"Darwinirvana"...

Em meus rotineiros “confrontos” com a galera de Darwin, costumo extrair as melhores “pérolas” daqueles que nutrem maior carência em ser qualificados de “doutores”. No entanto, entre o “doutor da mula ruça” e o “doutor de borla e capelo”, este último costuma ser ainda mais generoso por ceder suas “jóias darwinisíacas”. É o caso, por exemplo, de uma senhora chamada Sílvia (vou omitir o sobrenome), a qual, quando se põe na defesa de Charles Darwin tem-se a impressão que alcançou o próprio nirvana.

Recentemente, enquanto argumentava que o darwinismo na acepção de “ciência experimental”, ou seja, a ciência nos moldes em que fora praticada por Galileu e Newton, não tem a menor utilidade prática, uma vez que se baseia numa tautologia ("sobrevivência do mais apto"), lá pelas tantas a doutora supramencionada saiu-me com estas belíssimas pérolas (SIC):

Toda Biologia e toda Ecologia (não confunda Ecologia com ambientalismo) estão baseadas na TE. E DENTRO DA TE ESTÁ A GENÉTICA. Portanto, olha só o tamanho da besteira que vc falou aí em cima. Além da genética, vc pode incluir toda a paleontologia, toda compreensão das associações ecológicas como predação, mutualismo, parasitismo, etc. medicina, agricultura, controle biológico de pragas, etc, etc,..."

“EM TERMOS DE TECNOLOGIA, o que o darwinsmo contribuiu, CONTRIBUIU MUITO, começando com as vacinas e os antibióticos (consegue ver o mundo sem eles?) passando por outros lados da medicina preventiva como controle de zoonoses, indo para a agricultura, com controle biológico de pragas, melhoramento genético de alimentos, tratamento de doenças genéticas, aconselhamento parental, etc...


Vamos por partes:
1. “Toda Biologia e toda Ecologia (não confunda Ecologia com ambientalismo) estão baseadas na TE. E DENTRO DA TE ESTÁ A GENÉTICA.” Em data não remota perguntei a uma colega de trabalho que cursa o primeiro ano de Biologia numa universidade federal, sobre o que ela havia aprendido de Teoria da Evolução, e sua resposta foi um contundente NADA. Segundo ela, nenhuma matéria tinha abordado especificamente qualquer uma das inúmeras especulações darwinistas.

Essa falsa ilusão dos zeladores de Darwin em restringir os fenômenos biológicos à Teoria da Evolução parece partir do velho mantra
de Theodosius Dobzhansky, o qual afirmou “que nada em biologia faz sentido, exceto à luz da evolução”. Todavia, esses deslumbrados darwinistas esquecem-se de que as matérias essenciais do curso de Biologia, entre elas a anatomia, a botânica, a embriologia, a microbiologia, a paleontologia, a fisiologia e a zoologia foram todas iniciadas antes de Darwin e exatamente por cientistas que não reconheceram a validade de sua teoria. Isso sem falar na Medicina, que na acepção “prática” da ciência deixa essa galerinha simplesmente estonteada. No fim, dirão: as bactérias que não morreram eventualmente vão suplantar as bactérias mortas”.

No que concerne à genética, a soma de toda “contribuição” darwinista neste âmbito recai apenas nisso: ESPECULAÇÃO. Um exemplo diz respeito às teorias dos genes propostas por Richard Dawkins, que até o momento não teve a devida credibilidade científica. Resumindo: o darwinismo em termos “práticos”, é tão útil quanto um aparelho para desentortar bananas, ou se preferirem, é tão relevante quanto água em pó: não serve para nada.

2. “Além da genética, vc pode incluir toda a paleontologia, toda compreensão das associações ecológicas como predação, mutualismo, parasitismo, etc. medicina, agricultura, controle biológico de pragas, etc, etc,...
”. No caso específico da paleontologia, como já foi dito acima, esta disciplina foi fundada bem antes de Darwin e, portanto, existiria tranquilamente sem ele. A vantagem do darwinismo neste âmbito recai muito mais naquilo que Gould denominou de “segredo de negócio”.

Já no que tange à Ecologia, os tais mecanismos evolutivos mostraram-se um verdadeiro fiasco. O mais badalado entre eles, a Seleção Natural, mostrou-se totalmente ineficiente, por exemplo, diante das inúmeras extinções de espécies raras. Portanto, se o
mico-leão-dourado for depender de Darwin...((rs))

Quanto à Agricultura,
o melhoramento genético, por exemplo, que se faz hoje, embora muito mais sofisticado (uma conseqüência óbvia do acúmulo de conhecimento), já era praticado quando sequer existia o primeiro wedgwood. De resto, “deixa a tanga voar”, com o diria o grande Gonzagão.

3. “EM TERMOS DE TECNOLOGIA, o que o darwinsmo contribuiu, CONTRIBUIU MUITO, começando com as vacinas e os antibióticos (consegue ver o mundo sem eles?) passando por outros lados da medicina preventiva como controle de zoonoses, indo para a agricultura, com controle biológico de pragas, melhoramento genético de alimentos, tratamento de doenças genéticas, aconselhamento parental, etc...
” Aqui, como diria um bom baiano, “a coisa arretou-se”! Sim, pois, quando nasceu Darwin? Vejamos .... 1809. E, quando foi descoberta a primeira vacina? Ora, em 1796 e, detalhe, não partiu de um membro da família Darwin. ((rs)) Quanto ao antibiótico, sabe-se que, não obstante tenha sido descoberto por
Alexander Fleming em 1928, não consta que tenha sido o resultado de uma prolongada leitura do “A Origem das Espécies”.

É isso!

Um comentário:

  1. A missivista Sílvia esqueceu (esqueceu?) de citar Pasteur, aquele "pseudocientista crente" (era assim difamado pelos devotos de Darwin). O microbiologista e criacionista francês sepultou as superstições medievais do mito da geração espontânea através da Lei da Biogênese, apesar dos delírios especulativos de Oparin, da alquimia macetada de Stanley Miller e de toda contra-propaganda mistificadora que vemos na TV e nas revistas.

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