Darwin, Freud e Marx

O que poderia haver de comum entre Charles Darwin, Sigmund Freud e Karl Marx?

Muito mais do que a contemporaneidade, estes três ideólogos encabeçaram a lista dos materialistas que mais influenciaram a mentalidade do século XX! Cada um, no seu respectivo campo de atuação, granjeou discípulos, fez nascer ideologias e deixou “viúva” muita gente. E, o mais importante: criaram o que se pode denominar de pseudociências. Ou seja: o evolucionismo, o freudismo e o marxismo.

Oswaldo Penna sintetiza estas três ideologias com o seguinte comentário:

“Creio que o darwinismo” — escreve Popper — “deve amplamente ceder lugar à idéia de que, em quase todos os estágios da vida, existe um repertório inteiro de reações concebíveis perante uma determinada situação”. Popper compara o efeito do darwinismo nas mentes do século XIX ao que o marxismo e o freudismo causaram no século XX, “o efeito de uma conversão ou revelação intelectual, abrindo os olhos a uma nova verdade, escondida dos ainda não iniciados”. Uma teoria que pretende explicar tudo nada explica, pondera Popper. Os pacientes de Freud tornam-se conscientes de seu “complexo de Édipo”: os de Adler, de seu “protesto viril”; os de Jung, da incidência dos “arquétipos”. Os pesquisadores darwinistas descobrem por toda a parte indícios da seleção natural; os lamarckistas, indícios da hereditariedade dos caracteres adquiridos; os católicos convictos, da mão de Deus. “Uma visão errônea da ciência se revela na ânsia de estar com a razão”, rebate Popper.”

Fonte:
José Osvaldo de Meira Penna. “Polemos: uma análise crítica do darwinismo. Editora UnB (da Universidade de Brasília). Brasília, 2006.

É isso!

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