"Dedologia Universal"

Ou: "A guerra dos dedos"


Certa feita , num dessas banais debates de Internet, perguntei a galerinha de Darwin, o que ela achava: se o homem iria continuar a evoluir ou se o Homo sapiens tornou obsoleto o processo de evolução. Como o darwinismo em termos de capacidade de predição é praticamente nulo, houve apenas alguns poucos e engraçados palpites. Houve, por exemplo, quem afirmou que num futuro distante o homem teria menos dedos dos pés. Já imaginou? ((rs))

Bem, achei tão interessante o "vaticínio", ou melhor, "o "darwincínio" relacionado aos dedos, que até imaginei - toscamente - uma estorinha sem fim, num cenário ridicularmente elaborado. E deu nisso... ((rs))
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Milhões de anos nos separam dos remotíssimos primórdios do século XXI, quando se deu o pavoroso vaticínio de Francisco, cognominado, o dedolucionista: “boa parcela da população com menos dedos nos pés!”

O presságio, outrora desacreditado e ironizado por seu aspecto vaticinador, cumpre-se finalmente ante os olhos estupefatos de uma nova era da humanidade! O mundo, hoje, gira em torno dos dedos!

Nos grandes meios de comunicação, nas banais conversas entre amigos, nas sérias discussões acadêmicas, nas escolas, nos sermões nos templos, nos diálogos corriqueiros das esquinas, nas artes em geral, um só assunto impera magistralmente: os dedos! Dramaticamente, os prolongamentos articulados inferiores estão conduzindo o mundo para a mais letal das guerras!

Não obstante a sociedade esteja composta por quatro grupos físicos de pessoas, dois se destacam pelo poder de influência e, mais acentuadamente por serem os monopolizadores populacionais: os “dedolucionistas” e os “dedonormalistas”.

Os primeiros, que há muito foram vaticinados num presságio franciscano, são fisicamente identificados por terem apenas dois dedos, daí serem igualmente conhecidos por “bidedistas”; o outro grupo, os “dedonormalistas”, também chamados “pentadedistas”, por serem portadores de cinco dedos, são a maioria da população, a reminiscência antiga que ainda predomina.

Além desses grupos dominantes, outros dois correm por fora na disputa por um espaço no governo mundial: os “dedotransicionistas” (conhecidos por “tridedistas”), os “tretadedistas” e os “dedosprogressistas”, denominados “unodesdistas”, por possueírem apenas um único dedo nos pés.

Os “dedotransicionistas” são aqueles que estão em processo de transição mutacional, estando entre os “dedosnormalistas” e os “dedolucionistas”. Já os “dedosprogressistas” são os que mais sofreram os efeitos das mutações, vindo diretamente do grupo “dedolucionistas”.

O mundo, que na época do vaticinador Francisco, era dividido entre várias nações, hoje está centralizado num único bloco, conhecido por “dedolândia”, tendo como supremo representante o “dedotário”, como é chamado o presidente do bloco mundial.

Desde que esse se bloco formou, amiúde foi comandado pelos “dedonormalistas”; contudo, com o constante crescimento da população “dedolucionistas”, o poder centralizado dos “dedonormalistas” principiou a se abalar. Os “dedolucionistas” estavam pronto para a guerra; não suportava mais o peso de tão grande opressão, recusando-se veementemente a fazer parte do jogo governamental e monopolista dos “dedonormalistas” opressores, contando inclusive com o apoio dos outros dois grupos minoritários nesta luta pelo poder.

O palco de guerra está armado! ((rs))

É isso!

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