Neandertais, DNA e interesses

Svante Pääbo, à direita, com membros de sua equipe ao lado de um esqueleto de neandertal (foto: Jornal El País)

Segundo recente e alardeada divulgação da mídia, todos os humanos, com exceção daqueles de ancestralidade puramente africana, tem em seu DNA uma contribuição de 1% a 4% de elementos genéticos dos chamados neandertais, o que indicaria que ambos os grupos mantiveram relação sexual entre si e geraram descendentes comuns. Ao que parece, o estudo realizado pelo instituto alemão Max Planck apenas chega ao termo de algo que há um bom tempo já se havia plantado e que aos poucos fora sendo regado cuidadosamente sob inúmeros interesses. As amostras com pequenas quantidades de DNA de neandertais, misturados com DNA de bactérias e colônias de fungos que se instalaram nelas ao longo do tempo, não parece ter sido a única e exclusiva ação motivadora dos envolvidos com tais pesquisas. A conclusão que se chegou, muito além das razões biológicas, foi motivada, também, pelo incansável interesse dos darwinistas em se provar algum tipo de transição evolutiva do homem e seus antecessores. Se essa especulação genética fora realmente um fato consumado, o certo é que ainda não é possível, a partir somente desse estudo, considerá-la um evento 100% indubitável. Qualquer inferência baseada em dados assim tão confusos e complexos, no mínimo, deveria vir com o tradicional uso do verbo latim suggerere (sugerir), que é bem diferente do concludere (concluir).


Outra questão que intriga nesse estudo refere-se à estranha conclusão de que os subsaarianos (pertencente ao Sul do deserto do Saara, na África do Norte) não tiveram em seus genes traço algum de
neandertal. É claro, já tentaram contornar o problema com mais um velho axioma “adaptativo” (vide aspas), do tipo tão comum nas conclusivas certezas dos zeladores de Darwin. Como uma forma de se evitar interpretações racistas, afirmou um deles que os poucos genes neandertales não conferem diferença funcional, mas apenas fornece uma pista para o que se passou há milhares de anos.

É isso!

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