
É isso!
"No interessante artigo a que fiz agora menção, com acerto Broca observou que nas nações civilizadas a capacidade média do crânio é reduzida pela presença de um considerável número de indivíduos, fracos de intelecto e de corpo, que no estado selvagem teriam sido imediatamente eliminados. Por outro lado, nos selvagens a média abrange somente os indivíduos hábeis, que foram capazes de sobre viver em condições de vida extremamente árduas. Broca explica assim o fato, que de outra forma não teria explicação, de que a capacidade média do crânio do antigo troglodita de Lozère é maior do que aquela do francês moderno" (Em "A Origem do Homem e a Seleção Sexual", p. 70. Hemus Editora).
É isso!
Fonte:
Thomas Henry Huxley. "Darwiniana: A Origem das Espécies em Debate". Tradução: Fulvio Lubisco. Madras Editora. São Paulo, 2006, p. 75, 76.
É isso!
Empédocles de Agrigento (492-430 a.C.), para quem não sabe, acreditava que a vida vegetal sobre a Terra surgira bem muito antes da vida animal. E, acreditem, ele também partilhava do conceito de sobrevivência do "mais apto":
"No início da existência do nosso planeta, as águas teriam sido habitadas por animais semelhantes a grandes peixes, cobertos de escamas; esses animais teriam emigrado para a terra firme, vindo a perder suas escamas, transformando-se, assim, em outros animais e seres humanos".
"O erro da velha denominação de Direito Natural procedia de que os filósofos desconheciam a natureza, e em sua boa fé a consideravam reta e justa. Mas Darwin veio. Desde então ficou demonstrado que, pelos processos porque ela opera na formação dos agregados humanos, a natureza é imoral e é iníqua.
A lei do universo baseia-se sobre o concurso d'estes dois grandes agentes: a luta pela vida e a seleção natural. A luta pela vida é o estado permanente de todos os seres, para os quais a criação é uma eterna batalha. A sorte do conflito decide-a a seleção natural. Como? Fixando na espécie, pela adaptação ao meio, os seres mais fortes, e expulsando os seres inferiores. Por isso o professor Haeckel afirma: “A teoria de Darwin estabelece que nas sociedades humanas, como nas sociedades animais, nem os direitos nem os deveres nem os bens nem os gozos dos membros associados podem ser iguais”.
É isso!
"À REVOLTA"
A Cassiano César
O século é de revolta — do alto transformismo,
De Darwin, de Littré, de Spencer, de Laffite —
Quem fala, quem dá leis é o rubro niilismo
Que traz como divisa a bala-dinamite!...
Se é força, se é preciso erguer-se um evangelho,
Mais reto, que instrua — estético — mais novo
Esmaguem-se do trono os dogmas de um Velho
E lance-se outro sangue aos músculos do povo!...
O vício azinhavrado e os cérebros raquíticos,
É pô-los ao olhar dos sérios analíticos,
Na ampla, social e esplêndida vitrine!...
À frente!... — Trabalhar a luz da idéia nova!...
— Pois bem! Seja a idéia, quem lance o vício à cova,
— Pois bem! — Seja a idéia, quem gere e quem fulmine!...
1º) Se as espécies derivam de outras espécies por graus insensíveis porque não encontramos inumeráveis formas de transição? Porque não está tudo na natureza no estado de confusão? Porque são as espécies tão bem definidas?
2º) É possível que um animal tendo, por exemplo, a conformação e os hábitos do morcego, possa formar-se em seguida a modificações sofridas por outro animal tendo hábitos e conformação inteiramente diferentes? Podemos nós acreditar que a seleção natural consiga produzir, de uma parte, órgãos insignificantes tais como a cauda da girafa, que serve de apanha-moscas e, por outra parte, um órgão tão importante como o olho?
3º) Os instintos podem adquirir-se e modificar-se pela ação da seleção natural? Como explicar o instinto que possui a abelha para construir as células e que lhe faz exceder assim as descobertas dos maiores matemáticos?
4º) Como explicar que as espécies cruzadas umas com outras ficam estéreis ou produzem descendentes estéreis, enquanto que as variedades cruzadas umas com outras ficam fecundas?
Fonte:
Charles Darwin. "A Origem das Espécies". Tradução de Joaquim da Mesquita Paul. Lello & Editores, 2003, p. 184.
É isso!
Por:
Fernando Vallejo (romancista) e autor de “La Tautología Darwinista” (tradução pessoal do espanhol).
É isso!
“Os conhecimentos científicos acumulados nos últimos anos revelam-nos fenômenos naturais de enorme complexidade. Uma “rede de vida”, na qual todos, até o último de seus componentes, incluindo os vírus e as bactérias, são imprescindíveis para um bom equilíbrio no seu funcionamento. Uma Natureza com um significado radicalmente oposto à concepção reducionista, individualista e competitiva da vida e de seus fenômenos associados em nossos dias: o darwinismo” - Máximo Sandín.
Com o tema “Darwinismo, ciência e poder”, acontece hoje (26/03/2010), em Barcelona (Espanha) uma conferência com o respeitado biólogo Máximo Sandín, da Universidade Autônoma de Madrid, a respeito de seu livro “Pensando la evolución, pensando la vida”. Sandín, para quem não sabe, é um dos cientistas que tecem duras críticas à teoria de Darwin, sobretudo suas implicações sociais e econômicas. Numa entrevista publicada em “Crimentales”, quando perguntado se havia algo no darwinismo que pudesse ser resgatado, isto é, algo que tivesse algum mérito científico, respondeu Sandín (nesta ligeiramente tosca tradução pessoal):
“Sim. Uma lição para a história. Uma lição a respeito das nefastas conseqüências dos preconceitos culturais e sociais da classe dominante contra a natureza. Temos falado das conseqüências tão negativas. Do obstáculo ao conhecimento. Contudo, penso que as mais nefastas tem sido, sem nenhuma dúvida, as conseqüências sociais e ambientais (o pior está por vir). Não vejo nada de novo no sofrimento de pessoas inocentes, na enorme quantidade de brutalidades que se tem cometido em nome da eugenia, da seleção dos “genes bons” e na eliminação dos “genes maus”, com apoio de cientistas darwinistas. No norte da América, na Alemanha (quem ler “Mein Kampf” verá em quem se apoiava “cientificamente”), nos países nórdicos... O que fizeram, com base na “categoria evolutiva inferior”, conforme conceitos expostos por Darwin em “A Origem do Homem”, nos países “colonizados”, (segundo eles), especialmente na África e Austrália. É o mesmo que faz algumas companhias de seguros nos países “avançados” ao buscar os “genes maus” em possíveis assegurados, ou em atribuir um componente genético ao comportamento de pessoas marginalizadas ou de grupos éticos menosprezados...”
É isso!