É o óbvio concluir-se que nem sempre o mais sincero é o mais verdadeiro. A história nos tem legado inúmeros exemplos de pessoas sinceras e honestas que fracassaram no intento de provar que estavam com a razão naquilo pelo qual tanto lutavam. A noção do que seja "verdade", portanto, é relativa a cada pessoa ou grupo que a defende. No âmbito da ciência, a maioria dos antigos estudiosos da craniometria, por exemplo, era sincera naquilo que acreditava como "verdade", contudo, a sinceridade de seus ideais era direcionada a objetivos ideológicos específicos, e de tal modo que os resultados de suas pesquisas sempre pendiam para “provar” essas suas próprias verdades.
No início do século passado, em defesa de suas “verdades”, os darwinistas se opuseram cabalmente ao modelo mendeliano, chegando mesmo a considerá-lo antidarwiniano e até hereticamente perigoso. Segundo Albert Jacquard (“Elogio das Diferenças”), uma das principais revistas inglesas de biologia, Biometrika, recusou até 1937 todo e qualquer artigo mendeliano. Algum tempo depois, entretanto, a genética mendeliana fora apossada pelos mesmos defensores de Darwin, que trataram de incluí-la no bojo de suas “verdades”, que passaram a denominar de neodarwinismo: um novo rótulo para uma velha embalagem!
É isso!
Sinceros, porém...
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