Darwin S.A.

– Ouro!... ouro!... És o rei do mundo, rei absoluto, autocrata de todas as grandezas da terra! Tu, sim, tu reinas e governas, sem lei, sem opinião, sem parlamento, sem ministros responsáveis!... Não tem nenhum desses trambolhos que arrastam os soberanos constitucionais.
“Lei?... Que lei é a tua, senão o capricho com que escarneces dos homens? Tu dizes ao pobre, cobiça; ao opulento, gasta; ao pródigo, esbanja; ao avarento, aferrolha; ao mendigo, esmola; ao ladrão, rouba; e a todos, grandes e pequenos, adorai-me...
Opinião?... Quem faz esse rumor que nos atordoa os ouvidos e a que chamam pomposamente opinião pública? Tu, que sustentas os jornais, pagas os jantares, ofereces lindos presentes, estreitas as amizades, e nutres a admiração e o entusiasmo!” (José de Alencar, em “Sonhos D’Ouro”).

O que de fato mantém o darwinismo como uma teoria quase intocável no âmbito acadêmico? O que torna Darwin um alardeado fenômeno midiático, com direito até a espetáculo do Google? O que realmente faz da Teoria da Evolução um verdadeiro glamour entre os professores de Biologia?

Seriam seus postulados cientificamente abalizados? Sua plena capacidade em explicar a origem e o desenvolvimento da vida? Sua abrangência epistêmica, que abarca dos cascos do cavalo ao celibato? A bem fundamentada Seleção Natural, que passa tranqüilamente pelo mais rígido escrutínio da pesquisa científica?

Nada pode ser tão fantasioso quanto o fato de se acreditar que a Teoria da Evolução subsiste no âmbito científico por rações igualmente científicas. Segundo Lewontin, a ciência, assim como qualquer outra atividade produtiva, tais quais a família, o Estado, o esporte e a Igreja,
é uma instituição social completamente integrada e influenciada pela estrutura de todas as nossas outras instituições sociais. Portanto, é pura lenda imaginar-se que a ciência seja uma corporação dirigida por homens apenas comprometidos com a verdade e nada além. No que concerne especificamente ao darwinismo, sua persistência como “o mais apto” nos grandes centros universitários, pode ser entendo por três razões básicas:

1. COMO IDEOLOGIA
Não é possível entender o darwinismo se não levamos em conta o comprometimento ideológico daqueles que o defendem. Darwin, muito mais do que pesquisar bicos de tentilhões, plantas e pombos, estabeleceu o alicerce para uma verdadeira ideologia, no sentido mais estrito da palavra. Da mesma maneira que Sigmund Freud e Karl Marx, este naturalista inglês elevou o brio dos filósofos materialistas, dando-lhes a "munição" que tanto esperavam para combater o “obscurantismo religioso”, o qual, segundo eles, castrou a “razão” por séculos. Mais à frente, Darwin conseguiu introduzir-se no âmbito religioso, o qual cuidou em ajustá-lo à Bíblia e Deus.

2. COMO CIÊNCIA
Embora a ideologia naturalista seja a força motriz que faz girar a Teoria da Evolução entre os acadêmicos, não se pode negar sua importância também no campo da ciência. Em vários aspectos ela estimulou a pesquisa científica e deu impulso à Biologia; todavia, criou em torno de si uma espécie de “cortina de ferro” com a qual impede de todos os modos que outras idéias lhe perpassem.

3. COMO UM GRANDE EMPREENDIMENTO FINANCEIRO
Não há a menor dúvida que o darwinismo se tornou numa verdadeira máquina de fazer dinheiro. A Paleontologia, por exemplo, como bem escreveu Gould, tornou-se no “segredo do negócio”. Uma infinidade de pesquisadores, nesta e em outras áreas, tem feito da “evolução” sua única fonte de renda. Não é de hoje que os grandes centros universitários têm investido cada vez mais em pesquisas relacionadas às teorias de Darwin, elevando assim o nível financeiro de muita gente. As editoras também tiraram e continuam tirando sua fatia desse bolo. São milhares de livros relacionados ao assunto, os quais periodicamente são expostos nas estantes das livrarias, como os de Richard Dawkins, que já faturou muita grana com "as coisas da evolução". O mercado da “evolução” expande-se a cada osso encontrado numa caverna. Portanto, a manutenção do darwinismo como “ciência de fato” não envolve apenas os ideais da razão, como fantasiam muitas pessoas deslumbradas com o "maravilhoso mundo de Darwin". Seu status como “ciência” necessariamente passa pelo vil metal. Exclua-se o darwinismo das salas de aulas, retire-lhe o brilho e o esplendor de ciência, subestime sua capacidade explicativa, façam desmoronar seus edifícios epistêmicos, arranquem-lhes esse doce encantamento, e verás aluguéis atrasados, nomes arranhados, bolsos esvaziados e muitos avisos: “fechado para balanço”.

É isso!

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