? Onde estão eles? Ou melhor: o que são eles?

- Nos cérebros, diriam “as viúvas de Darwin, as quais assumiram novas núpcias com Dawkins!

Sim, mas, qual seria exatamente a aparência de um “meme”? É possível detectá-lo empiricamente? E como eles podem ser descritos em termos biológicos, químicos e físicos? E mais: qual a evidência sólida, observacional para os “memes”, evidência essa que nos levaria a aceitá-los como necessário e efetivo a fim de explicar o desenvolvimento cultural? Resumindo: por que eles são mais importantes de que um aparelho para desentortar bananas?

Em seus principais livros Dawkins sempre faz menção dos hipotéticos “memes” como “replicadores culturais” que podem explicar desde melodias até idéias, "slogans", modas do vestuário, maneiras de fazer potes ou construir arcos e até mesmo a crença em Deus. Trata-se, portanto, de uma muleta sociobiológica com a qual se busca explicação dos mais simples aos mais complexos fenômenos sociais e culturais. Parafraseando o sábio, há “memes” para todo propósito debaixo da terra.

Numa dessas comunidades do Orkut dedicada ao zoólogo inglês, um desses inspirados admiradores de Dawkins discorre, por exemplo, acerca de um tal “meme da bebida” ou, com suas próprias palavras, “meme beber.” Diz ele (SIC):
“Eu tenho andado estupefato com as repetidas cenas que tenho observado ultimamente: guris, de 15, 16 anos exebindo seus copos de cerveja como se tal bebida não contivesse álcool e que este não fosse uma droga poderosíssima. O beber, embreagar-se, é tão familiar, tão banal e tão natural que a gente nem para pra analalisar a "doença" que está progredindo a uma velocidade absurda, de forma espalhafatosa e ridícula. A nova geração de jovens está tão perdida e sem rumo, que só mesmo copos e mais copos de cerveja e aguardentes para preencher o vazio criado por pais extremamente liberais, propagandas irresponsáveis, ausência de cultura e falta de senso crítico e ponderação. A impressão que tenho é de que a dependência do álcool, por mais branda que seja, é tamanha que já não se consegue atingir a felicidade, o bem-estar e a euforia por si só; tem-se que estar preso a um copo de bebida pra que se sinta inserido e aceito a grupos pitorescos e enfadonhos, beber até falar e fazer merda pelos cantos, além de exalar aquele hálito nauseante. O meme "beber" é uma das grandes provas da nossa fraqueza, apatia e debilismo; talvez por estarmos nos tornando tão individualistas e egocentristas, que estamos desaprendendo a ser humanos, encasulando-nos e, consequentemente, precisando desses lixos, que são os alteradores de consciência e/ou psicotrópicos” (Richard Dawkins Fans).

Para o papa do neo-ateísmo, porém, os “memes” parecem atuar com mais eficácia no âmbito religioso. Pura coincidência, é claro! ((rs))
"Considere a idéia de Deus. Não sabemos como ela se originou no "fundo" de memes. Provavelmente originou-se muitas vezes por "mutação" independente. De qualquer forma, ela é realmente muito antiga.

Como se replica? Pela palavra escrita e falada, auxiliada por música e arte estupendas. Por que tem um valor de sobrevivência tão alto? Lembre-se que "valor de sobrevivência" aqui não significa valor para um gene no "fundo", mas valor para um meme num "fundo" de memes.”

“A pergunta realmente significa: o que há com a idéia de um deus que lhe dá estabilidade e penetração no ambiente cultural? O valor de sobrevivência do meme para deus no "fundo" resulta de sua grande atração psicológica. Ele fornece uma resposta superficialmente plausível para questões profundas e perturbadoras a respeito da existência. Ele sugere que as injustiças neste mundo talvez possam ser corrigidas no próximo.

Os "braços eternos" oferecem uma proteção contra nossas próprias deficiências, a qual, como o placebo do médico, não é menos eficiente por ser imaginária. Essas são algumas das razões pelas quais a idéia de Deus é copiada tão facilmente por gerações sucessivas de cérebros individuais. Deus existe, mesmo se apenas sob a forma de um meme com alto valor de sobrevivência ou de poder infectante no ambiente fornecido pela cultura humana”
(“O Gene Egoísta”, publicado pela Editora Martins Fontes).

Em termos práticos, portanto, os tais “memes” seriam assim o equivalente aos capetas mencionados nos rituais e cultos da Igreja Universal do Reino de Deus, do “memético” bispo Edir Macedo: capeta da violência, capeta da loucura, capeta do ateísmo etc.

- Pura calúnia de fundamentalistas, diria a galerinha de Dawkins. – Os “memes” são a expressão da mais pura verdade, completaria.

Deveras!
E como prova da inequívoca veracidade dos “memes”, faço menção a seguir de alguns tipos específicos de memes, bem como das suas respectivas representações artísticas. Vejamos...


MEME DA SUJEIRA
MEME DA VIOLÊNCIA
MEME DA RELIGIÃO
MEME DA POLÍTICA MEME DA BEBIDA ("MEME BEBER")
MEME DO ORKUT, MSN, WIKIPÉDIA E SIMILARESMEME DO DARWINISMOMEME DA LOUCURA MEME DO MAU-HUMOR
MEME DA FOFOCA MEME DO MAL MEME DA JUSTIÇA
MEME DA ALEGRIA
MEME DO ROCK
É isso!

2 comentários:

  1. O Dawkins reclama que espiritualizamos tudo, mas, eis aí, que ele demonstra o quanto a falta do sobrenatural na sua vida o faz apelar para coisas absurdas como multiversos e memes, nos quais TODO tipo de parafernália é possível...

    Quando lia sobre a questão do "meme DEUS" de "fundo", que tivera propagação na escrita, arte, etc. Fiquei pensando se ele não parou para perceber que ele tem de explicar o surgimento dos memes da escrita, arte, etc, antes do de DEUS.

    Isso me remete à refutação de Behe à falácia evolutiva de explicar o desenvolvimento, mas não o surgimento, das partes do olho, que Darwin usou.

    JESUS É BÃO!!!

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  2. Dawkins devia ser preso num hospício!!!!!!!

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