"Teoria do favorecimento"

Estando a fuçar, hoje, num desses preciosos “sebos” de São Paulo, aqui na Lapa, um antigo bairro da capital, atualmente “em fase de aburguesamento”, deparei-me com o livro “A Origem da Espécie Humana”, de Richard Leakey, que comprei “a preço de banana”. Não o li ainda, no entanto, como faço de costumo, antes observo para só depois “deglutir”. Um dos capítulos o qual superficialmente dei uma espiada foi “A arte da linguagem”, onde se lê:

A questão é: quais eram as pressões da seleção natural que favoreceram a evolução da linguagem falada? Presumivelmente, esta habilidade não surgiu de um momento para o outro já plena­mente desenvolvida, assim temos que nos perguntar que vanta­gens uma linguagem menos desenvolvida conferia aos nossos ancestrais. A resposta mais óbvia é que ela oferecia um modo efi­ciente de comunicação. Esta habilidade, certamente, teria sido benéfica para os nossos ancestrais quando estes adotaram pela primeira vez a caça rudimentar e a coleta de alimentos, que é um modo de subsistência mais desafiador que o dos macacos. À me­dida que seu modo de vida tornava-se mais complexo, a necessi­dade de coordenação social e económica também crescia. Nessas circunstâncias, a comunicação efetiva tomava-se cada vez mais valiosa. A seleção natural portanto teria reforçado firmemente a capacidade de linguagem. Em consequência, o repertório básico de sons dos símios primitivos — presumivelmente similares às arfadas, apupos e grunhidos dos macacos modernos — teria se expandido e sua expressão se tornado mais estruturada. A lingua­gem, como a conhecemos hoje, emergiu como um produto das exigências da caça e da coleta. Ou pelo menos assim parece. Há outras hipóteses para a evolução da linguagem” (Editora Rocco, 1997, p. 120)

Agora aquelas perguntinhas capciosas de um não-iniciado em evolução:
Por que cargas dágua a Seleção Natural favoreceu com o “dom da linguagem” apenas o ancestral humano? Sim, a aquisição da linguagem tornava a comunicação dele mais eficiente, mas, e daí? Esse benefício evolutivo, ou melhor, adaptativo, não tornaria muito mais eficiente a comunicação também dos insetos, dos répteis, das aves e de outros mamíferos? Por que as circunstâncias seletivas favoreceram tão somente o homem, em vez, por exemplo, da formiga, do sapo, da tartaruga e da baleia? Quem nos garante que a linguagem não era uma necessidade dos peixes e dos répteis? Qual a base para se afirmar que este tipo de comunicação não era necessária e importante para a àguia ou para o rato?

"Pegue, junte tudo
Passe vaselina
Enfie, soque, meta
No tanque de gasolina."


TOM ZÉ


É isso!

2 comentários:

  1. Sério, leia o livro, estude um pouco pré-história e antropologia antes de mexer os dedinhos de forma não produtiva no teu teclado.

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  2. Falta a parte biológica, da alimentação e sua influencia na formação neural. Pense nisso.

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